Delatora diz que pagou operador de TP usado por Dilma em discurso na ONU
Em depoimento em v�deo que integra dela��o premiada, a empres�ria M�nica Moura disse que pagou por v�rios servi�os pessoais a Dilma Rousseff enquanto ela exerceu seu mandato presidencial. Um deles foi custear uma equipe de operadores de teleprompter para acompanhar Dilma em eventos, inclusive em seu discurso na ONU, em Nova York.
O casal tamb�m diz ter pago pelos servi�os do cabeleireiro Celso Kamura, que atende Dilma, e para Jefferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada, que faz gra�a com os trejeitos da ex-presidente e tem 1,7 milh�o de seguidores.
O teleprompter, ou TP, � um equipamento colocado nas c�meras que exibe o discurso a ser lido. "Na primeira campanha, em 2010, t�nhamos uma equipe de teleprompter. S�o tr�s irm�os de origem alem�. A Dilma se apaixonou por esses meninos porque eles acertaram o ritmo [de leitura] dela. Na campanha, era uma beleza. Ela n�o tinha que ficar correndo. Ela tinha uma coisa com eles", contou Moura.
A equipe era formada por tr�s irm�os de origem alem�, identificados como Fl�vio, Heitor e Renato. Ap�s a campanha, segundo a empres�ria, Dilma passou a pedir que um deles a acompanhasse nos eventos em que fosse discursar.
"Toda vez que ela ia a algum lugar e tinha que usar teleprompter, ela mandava antes me pedir para que eu mandasse o alem�o. Eu pagava a passagem do alem�o, a hospedagem e o cach� dele. Teve no Brasil algumas vezes. Ele foi com ela pra Nova York, pra ONU, onde ficou no teleprompter l�", disse Moura.
A di�ria cobrada pela empresa era de R$ 800. Moura diz ter gastado ao todo R$ 95 mil para que Dilma pudesse contar com o servi�o ao longo de seu mandato.
21.abr.2016/Reprodu��o | ||
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A ex-presidente Dilma Rousseff em discurso na ONU |
"Eles jamais aceitariam trabalhar para o Pal�cio do Planalto e ganhar 2 mil reais por m�s. Ela [Dilma] tinha um operador de teleprompter fixo [no Planalto], mas ela brigava muito com esse cara, ele sofria horrores, porque ele errava tudo", falou Moura.
A delatora tamb�m disse ter pago por uma governanta para a casa de Dilma, chamada Rose, durante o ano de 2010, que recebia R$ 4 mil por m�s.
J� os gastos com o cabeleireiro de Dilma, Celso Kamura, teriam sido de R$ 40 mil. Al�m da di�ria, em torno de R$ 2 mil, Moura tamb�m diz ter pago passagens para que o profissional fosse at� Bras�lia atender Dilma.
Moura afirmou ainda que durante a campanha de 2014 recebeu a orienta��o para que pagasse Jefferson Monteiro para ele reativar a p�gina Dilma Bolada no Facebook e fazer postagens favor�veis ao governo federal.
"Esses favores eram prestados por se tratar de uma cortesia a uma cliente importante para Jo�o Santana e M�nica Moura. Dilma Rousseff, al�m de presidente, j� havia feito com eles a campanha de 2010 e existia a possibilidade de virem a fazer a campanha de 2014", afirmou M�nica Moura
OUTRO LADO
Monteiro, da p�gina Dilma Bolada, postou uma resposta �s den�ncias em uma rede social: "Pelos meus c�lculos, eu j� teria que ter, no m�nimo, R$1,7 milh�o de reais na conta:
R$ 500 mil segundo a Revista �poca, R$ 1 milh�o segundo Marcelo Odebrecht e agora mais R$ 200 mil segundo M�nica Moura. Algu�m, por gentileza, me avisa onde que tenho que retirar a quantia porque estou com o aluguel atrasado e o telefone cortado. Obrigado!"
Dilma, por meio de seus assessores, divulgou nota na qual diz que Jo�o Santana e M�nica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas amea�as dos investigadores". A ex-presidente diz ainda que o fim do sigilo das dela��es prejudicou sua defesa na a��o que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, por meio de uma publica��o em seu site nesta sexta-feira (12), que as dela��es de Jo�o Santana e M�nica Moura s�o mentirosas e que o objetivo do casal � conseguir redu��o de pena a partir de vers�es "falsas e fantasiosas".
Segundo o texto, a ex-presidente nunca negociou doa��es eleitorais ou ordenou pagamentos ilegais a prestadores de servi�os em suas campanhas, ou fora delas.
"S�o mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos di�logos acerca dos pagamentos de servi�os de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com Jo�o Santana ou M�nica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de servi�os de suas campanhas sobre tal assunto", diz trecho da publica��o, assinada pela assessoria da ex-presidente.
Ainda conforme Dilma, � "fantasiosa" a vers�o de que ela informava delatores sobre o andamento da Lava Jato. "Causa ainda mais espanto a vers�o de que por meio de uma suposta 'mensagem enigm�tica', conforme a fantasia dos delatores, a presidente tivesse tentado 'avis�-los' de uma poss�vel pris�o. Tal vers�o � pat�tica."
A assessoria da ex-presidente informou ainda que � falsa a afirma��o de que ela teria recomendado que os delatores ficassem no exterior e "� ris�vel imaginar que a presidente da Rep�blica recebeu informa��es de forma privilegiada e ilegal ao longo da Lava Jato". "Isso seria presumir que a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico ou o pr�prio Judici�rio, por serem os detentores e guardi�es dessas informa��es, teriam descumprido seus deveres legais."
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