Política

Por Mariana Gonzalez, Colaboração para Marie Claire


“Penso que a senhora deve começar lavando a roupa fora. O palácio possui roupa de cama completa e de mesa para uso diário e banquetes. Pretendo deixar a casa muito em ordem, a senhora encontrará tudo aquilo de que precisa.” Essas instruções foram escritas por Anna Gabriella Campos Salles em carta àquela que viria suceder-lhe como dona da casa em que havia vivido nos últimos três anos: Catita Alves, filha do presidente Rodrigues Alves, que assumiu o papel de primeira-dama porque àquela altura o político era viúvo. A casa era o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então residência oficial do presidente do Brasil.

A preocupação com as tarefas do lar e a solidariedade com a próxima responsável por ela são uma das únicas pistas da biografia de Anna Gabriella, a quarta primeira-dama do país. Essa falta de informações é um denominador comum à maioria das mulheres dos presidentes.

Sete décadas mais tarde, rádio e televisão faziam muito mais registros dos poderes do país, mas as primeiras-damas continuavam de fora do enquadramento das notícias. A biografia de Scylla Médici, por exemplo, é marcada por raríssimas aparições, quase todas ao lado do marido, o ditador Emílio Garrastazu Médici. Em uma delas, em discurso transmitido no rádio no Dia Nacional da Família, disse, se dirigindo às mulheres brasileiras: “Sou e serei sempre o que fui: a esposa do meu marido. Minha valia é tão pouca, minha missão é tão fácil e tão suave. A mim toca fazer-lhe a casa amiga e serena, fazê-lo sentir-se o homem simples e confiante que sempre foi, fazer o presente encontrar-se com as raízes de si mesma no amor de nosso lar”.

Em 2022, as duas falas – que reduzem mesmo as mulheres mais importantes do país ao ambiente doméstico – soam datadas. Mas um discurso recente da última primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mostra que, nesse sentido, o imaginário brasileiro não evoluiu tanto assim. Em setembro, em discurso de campanha de Jair Bolsonaro, Michelle disse que cabe à mulher ser “ajudadora” do marido – o que pouco destoa do que foi imposto a Anna, Catita, Scylla e a quase todas as 34 primeiras-damas que o Brasil teve até aqui.

Primeiras damas - 1. Ruth Cardoso 2. Marisa Letícia 3. Rosane Collor 4. Marly Sarney 5. Marcela Temer  6. Michelle Bolsonaro 7. Rosângela da Silva — Foto: Colagem: Pamella Moreno
Primeiras damas - 1. Ruth Cardoso 2. Marisa Letícia 3. Rosane Collor 4. Marly Sarney 5. Marcela Temer 6. Michelle Bolsonaro 7. Rosângela da Silva — Foto: Colagem: Pamella Moreno

Belas, recatadas e do lar

Quando o Brasil ganhou sua primeira Constituição, em 1891, quase 20 pessoas se reuniram ao redor do Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do país, para presenciar o momento solene – entre elas uma única mulher: Mariana da Fonseca, esposa de Deodoro. Na cena, eternizada em quadro de Gustave Hastoy, todos aparecem voltados para o presidente com a caneta em punho prestes a assinar o documento. Mas só uma pessoa está de costas para quem vê o quadro: a primeira-dama, chamada de “mulher sem rosto” pelos jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo, autores de Todas as Mulheres dos Presidentes (ed. Máquina de Livros, 336 págs., R$ 44,50). A dupla recorreu a centenas de reportagens da imprensa da época e a outros arquivos da Biblioteca Nacional e enfrentou um verdadeiro apagão de informações sobre as esposas dos presidentes. “Elas estavam ali, no centro do poder e da política, mas a história não se ocupou de contar a trajetória delas”, comentam.

A solução foi pesquisar a vida dos presidentes e, então, encontrar ali pistas sobre quem foram suas esposas, como um labirinto ou um quebra-cabeça. A historiadora Dayanny Deyse Rodrigues Leite, que mergulhou em sua tese de doutorado no primeiro-damismo – termo que dá nome ao conjunto de práticas exercidas por esposas de governantes em exercício no Poder Executivo –, diz que, enquanto há um oceano de produção sobre os presidentes, existem apenas algumas gotas sobre a vida de suas esposas.

