Beleza

Por Paola Deodoro


Thaís Ramos — Foto: Divulgação
Thaís Ramos — Foto: Divulgação

A história que relaciona a mulher negra com seus cabelos passa por processos agressivos de alisamento. Também por um movimento de transição capilar intenso, cheio de significados e algumas imposições, que já dura alguns anos. Mas a discussão essencial, que empodera e acolhe essa mulher para usar o tipo de cabelo que desejar, ainda é um tabu.

No entanto, esse cenário pode ganhar outros contornos com uma ferramenta que começa a se sentir em casa no Brasil dos últimos tempos: a peruca. Na linha de frente deste levante está Thaís Ramos, advogada de formação e empreendedora que, em 2016, lançou a De Benguela.

A marca de cabelos naturais para alongamentos, apliques e perucas tem uma carteira de 30 mil clientes, chega a vender 500 produtos por mês – e alguns modelos já tiveram lista de espera de mais de 300 pessoas. "Comecei a empresa com uma pesquisa para resolver um problema pessoal. Mas encontrei tantas possibilidades... Já no início o público era grande, intenso. Eu passava horas conversando com as clientes. Elas choravam de lá, eu chorava de cá. Comecei a entender o tamanho do problema e como a questão do cabelo vai mais além para nós, mulheres negras. Nunca foi só cabelo. Espero que um dia seja. Mas por enquanto a De Benguela tem um propósito, que é apoiar essas mulheres", conta a empresária, que importa a matéria-prima, mas monta os modelos, formatos e colorações no Brasil.

Além da relação com o produto em si, Thaís faz questão de estimular a criação de uma comunidade, estabelecendo conexões e empatia. "Foi minha mãe que sugeriu o nome da empresa, e quando fui pesquisar sobre Tereza De Benguela, quando entendi que o Brasil teve uma rainha negra, me senti muito enganada, achei que era uma missão levar esse nome. Por isso chamamos nossas clientes de rainhas. O cabelo é nossa coroa, é preciso entender o valor disso", completa.

Thaís Ramos: ‘Há sempre uma nova ditadura para nós, mulheres negras’

"Sou formada em Direito e desde os 12 anos eu já dizia que trabalharia com Direito, com a justiça. Fui para a Espanha aos 14 anos, porque minha mãe migrou, eu tive que acompanhá-la. A Espanha é um país em que a população negra é mais ou menos de 13% , então, tem pouquíssimos negros. Era um desafio comprar maquiagem, cuidar do cabelo, enfim. Quando bateu a crise na Europa, ali em 2012, voltei para o Brasil. Eu estava terminando a faculdade, estudei Direito lá em Madri, e não conseguia emprego, o desemprego estava muito alto, as coisas estavam difíceis por lá. E eu tinha muita vontade de viver coisa que não vivi, porque a escolha de ir embora daqui não foi minha, né? Então decidi vir para o Brasil. Eu tinha uma ilusão muito grande de que aqui as coisas seriam diferentes. Aqui, sim, com a população negra tão grande, vai ter tanta coisa para mim! [risos]. Nessa romantização, quando cheguei aqui encontrei dificuldades em relação a absolutamente tudo — maquiagem, cabelo… Os cremes que eu usava para alisar não tinha aqui, e comecei a usar outro. Só que comecei a perder cabelo nesse alisamento, comecei a ficar desesperada, estava perdendo todos os fios."

