Eu, Leitora

Eu, Leitora | Marie Claire

Eu, Leitora | Marie Claire

Alessanddra Nirrwaan, de 43 anos, é uma curitibana que mora há 10 anos na Índia após conhecer seu marido. Os dois se encontraram pelo Facebook e, apesar da desaprovação do sogro, a brasileira não só casou, como também teve um filho. A Marie Claire, ela conta como superou seus traumas com seus três ex-maridos e agora vive feliz no país que escolheu para ser seu lar

‘Coloquei meu ex na cadeia por abusar de minha filha, superei os traumas, conheci um novo amor no Facebook e hoje sou feliz na Índia’

Charlene Bandeira saiu da sua comunidade quilombola no interior do Rio Grande do Sul para cursar Psicologia. Na universidade, teve que lidar com episódios de racismo que a fizeram entrar em depressão. Ela conseguiu se formar e ajudou a criar a psicoQUILOMBOlogia, grupo de estudos que pretende incorporar saberes ancestrais ao conhecimento tradicional da academia

'Deixei o quilombo para entrar na universidade, encarei o racismo e ajudei a transformar a Psicologia com os saberes ancestrais do meu povo'

Em 1958 quando tinha apenas 18 anos, Mary Porto foi morar em Lausanne, na Suíça, para estudar artes plásticas. No primeiro dia, conheceu um jovem arquiteto com quem viveu um romance por seis meses, até voltar ao Rio de Janeiro, onde morava. 55 anos depois, ela recebeu uma carta de seu antigo amor e tomou uma decisão corajosa

‘Após três divórcios, recebi uma carta do grande amor da minha vida e me casei novamente aos 74 anos'

Mirian Nascimento, de 24 anos, viveu momentos aterrorizantes quando tinha 17. Por conta de ciúmes de seu ex-namorado, a jovem levou 15 facadas enquanto era imobilizada pelo homem. Seu relato, também compartilhado nas redes sociais, sensibilizou outras mulheres que passaram por situações parecidas e inspirou suas seguidoras a denunciarem seus agressores

'Sobrevivi a 15 facadas dadas pelo meu ex após crise de ciúmes e agora ajudo outras mulheres a evitarem que o pior aconteça'

Helena Souza, 54, foi abusada entre os três e oito anos por um casal de vizinhos em Fortaleza. Ela esperou ambos morrerem para, aos 40, contar para a família. Há oito anos, criou o projeto Sonhos de Helena em Beberibe, que confecciona bonecas de pano e tem como missão ensinar famílias e crianças a identificarem e interromperem o crime. Assim, espera ajudar a construir 'uma nova geração sem história de abuso na infância'

‘Fui vítima de abuso sexual infantil e hoje tenho projeto para ajudar famílias a caçar abusadores’

A jornalista e fotógrafa Céu Albuquerque nasceu com genitais ambíguas devido a uma hiperplasia adrenal congênita que causou uma alta produção de andrógenos na gestação. Aos três anos, ela passou por uma cirurgia que a mutilou. Durante anos, ela sofreu várias violações até entender que era uma pessoa intersexo. Hoje, ela é uma ativista e ajuda outras pessoas a compreenderem quem são

'Mesmo mutilada após nascer, ressignifiquei meu corpo e lutei para ser reconhecida como uma pessoa intersexo na minha certidão de nascimento'

Em 2010, Glaucia Santos trabalhava como copeira em um hospital em Araraquara, no interior de São Paulo. Lá, ela conheceu Cota, uma senhora de 70 anos que passou a vida inteira morando no hospital. A ligação entre as duas foi crescendo e, quando o hospital declarou falência, ela decidiu adotar a idosa. Agora, ela é mãe de duas e conta sua história para a Marie Claire

'Me tornei mãe de uma mulher de 70 anos e foi a melhor coisa que me aconteceu na vida'

Neste mês das mães, Mariana Arasaki compartilha sua vivência como mãe de 12 crianças. Ela teve sua primeira filha aos 26 e hoje, aos 39, já passou por dez gestações, com direito a dois pares de gêmeos e sempre enfrentando puerpérios difíceis. Para dividir suas experiências e ajudar outras mães a se sentirem menos sozinhas, ela criou o perfil @coracaodemami, que acumula mais de 1 milhão de seguidores no Instagram

'Tenho 12 filhos e não uso métodos
contraceptivos para evitar mais gestações'

Danny Boggione conheceu seu ex-marido quando tinha 20 anos durante uma viagem para Turquia. Tudo ia bem até o nascimento do filho, quando a família dele disse que ela não teria controle do filho. Após conseguir o divórcio, ela conta a Marie Claire que criou uma rede de apoio para brasileiras vítimas do tráfico humano

‘Me divorciei na Turquia após quase perder a guarda do meu recém-nascido e hoje tenho uma rede de apoio para brasileiras vítimas do tráfico humano’

Abusada sexualmente durante boa parte da sua infância, Jennyffer Bransfor Tupinambá passou por diversos tipos de violências. Depois de retomar às suas raízes indígenas e ter três filhas, a empresária abriu uma agência dedicada a causas sociais e hoje combate o abuso infantil com seu ciberativismo

'Fui violentada pelo meu padrasto na infância, virei ativista indígena e hoje ajudo a combater o abuso infantil'