Dilma ligou pessoalmente para avisar sobre mandado de pris�o, diz delatora
M�nica reiterou que Dilma apenas deu o aviso e n�o passou nenhuma orienta��o ao casal
A ent�o presidente Dilma Rousseff telefonou para Jo�o Santana para avisar que ele e sua mulher, a empres�ria M�nica Moura, seriam presos, disse M�nica Moura, empres�ria e mulher de Jo�o Santana, respons�vel pelas campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014, em seu depoimento que integra a dela��o premiada.
De acordo com M�nica, em fevereiro de 2016, o casal estava na Rep�blica Dominicana e recebeu uma mensagem enviada por Dilma, por meio do e-mail secreto que usavam para se comunicar, com o pedido de conseguir uma linha segura para falar.
"O Jo�o [Santana] falou com ela [Dilma] por telefone, na noite do dia 20 ou 21 de fevereiro. Fomos avisados que foi visto um mandado de pris�o assinado contra a gente", disse a empres�ria.
M�nica reiterou que Dilma apenas deu o aviso e n�o passou nenhuma orienta��o ao casal ou pediu que tomassem alguma provid�ncia. "Nossa rea��o foi de desespero absoluto. Mas jamais fugir�amos."
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Imagem de e-mail criado para conversas secretas com Dilma |
No dia 22, a pris�o dos dois foi decretada. Eles foram detidos ao retornar ao Brasil, no dia 23 de fevereiro de 2016. Segundo M�nica, depois disso, a comunica��o com Dilma e seus emiss�rios foi suspensa. "Nunca mandaram nenhum recadinho de apoio, ou de amea�a, ou de medo, nada, zero. Nem nossos filhos nos procuraram na pris�o". Os dois obtiveram liberdade provis�ria em agosto de 2016.
A delatora tamb�m disse que foi procurada por Marcelo Odebrecht para tentar convencer Dilma a tentar parar as investiga��es da Lava Jato. M�nica disse que chegou a falar com a ex-presidente sobre isso, mas que a petista ficou "muito irritada". "Ela disse: 'Eles s�o loucos. N�o posso fazer nada'."
OUTRO LADO
A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, por meio de uma publica��o em seu site nesta sexta-feira (12), que as dela��es de Jo�o Santana e M�nica Moura s�o mentirosas e que o objetivo do casal � conseguir redu��o de pena a partir de vers�es "falsas e fantasiosas".
Segundo o texto, a ex-presidente nunca negociou doa��es eleitorais ou ordenou pagamentos ilegais a prestadores de servi�os em suas campanhas, ou fora delas.
"S�o mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos di�logos acerca dos pagamentos de servi�os de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com Jo�o Santana ou M�nica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de servi�os de suas campanhas sobre tal assunto", diz trecho da publica��o, assinada pela assessoria da ex-presidente.
Ainda conforme Dilma, � "fantasiosa" a vers�o de que ela informava delatores sobre o andamento da Lava Jato. "Causa ainda mais espanto a vers�o de que por meio de uma suposta 'mensagem enigm�tica', conforme a fantasia dos delatores, a presidente tivesse tentado 'avis�-los' de uma poss�vel pris�o. Tal vers�o � pat�tica."
A assessoria da ex-presidente informou ainda que � falsa a afirma��o de que ela teria recomendado que os delatores ficassem no exterior e "� ris�vel imaginar que a presidente da Rep�blica recebeu informa��es de forma privilegiada e ilegal ao longo da Lava Jato". "Isso seria presumir que a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico ou o pr�prio Judici�rio, por serem os detentores e guardi�es dessas informa��es, teriam descumprido seus deveres legais."
A DELA��O DO CASAL - Acusa��es de Jo�o Santana e M�nica Moura ao Minist�rio P�blico Federal
Colaborou MARCELO TOLEDO, de Ribeir�o Preto
Livraria da Folha
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