1. Mariana da Fonseca 2. Mariana da Fonseca (de costas) em pintura de Gustave Hastoy de 1891 3. Josina Peixoto 4. Adelaide de Morais 5. Anna Gabriella Campos Salles 6. Guilhermina Penna 7. Orsina da Fonseca 8. Anita Peçanha 9. Ilustrações de Nair de Teffé 10. Matéria do Jornal do Século de 1913 11. Nair de Teffé 12. Maria Pereira Gomes 13. Francisca Ribeiro 14. Mary Pessoa 15. Clélia Bernardes 16. Sophia Pereira de Sousa — Foto: Colagem Pamella Moreno
1. Mariana da Fonseca 2. Mariana da Fonseca (de costas) em pintura de Gustave Hastoy de 1891 3. Josina Peixoto 4. Adelaide de Morais 5. Anna Gabriella Campos Salles 6. Guilhermina Penna 7. Orsina da Fonseca 8. Anita Peçanha 9. Ilustrações de Nair de Teffé 10. Matéria do Jornal do Século de 1913 11. Nair de Teffé 12. Maria Pereira Gomes 13. Francisca Ribeiro 14. Mary Pessoa 15. Clélia Bernardes 16. Sophia Pereira de Sousa — Foto: Colagem Pamella Moreno

Até a década de 1990, pouquíssimas mulheres fugiram ao status quo imposto ao “cargo” – entre aspas porque, embora ser primeira-dama exija muito de quem ostenta o título, não é uma posição executiva oficial, não tem salário e nem atribuições específicas.

“Por isso, cabe a quem ocupar o cargo decidir o que será feito dele”, explica Ciça. Mas, na prática, os adjetivos “bela, recatada e do lar”, atribuídos a Marcela Temer em reportagem publicada em 2016 pela revista Veja, servem à maior parte das mulheres dos presidentes do Brasil até aqui. Raras exceções, casaram muito jovens e pariram muitos filhos – especialmente na República Velha. Naquele período, que corre desde a Proclamação da República até o começo da Era Vargas, há casos de meninas que se casaram aos 15 anos com homens até três décadas mais velhos, às vezes parentes. Esses casamentos e os filhos que deles nasciam, aliás, são as únicas menções a essas mulheres na imprensa da época, ao lado apenas de eventos beneficentes que organizavam.

1. Casamento dos Vargas 2. María Delgado Romero de Odría, primeira-dama do Peru, com Darcy Vargas, primeira-dama do Brasil 3. Darcy Vargas, ao centro, na primeira bienal de São Paulo 4. Darcy Vargas — Foto: Colagem Pamella Moreno
1. Casamento dos Vargas 2. María Delgado Romero de Odría, primeira-dama do Peru, com Darcy Vargas, primeira-dama do Brasil 3. Darcy Vargas, ao centro, na primeira bienal de São Paulo 4. Darcy Vargas — Foto: Colagem Pamella Moreno

Muitas delas tinham alguma influência sobre a atuação política de seus maridos. Carmela Dutra, por exemplo, conhecida como Dona Santinha, foi a mente por trás da proibição do jogo no Brasil e da extinção do Partido Comunista Brasileiro, ambos em 1946 – mas de forma velada, sem protagonizar essas decisões. Os louros iam sempre para os presidentes e seus projetos políticos. Quando exerciam alguma função pública, a tarefa estava sempre ligada ao universo feminino e de forma a representar o governo do marido. Mary Pessoa, esposa do presidente Epitácio Pessoa, por exemplo, foi presidente de honra da Legião da Mulher Brasileira, organização que “pregava um pitoresco feminismo religioso”, dedicado a elevar e proteger a moral feminina, nas palavras de Ruy Castro, no livro Metrópole à Beira-Mar: o Rio Moderno dos Anos 20 (ed. Companhia das Letras, 504 págs., R$ 87,90).

Quem fugia a esse perfil e se dedicava a outras atividades fora do ambiente doméstico acabava moldada pelo casamento. Foi o caso de Jandira Café, que foi jogadora de futebol no Centro Esportivo Natalense, primeira agremiação do Rio Grande do Norte a montar uma equipe feminina, mas abandonou o esporte antes mesmo de se casar com Café Filho, e da cartunista Nair de Teffé, cuja história merece o próximo parágrafo inteiro só para si.

5. Jandira Café 6. equipe feminina de futebol de Natal publicada em maio de 1920 7. Carmela Dutra 8. Primeira página do Diário Carioca, de 1946 9. Beatriz Ramos 10. Graciema da Luz 11. Sarah e Juscelino Kubitschek 12. Sarah Kubitschek 13. Maria Thereza Goulart 14. Eloá Quadros — Foto: Colagem Pamella Moreno
5. Jandira Café 6. equipe feminina de futebol de Natal publicada em maio de 1920 7. Carmela Dutra 8. Primeira página do Diário Carioca, de 1946 9. Beatriz Ramos 10. Graciema da Luz 11. Sarah e Juscelino Kubitschek 12. Sarah Kubitschek 13. Maria Thereza Goulart 14. Eloá Quadros — Foto: Colagem Pamella Moreno

Nascida em família cheia de títulos de nobreza, Nair foi a segunda esposa de Hermes da Fonseca. Mas antes de dizer “sim” ao marechal já era reconhecida como a primeira cartunista do Brasil (talvez do mundo) com charges publicadas na revista FonFon, sob o pseudônimo de Rian – Nair ao contrário.

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Nair interrompeu a carreira de cartunista após se tornar a senhora Hermes da Fonseca, mas não por isso foi uma primeira-dama tradicional. Para começar, era completamente inexperiente em tarefas domésticas, como ela mesma descreveu no livro A Verdade Sobre a Revolução de 22, publicado em 1974 pela Academia Petropolitana de Letras: “Não sabia nada dos afazeres de uma dona de casa. Só entendia de arte, pintura, boas maneiras, leituras, saraus de piano e dança”. Foi Nair quem apresentou às brasileiras a moda de calças compridas para mulheres e abriu um cinema no Rio de Janeiro onde se dançou rock pela primeira vez no Brasil.

As primeiras-damas só começaram a ser vistas em funções fora de casa graças a Darcy Vargas. Ela ocupava o posto quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial e o governo Vargas começou a ser pressionado a prestar assistência às famílias de soldados brasileiros que foram à batalha. Coube a Darcy o papel de “mãe dos pobres”: em 1942, ela fundou a Legião Brasileira de Assistência, braço do governo Vargas que desenvolvia ações de combate à fome e ao analfabetismo durante a guerra, mas que seguiu funcionando após o conflito.

1. Yolanda Costa e Silva 2. Scylla Médici 3. Lucy Geisel 4. Dulce Figueiredo 5. Dulce Figueiredo com João Figueiredo em sua despedida de BRasília, em 1985 — Foto: Colagem Pamella Moreno
1. Yolanda Costa e Silva 2. Scylla Médici 3. Lucy Geisel 4. Dulce Figueiredo 5. Dulce Figueiredo com João Figueiredo em sua despedida de BRasília, em 1985 — Foto: Colagem Pamella Moreno

Se por um lado a estratégia parece estender para o espaço público as tarefas que essas mulheres já realizavam no ambiente doméstico – cuidar, acolher, maternar –, o assistencialismo “foi a porta que as primeiras-damas encontraram para finalmente participar da política”, explica Dayanny. A partir de Darcy Vargas, ocupar a direção da Legião Brasileira de Assistência era praticamente uma função oficial das mulheres dos presidentes. Mas, vale lembrar: sem salário nem cargo oficial. Por mais de cinco décadas, a assistência tinha um quê de caridade, mas não era uma política pública estruturada – o que só aconteceu em 1995, com a extinção da Legião Brasileira de Assistência a pedido de Ruth Cardoso, mulher do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela acreditava que a atenção aos mais pobres deveria ser garantida pelo Estado e prevista no orçamento federal, o que se tornou realidade com a Lei Orgânica da Assistência Social, sancionada por seu marido.

