Os Militares do Estado Novo em Criciúma

Em 1937, chegam a Criciúma 800 homens do exército, oriundos da Capital Federal, para impedir o avanço de uma revolução que iniciou no Rio Grande do Sul, em função da nomeação de um governador baiano para comandar os destinos gaúchos. A cidade de Criciúma espantou-se ao ver todos aqueles soldados uniformizados e algumas moças da região mais afoitas, aproveitaram para arrumar casamento.

No mesmo ano, o país vive o Estado Novo, regime autoritário inspirado no fascismo. Com o pretexto de acabar com a instabilidade política reinante no Brasil, o presidente Getúlio Vargas dá um golpe de Estado e inicia o que seria conhecido como Estado Novo. Fecham o Congresso Nacional, as Assembléias Estaduais e suspende a liberdade política, concentrando poderes.

No Estado Novo foi criado o DASP (Departamento de Administração dos Serviços Públicos), para profissionalizar o serviço público e diminuir a influência das forças políticas locais na máquina governamental. Em 1939, GV cria o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), responsável pela tão temida censura.

No sul do Brasil, na época do Estado Novo, havia um clima de instabilidade, pois o presidente nomeara um baiano, o general Daltro Filho, para governar o Rio Grande do Sul, por sinal, terra natal de Vargas. Os gaúchos não aceitaram e formaram uma revolução liderada pelo general Flores da Cunha. O regimento enviado por Getúlio para combater a revolta estabeleceu-se em Criciúma, onde permaneceram sediados de 13 de junho a 19 de novembro de 1937, num total de 800 soldados.

Em 1945, com a vitória dos aliados na Segunda Guerra, Vargas é deposto, iniciando um breve período democrático.

Fontes: Emanuela Borges Santana e Fábia Zeferino, graduadas em História.