Nasceu de uma dor minha

"Comecei a acompanhar a transição capilar de uma amiga, e eu não tinha nenhuma intenção de deixar meu cabelo crespo. Para mim não era uma possibilidade, meu cabelo estava alisado desde os 6 anos, então para mim meu cabelo crespo provavelmente era ruim, nem passava pela minha cabeça mudar. Mas realmente, eu acompanhando a transição da minha amiga e passando por uma situação muito delicada com meu cabelo, essa questão de estar perdendo cabelo, pensava: 'eu com quase 30 anos, vou ter que ficar pelo menos 40 anos mais alisando, vou ficar sem cabelo?'. Por isso a De Benguela nasceu de uma dor minha. Não estava naquele momento olhando para o mercado, mas para a minha necessidade pessoal. Sou um tipo de pessoa — e acredito que por isso sou empreendedora — que gosta de resolver o problema. Se existe o problema, vamos encontrar uma solução para essa dor e vamos solucioná-la. Mas antes disso, eu estava pesquisando tratamentos de cabelo para essa minha amiga em transição, eu ainda lisa, mas pesquisando para ela. Ela não encontrava cabelos para alongar e estava infeliz com o comprimento do cabelo dela. Ela dizia que gostava da textura, mas que não se enxergava com o cabelo tão curto, era isso que a estava fazendo sofrer. Eu achei que teria cabelos crespos para comprar, mas ela me contou que não encontrava de jeito nenhum. Fui pesquisar e realmente não tinha. Comecei a pesquisar em inglês e achei uma loja que vendia alongamento de cabelo crespo natural nos Estados Unidos. Isso foi em 2015. Quando entrei no site, esqueci da minha amiga e dos problemas de transição dela! [risos] Vi todos aqueles tipos e fiquei imaginando como seria o meu cabelo natural, se algum daqueles combinaria comigo. Ali eu comecei a me encontrar. Depois vi que tinham lojas no Canadá também. Como isso não tem no Brasil? Não pode! Comentei com o meu marido que talvez poderia entrar em contato com essa loja, eles deveriam ter um representante no Brasil. E ele falou: 'ah, pensa nisso amanhã'. Eu estava fazendo uma tradução jurídica e fiquei concentrada nisso. Mas no dia seguinte eu recebi uma mensagem da minha mãe, que ainda mora na Espanha. Eu não tinha falado nada para ela sobre a pesquisa de cabelos, mas ela mandou uma mensagem pelo Facebook dizendo que 'a loja para mulheres negras que você tem que abrir deve se chamar Tereza de Benguela. Esse foi um sonho que eu tive com você essa noite'. Eu só pensava: que história é essa? Como ela sonhou sobre isso? Eu não conhecia sequer a história de Tereza de Benguela. Fui embora do Brasil num momento importante de educação, aos 14 anos. Sem contar que não era também uma história muito contada nas aulas de História. Então eu acho que ali foi o meu start, enquanto eu pesquisei Tereza de Benguela e entendi que tivemos uma rainha negra no Brasil. Eu me senti enganada. Como se tudo o que eu tivesse vivido até então fosse uma mentira. Falei, poxa, o meu cabelo não é um cabelo ruim. Provavelmente, se meu cabelo natural não tivesse sido alisado, meu cabelo seria como o dessas mulheres maravilhosas dessas lojas. Descobrir que teve uma rainha negra no Brasil foi um momento de autoconhecimento, de olhar para mim e falar, então tá, vamos lá. Se eu e minha amiga temos esse problema, então tenho certeza de que outras mulheres também têm. Vou dar um tempo para todos os meus planos aqui e vou abrir uma loja online, trazer esses cabelos para o Brasil, oferecer diferentes tipos de alongamento. Tic-tac, peruca, rabo de cavalo, um sonho, para essas mulheres que possam estar numa situação de transição capilar e com a autoestima talvez fragilizada. Então, era para ser algo assim, quase como um hobby/missão, vou resolver aqui esse sonho que a minha mãe teve, vamos lá."

Nunca foi só cabelo

Thaís Ramos — Foto: Instagram/ Reprodução
Thaís Ramos — Foto: Instagram/ Reprodução

