Palocci e Odebrecht assumiram d�vidas de Marta e Gleisi, diz M�nica
A delatora M�nica Moura, mulher do marqueteiro Jo�o Santana, afirmou que cerca de R$ 5 milh�es em d�vidas das campanhas municipais de 2008 de Gleisi Hoffmann (PT), em Curitiba, e de Marta Suplicy (ex-PT, hoje PMDB), em S�o Paulo, foram pagos pelo ex-ministro Ant�nio Palocci e pela Odebrecht.
"Acho que a Odebrecht pagou uma partezinha da d�vida geral. Uma parte da d�vida que ficou de Marta e Gleisi, juntou numa cesta e a Odebrecht pagou uma parte, e Palocci e Juscelino [Dourado, assessor de Palocci] resolveram uma parte tamb�m, isso no per�odo p�s campanha", disse.
Segundo M�nica, Palocci procurou o casal pedindo que fizessem a campanha de Gleisi em Curitiba. Santana, a princ�pio, n�o topou, mas o ent�o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, marido da atual senadora, insistiu.
"Teve uma insist�ncia muito grande do Paulo Bernardo, que chegou a ir na nossa casa em Salvador, ele e a Gleisi, pra nos convencer a fazer a campanha", afirma a delatora. M�nica, ent�o, acertou com o ex-ministro o valor de R$ 6 milh�es como custo da campanha, segundo ela.
A DELA��O DO CASAL - Acusa��es de Jo�o Santana e M�nica Moura ao Minist�rio P�blico Federal
M�nica diz ainda que ficou acertado que o m�todo de pagamento seria tamb�m caixa dois.
"A� ele disse a mesma coisa, que eu j� devia saber que ele n�o poderia pagar tudo por dentro. A mesma lenga lenga de sempre. Depois de muito discutir, conseguiu que R$ 1,375 milh�o fosse por dentro. O restante foi pago em dinheiro."
M�nica afirmou que recebia o pagamento geralmente por meio de uma secret�ria de Gleisi que trabalhava no diret�rio do PT, em Curitiba, ou com Guilherme Gon�alves, advogado e coordenador jur�dico da campanha. A ent�o candidata era quem indicava a pessoa que lhe entregaria o dinheiro e at� o pr�prio Paulo Bernardo chegou a levar o pagamento a ela, segundo relatou.
Marcelo Odebrecht e outros delatores da empreiteira mencionaram em dela��o que bancaram parte da campanha de Gleisi.
COBRAN�A
M�nica diz que, embora n�o acertasse valores com Gleisi, fazia cobran�a pela falta de pagamentos.
"T� muito complicado, a gente n�o consegue receber, fazer campanha assim n�o d�, n�o tem dinheiro. E ela dizia que ia falar com o Paulo. Eu sei que Gleisi sabia, n�o � que eu n�o conversei com ela nunca sobre dinheiro. Eu falava com ela. N�o acerto financeiro, mas cobran�a."
Ao final da campanha permaneceu ainda uma d�vida de R$ 1,5 milh�o que Paulo Bernardo disse que seria resolvida por Palocci por meio da Odebrecht.
Palocci gerenciava, na mesma �poca, os pagamentos da empreiteira pela campanha de Marta, em S�o Paulo. Por isso, segundo M�nica, as d�vidas foram unificadas e quitadas at� 2009.
As senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Marta Suplicy (PMDB-SP) t�m negado irregularidades em suas campanhas.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade