Convic��o de que escaparia da Lava Jato custou caro � Odebrecht
No in�cio da opera��o, empresa recusou acordo cuja multa seria de US$ 20 milh�es
Na maior dela��o da Lava Jato, Odebrecht amplifica megaesc�ndalo e impacta futuro pol�tico e econ�mico do pa�s
No in�cio da opera��o, empresa recusou acordo cuja multa seria de US$ 20 milh�es
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), concordou com o argumento da PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica) para embasar a pris�o de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente Michel Temer, e entendeu que, se ele perdeu o foro privilegiado, n�o h� fator para impedir que seja detido, apurou a Folha.
A cada fase da Opera��o Lava Jato no Rio, a fam�lia de Priscila de G�es Pereira espera por respostas. Mais do que o esclarecimento sobre o suposto esquema de corrup��o no Estado, eles querem saber quem matou a tiros a ge�grafa aos 38 anos.
O empres�rio Joesley Batista, dono do grupo J&F, disse, em seu acordo de dela��o premiada, que um advogado contratado por ele contou ter pago uma "ajuda de custo" de R$ 50 mil mensais ao procurador �ngelo Goulart Vilella, que fazia parte da for�a tarefa da Opera��o Greenfield, que investiga um esquema de uso irregular de dinheiro de fundos de pens�o. Villela foi preso na quinta (18) por suspeita de vazar informa��es sigilosas a investigados.
Em um dos v�deos que integram o processo de dela��o premiada, a empres�ria M�nica Moura, s�cia do marqueteiro Jo�o Santama, explica como funciona a defini��o do custo das campanhas eleitorais, que saem por milh�es de reais.
A empres�ria M�nica Moura disse em depoimento que integra dela��o premiada que a campanha de Fernando Haddad (PT) � prefeitura de S�o Paulo em 2012 foi paga com R$ 20 milh�es provenientes de caixa 2, vindos da Odebrecht e de Eike Batista. A campanha teria custado ao todo R$ 50 milh�es.
Citados na dela��o premiada de Jo�o Santana e M�nica Moura, os ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff afirmaram que as declara��es do casal s�o mentirosas e fantasiosas.
A mulher do marqueteiro Jo�o Santana, M�nica Moura, que fez a campanha eleitoral de Dilma em 2010 e 2014, afirmou em v�deo gravado no acordo de dela��o premiada o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva queria ser o candidato � Presid�ncia em 2014, mas Dilma insistiu na reelei��o. M�nica disse que recebeu a informa��o de seu marido, Santana, que conversava com frequ�ncia com Dilma. Segundo M�nica, naquele ano a rela��o entre Lula e Dilma teve "um estremecimento".
A mulher do marqueteiro Jo�o Santana, M�nica Moura, contou a investigadores da Opera��o Lava Jato que o ex-ministro Ant�nio Palocci era chamado pelo casal de "mineiro". "[Ant�nio] Palocci era mineiro porque era mineiro demais: ele tava sempre ali, na moita. Ele nunca se exp�e, nunca diz sim, nunca diz n�o", disse.
A empres�ria M�nica Moura disse, em dela��o premiada com a Lava Jato, que pagou "por fora" fornecedores de material de campanha em todas as elei��es que trabalhou.
A mulher do marqueteiro Jo�o Santana, M�nica Moura, disse que a construtora Odebrecht ajudou a pagar, por fora, campanhas eleitorais fora do Brasil porque tinha interesse em manter "grandes neg�cios". O depoimento foi gravado em v�deo como parte do acordo de dela��o premiada fechada com o Minist�rio P�blico Federal.