"E a verdade é que o buraco era muito mais embaixo, as dores eram muito mais profundas, com essa quantidade de mulheres muito maior do que eu dimensionei, e os problemas eram muito mais profundos, inclusive dos meus medos. No começo da De Benguela não tinha telefone, não tinha WhatsApp, só tinha e-mail. Eu tinha outro negócio, não teria todo o tempo para dedicar a isso, então eu pegava o final do dia para ler os e-mails. E quando eu lia, eram muito delicados. Quando a cliente deixava o telefone dela, eu ligava, e aí às vezes passava horas conversando com uma cliente, e ela chorava de lá, e eu chorava de cá. Comecei a entender o tamanho do problema em como a questão do cabelo ia muito mais além para nós, mulheres negras, do que só cabelo. Não é só cabelo. Nunca foi. Espero que um dia seja, esse é o meu sonho, de que um dia seja só cabelo. Quando vejo essas meninas de 16, 17 anos raspando a cabeça, mudando o visual, penso que isso é imenso, é sobre isso, ainda não é só cabelo. Não é tão simples. Então nasce a De Benguela com esse propósito muito grande de elevar a autoestima, em cada detalhe. E nisso eu demorei, atrasei o início da empresa uns 3 meses porque não encontrava um fornecedor de caixas. Eu queria que o cabelo chegasse em uma caixa, queria que essa mulher, quando ela recebesse a coroa dela, sentisse que era um presente, dela para ela. Então, o cabelo num saquinho, para mim, não servia. Tinha que ter esse cuidado."

O que se sente

"E hoje a De Benguela é uma empresa que tem seis anos, vende para o Brasil todo, até para o exterior a gente vende. Já alcançamos mais de 30 mil clientes em todo o Brasil, temos uma equipe grande em Curitiba, temos uma loja aqui em São Paulo, no shopping Metrô Tatuapé. Então a De Benguela que cresceu bastante nesses anos continua tendo isso como premissa, esse cuidado, essa empatia que a gente precisa ter com as clientes. É por isso também que a grande maioria das funcionárias da De Benguela são mulheres negras e crespas, porque a parte técnica eu consigo ensinar. Mas a empatia sobre o que se sente, o que a gente passou, isso não tem como ensinar. Então ter essas mulheres por trás, atendendo as mesmas mulheres que às vezes se parecem com elas e ajudando elas a elevar a autoestima, entendendo, é essencial para que tudo dê certo. Temos alguns princípios importantes, que toda a equipe precisa entender. Primeiro, seu cabelo não é ruim. Segundo, você não precisa ter o cabelo longo. É uma loucura a De Benguela falar isso, mas a gente já começa com essa, você não precisa. Agora, se você vai se sentir melhor, se isso vai te ajudar a elevar a autoestima, porque a gente sabe que quando a autoestima está no lugar certo, a gente é capaz de muita coisa, aí tudo bem! A gente às vezes fica animada para uma vaga que talvez você achava que não era capaz, você se matricula numa universidade, você consegue. Você precisa ter essa imagem fortalecida, a autoestima, para dar outros passos. Então a gente trabalha muito, é um misto de psicologia com venda de cabelo, é uma consultoria mesmo, a gente nem chama as nossas revendedoras de revendedoras, elas são consultoras."

Chegar em todas as mulheres

Thaís Ramos é fundadora e CEO da De Benguela — Foto: Instagram/ Reprodução
Thaís Ramos é fundadora e CEO da De Benguela — Foto: Instagram/ Reprodução