Rosane MaltaRosane Collor enquanto primeira-dama – foi a última à frente da organização antes de Ruth Cardoso decretar seu fim, mas sua passagem foi marcada por investigações de corrupção, inclusive de desvio de dinheiro da própria Legião. Outro episódio marcante da trajetória de Rosane é que, além de ser a esposa do primeiro presidente impichado do país, também foi a única a se divorciar, com direito a escândalos públicos envolvendo disputa por imóveis e valores de pensão.

Luta por direitos

Antropóloga, Ruth, que também era professora da Universidade de São Paulo, foi pioneira no reconhecimento de movimentos feministas, étnico-raciais e de orientação sexual no Brasil. Também defendia a participação das mulheres na política, era favorável à legalização do aborto e da maconha. Ruth tinha um currículo duas vezes maior que o do marido – enquanto o lattes de FHC tem dez páginas, o dela contava mais de 20. E poderia se apresentar como doutora, já que concluiu um doutorado e um pós-doutorado, mas era sempre chamada de “dona” Ruth, prefixo um tanto ofensivo e muito usado para se referir também a Dilma Rousseff quando era presidente: “Esse pronome de tratamento tem um aspecto diminutivo, de ligar a mulher ao espaço de dona de casa, dona de escravos”, diz Ciça.

No primeiro governo Lula, era Marisa Letícia a ser chamada de “dona”. Ela foi conhecida assim até sua morte, em 2017. Teve uma atuação discreta enquanto primeira-dama, mas dedicou sua vida à luta política. Militava para que outras mulheres se juntassem ao movimento sindical, comandou uma manifestação de mulheres pela liberdade dos sindicalistas presos nos anos 1980, incluindo seu companheiro, e costurou à mão a primeira bandeira do PT. Como Lula, Marisa passou por uma reformulação de imagem entre as eleições de 1989 e de 2002, quando seu marido foi eleito presidente pela primeira vez. Mas, enquanto a ele coube apenas fazer a barba e usar ternos mais sofisticados, ela passou por dietas e até procedimentos estéticos, como liftings faciais e lipoaspirações. “É exigido das mulheres que sigam um padrão estético, e isso é mais uma questão que aprisiona a atuação das primeiras-damas”, explica Dayanny.

Entre as mais criticadas estão mulheres como Eloá Quadros, esposa de Jânio Quadros, que costurava ela mesma seus vestidos e era considerada muito simples para os padrões do Palácio do Planalto, e as que vestiam grifes e ditavam moda, como Sarah Kubitschek. Fato é que as primeiras-damas sempre foram medidas pela imagem que apresentavam.

6. Marly Sarney 7 e 9. Rosane Collor 8. Rosane Collor na capa da revista Manequim, de 1990 10. Ruth Cardoso em reunião do Coletivo de Mulheres do PSDB na década de 1990 11. Ruth Cardoso 12. Marisa Letícia 13. Marcela Temer 14 e 15. Michelle Bolsonaro 16. Rosângela da Silva — Foto: Colagem Pamella Moreno
6. Marly Sarney 7 e 9. Rosane Collor 8. Rosane Collor na capa da revista Manequim, de 1990 10. Ruth Cardoso em reunião do Coletivo de Mulheres do PSDB na década de 1990 11. Ruth Cardoso 12. Marisa Letícia 13. Marcela Temer 14 e 15. Michelle Bolsonaro 16. Rosângela da Silva — Foto: Colagem Pamella Moreno

Em meio à tensão política dos anos que vieram logo antes do Golpe Militar, Maria Thereza Goulart, esposa de João Goulart, foi considerada um ícone da moda brasileira, vestindo quase sempre peças criadas pelo amigo e estilista Dener Pamplona. Entrou para a lista das dez primeiras-damas mais belas do mundo da revista People nos anos 1960, algo que gerou um frisson comparável apenas à aparição de Marcela Temer em seu primeiro evento como primeira-dama, o desfile em comemoração à Independência do Brasil, em 7 de setembro de 2016. Além de sua beleza ter sido assunto de matérias de jornais, incluindo o fato de ter uma diferença de 40 anos de idade com o marido, Michel Temer, ela usou um vestido branco da estilista Luisa Farani que ficou esgotado do estoque da marca em menos de 24 horas.