"Até partir para as laces [tipo de peruca colada na pele, que tem efeito natural e fica mais tempo presa à cabeça], foi um processo. Como a De Benguela nasceu realmente para solucionar uma dor, eu comecei com dois produtos. Primeiro foi o cabelo de tecimento, que você precisa ir ao salão para colocar. E a ideia era vender cabelo online, que é algo que não se fazia. A De Benguela não foi pioneira somente no âmbito da textura de cabelo, fomos pioneiras em como fazer uma venda de cabelo no ambiente online. Eu precisava chegar em qualquer mulher. E para chegar em qualquer mulher, com o orçamento que eu tinha, eu precisaria ir para o online. Então, eu pensei: 'legal, o tecimento, essa mulher compra, ela vai lá no salão de confiança dela. Mas e uma mulher que mora em Curitiba, como eu, por exemplo? Eu não tenho um salão de confiança, não é tão simples. E aquela que mora no interior do interior, que não tem uma cabeleireira que cuide de cabelos crespos? Ela precisa ter autonomia'. Aí inventei o tic-tac, que foi meu segundo produto. Peguei esse tecimento, cortei em várias peças, fui medindo na minha cabeça, de uma forma que ficasse bom. Foi caseiro mesmo, vou intercalar aqui, misturo com meu cabelo, nossa, não precisa de salão. Tic-tac e tecimento, as dores estão resolvidas. Foi então que eu conheci uma modelo que foi miss, perdeu a final do Miss Mato Grosso porque seu cabelo estava alisado. Ela ficou tão revoltada que raspou a cabeça. Raspou a cabeça e mudou para Curitiba. Eu também tinha uma agência de intercâmbio e ela passou pela porta e entrou. Uma mulher linda, de 2 metros de altura. Ela perguntou se eu era a De Benguela. Respondi que sim. Então ela disse que tinha uma reclamação. Eu pensei: 'gente, a empresa mal nasceu e já tem uma reclamação'. [risos] Ela falou: 'a De Benguela não tem produtos para mulheres como eu… carequinhas'. Eu olhei para a cara dela e pensei, nossa, que raiva, é verdade! Como eu não pensei nisso? Como eu não pensei nela? E aí, naquele mesmo dia, eu fui para o centro de Curitiba caçar touca de peruca. Comprei uma touca — eu não sou costureira, sou só abusada mesmo —, cheguei em casa, peguei linha e agulha, peguei o tecimento que eu tinha e costurei nessa touca. Fui costurando, vendo vídeos na internet, o que era lógico para a minha cabeça, e criei uma peruca de encaixar. Depois chamei ela para ser a modelo das nossas fotos de divulgação. Esse é o primeiro ensaio de fotos da De Benguela, que é o ensaio mais lindo que a gente tem, mais power. Sempre conto essa história para as meninas que trabalham na De Benguela porque hoje a gente tem máquinas industriais, várias costureiras, todas mulheres, costurando as perucas com todos os recursos disponíveis. Mas gosto que elas saibam que eu comecei fazendo tudo isso com a mão!"

Inventando moda

"A De Benguela até hoje tem um outro propósito importante, que é a geração de emprego. Até hoje a gente precisa importar alguns produtos, a gente importa toda a matéria-prima. Poderia importar tudo pronto, mas isso seria acabar com a minha produção, e para mim uma das coisas mais lindas da De Benguela são essas mulheres. Isso também nos permite — agora como empresária falando —, olhando para esse lugar, também me permite criar. Porque eu vou inventando. Assim nasceu a meia peruca, nasceu a U-Part, a gente inventou 3 tipos de afro puff, que são os apliques de usar o cabelo preso, a gente cria muita coisa, a gente inventa muita moda. E se a gente fizesse uma franja? Mas quem precisa de franja? Pô, e quem for crespa com seu cabelão e não quer arriscar cortar? A franja é sempre uma questão. Conversamos com a cliente, conversamos entre nós, para entender os novos caminhos. Compramos a matéria-prima e depois desenvolvemos o design de acordo com o que o mercado pede. Já chegamos até nas cores. A De Benguela só tinha cabelo na cor castanho escuro, que é a cor natural, cabelo bem virgem. E as clientes já vinham pedindo, poxa, e cor? Aí no ano passado nós criamos os ombrés [mechas degradê]. Poderia comprar já feito, mas a gente faz tudo por aqui. Fizemos cursos de coloração, de produção de cabelo, de entender esse fio, e hoje esse ombré aqui é by De Benguela, a gente que faz!"

Por que tinha gente comprando peruca em plena pandemia?