Michelle Bolsonaro, primeira-dama até este 1º de janeiro, também viu sua imagem mudar ao longo dos quatro anos de governo Bolsonaro. Mas, ao contrário de Marisa, que ganhou um aspecto mais jovem, a ideia era envelhecê-la um pouco, dando um aspecto mais sóbrio e tornando menos perceptível a diferença de idade para o marido. Se na posse em 2018 ela apareceu com os cabelos longos, tingidos de loiro, e um vestido que deixava os ombros à mostra, na campanha para a reeleição, em 2022, ela tinha os fios curtos, escuros, e usava roupas mais fechadas, com as saias sempre abaixo dos joelhos.

Michelle foi a primeira primeira-dama a discursar na posse de um presidente, indo ao microfone antes do marido e falando por mais de três minutos – protagonismo que não se manteve durante o governo. Foi muito usada na campanha para a reeleição na tentativa de atrair eleitoras, mas entre as campanhas de 2018 e 2022 suas aparições estavam quase sempre relacionadas à religião. “Com a Michelle, voltamos 20 casas” no que diz respeito à evolução do papel das primeiras-damas brasileiras, critica Murilo.

Companheira Janja

A partir de janeiro, o país terá um perfil muito diferente no posto: Rosângela da Silva, a Janja, de 56 anos, 39 deles filiada ao PT. Sua trajetória tem detalhes incomuns para uma mulher nesse posto. A começar por sua trajetória acadêmica: ela é apenas a quarta entre 34 primeiras-damas a ter ensino superior completo e a segunda a percorrer uma trajetória acadêmica, depois apenas de Ruth Cardoso. Janja é socióloga pela Universidade Federal do Paraná e tem MBA em Gestão Social e Sustentabilidade, conhecimentos que aplicou durante 15 anos trabalhando na hidrelétrica Itaipu e na Eletrobras. E mais: na opinião de Ciça e Murilo, o namoro e o casamento, que aconteceu em 2022, ajudaram a construir a imagem de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seguia “paz e amor”, jovem e de bem com a vida mesmo depois da prisão e de sucessivas derrotas do PT.

Além disso, “a família, no imaginário dessa gente, é um contraponto ao comunismo”, afirma Ciça. Dilma Rousseff não tinha um marido quando recebeu a faixa presidencial, em 2010, “ao lado dela estava a ausência”, comenta Dayanny. “Pela primeira vez a mulher não estava na cerimônia de posse como primeira-dama, mas à frente da política, do poder. Mesmo assim, foi impossível não perceber a ausência de um cônjuge para compor a cena”, completa.

Janja demonstra estar confortável no novo papel. A questão que fica é: depois de Marcela Temer e Michelle Bolsonaro, como se portará a primeira-dama do novo governo Lula? A exemplo da francesa Brigitte Macron, da chilena Irina Karamanos e até da brasileira Ruth Cardoso, Janja tem tudo para manter um protagonismo. Usar sua formação técnica no processo de reconstrução da democracia – e “ressignificar o que é ser uma primeira-dama”, fazendo “um papel de mais articulação com a sociedade civil”, como prometeu, em entrevista ao Fantástico, na qual citou Michelle Obama e Evita Perón como inspirações.

A primeira sinalização da participação dela, no entanto, foi no sentido contrário. No processo de transição de governo, a ela foi designado o papel de coordenar os preparativos para a festa da posse. “De certa forma, isso a coloca de volta nesse lugar de organizar a casa”, critica Dayanny. Lula já disse em entrevistas que a esposa “terá a liberdade de pensar o que quer fazer para me ajudar”. Janja, por outro lado, recusa o papel. “Não vou ser ajudadora. Eu vou estar do seu lado, junto, lutando, para a gente dar de novo o Brasil da esperança que esse povo maravilhoso merece.” A ver.

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