"A mulher negra ama mudar, mexer no cabelo, experimentar. Desde sempre. Isso é algo muito nosso, muito cultural. Então a procura por cabelo é infinita. Para você ter uma ideia dos momentos mais complicados, quando chegou a pandemia no Brasil, ali por abril de 2020… A De Benguela nasceu no finalzinho de 2016. Em abril de 2020 foi o mês que nós mais vendemos cabelo até então. Depois foi crescendo, superando. Abril de 2021, um ano depois, foi uma loucura. Eu ligava para as clientes para entender por que alguém estaria comprando cabelos em pleno apocalipse. A gente estava vivendo um clima de fim do mundo, sabe, então por que tinha gente comprando peruca? Eu precisava entender isso nas clientes. Então eu vejo que o mercado, e ainda mais a mulher negra, ela é das que mais gasta com beleza. E dentro da beleza, onde mais gasta é com cabelo, produto para cabelo, cabelo em si. É aquela mulher que sempre trabalhou, sempre teve seu dinheiro, sempre ralou, e desse dinheiro que ela faz, ela tira uma porcentagem, sim, para o cuidado da beleza dela, para a manutenção da beleza dela. Então, claro que a gente sente como qualquer mercado. Ano passado, por exemplo, foi um ano bem complicado, financeiramente, para todo mundo, as coisas subiram muito, tudo subiu muito, e a matéria-prima é em dólar, o dólar foi lá nas alturas. A gente fez cambalhotas para ter que subir o preço o mínimo possível, mas tivemos que fazer ajuste. Tem cliente que reclama, claro, mas eu vou te dizer: vender cabelo é uma coisa que não tem mês ruim. Sempre vai vender. Para você ter uma ideia, a gente trabalha com cabelo humano, então é um produto escasso, limitado, eu tenho uma questão de escassez. E durante a pandemia, em 2020, a gente vendeu muito. Mas eu tive problemas com abastecimento. Cheguei a ficar 20 dias com um produto específico fora de estoque e ter 300 pessoas em lista de espera. Então, quando vai para a lista de espera, elas ficam bravas. [risos]"

Alta produção

"Eu vou arriscar, acho que a gente gira em torno de 300 a 500 produtos por mês. A gente não vende só cabelo, a gente vende produtos para o cabelo, a gente está começando agora com shampoo e condicionador. Então não é só cabelo, cabelo é o principal, é o carro-chefe. Vamos ganhando muitas novas clientes, porque realmente o produto que a gente vende é um produto para durar. Então, de modo geral, a cliente não precisa voltar a comprar, muitas acabam comprando de novo outro produto — agora quero rabo de cavalo, agora quero outra cor, agora quero ombré. Tem várias clientes que fazem isso. Eu sempre falo, a gente precisa ver e estar sempre criando novidades, a gente tem sempre novos públicos, tem a coisa da vontade de mudar. Então eu sinto muito orgulho de ver que, para muitas clientes, estar dentro do universo De Benguela é importante. Eu vi na inauguração da loja, por exemplo, vieram muitas clientes que já têm De Benguela, já vieram na inauguração do quiosque, que acompanham pelas redes sociais, e elas vieram agora na loja e queriam comprar alguma coisa. Teve uma senhora que olhou para mim e eu falei, olha, pelo estilo que a senhora está falando que deseja, não é o que temos aqui, e ela falou: 'você não está entendendo, eu não vou sair daqui sem um produto'. Aí falei: beleza: vamos achar alguma coisa, então."

Você e o espelho

"É muito delicado, porque a gente vai percebendo que a indústria quer o tempo inteiro uma nova ditadura, principalmente para nós, mulheres negras. Então agora temos que estar todas lisas, e agora temos que estar todas com cabelo natural, depois todas com cachos definidos — a ditadura dos cachos, por exemplo, é infernal, porque tem gente que não entende que o fio do tipo 4C não faz cacho. E está tudo bem, é característica do fio. Então a gente passa por várias ditaduras. Acho que é muito importante, principalmente a minha posição enquanto empresa, não reforçar esse tipo de coisa. Primeira coisa: ninguém é obrigado a usar cabelo crespo. A única coisa que realmente importa é você se sentir bem com a sua imagem, que isso seja algo entre você e o espelho, não entre você e qualquer outra pessoa. Na De Benguela você tem opção para aumentar o seu crespo, transitar, mas tem várias outras lojas que vendem outros tipos de produtos que não temos aqui e a gente até recomenda, o importante é que você fique feliz. Quer raspar? Raspe, seja feliz. Faça por você, não pelos outros. Porque é muito chata essa determinação social em cima da gente."

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