Rita Lobato Velho Lopes nasceu há 158 anos, em 9 de junho de 1866, no Rio Grande do Sul. Ela se destacou como a primeira mulher a se formar em medicina no Brasil. Filha de fazendeiros, Rita Lobato é a homenageada do Doodle do Google nesta sexta-feira, 7.
Quem foi Rita Lobato Velho?
Rita Lobato Velho Lopes, nascida em 9 de junho de 1866 em São Pedro do Rio Grande, hoje município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, é uma figura icônica na história do Brasil. Ela foi a primeira mulher a se formar em medicina no país, rompendo barreiras e desafiando as normas sociais de sua época.
Desde jovem, Rita demonstrou uma grande paixão pelo conhecimento e um desejo insaciável de aprender. Filha de um comerciante e uma dona de casa, sua família reconheceu seu talento e a apoiou em sua jornada educacional. Em uma época em que a educação feminina era limitada e direcionada para tarefas domésticas, Rita ousou sonhar mais alto.
Em 1887, aos 21 anos, Rita Lobato ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, uma das mais renomadas instituições de ensino médico do Brasil. Sua presença na faculdade não passou despercebida. Em um ambiente dominado por homens, Rita enfrentou preconceitos e dificuldades, mas sua determinação e competência logo a destacaram como uma aluna exemplar.
Trajetória na faculdade
A trajetória de Rita não foi fácil. Durante seu curso, enfrentou não apenas o rigor acadêmico, mas também o machismo institucionalizado. Mesmo assim, ela perseverou, mostrando uma resiliência extraordinária. Sua tese de conclusão de curso, intitulada "Paralelos entre a vida e a morte, à luz do magnetismo", foi defendida com brilhantismo, marcando sua entrada oficial na história da medicina brasileira.
Em 10 de dezembro de 1887, Rita Lobato Velho tornou-se a primeira mulher a se formar em medicina no Brasil. Este feito não apenas abriu portas para outras mulheres na medicina, mas também inspirou gerações futuras a seguirem seus próprios sonhos, independentemente dos obstáculos.
Após sua formatura, Rita retornou ao Rio Grande do Sul, onde exerceu a medicina com dedicação e competência. Trabalhou em diversas cidades do estado, sempre pautada pelo compromisso com o bem-estar de seus pacientes. Além de sua atuação médica, Rita foi uma defensora dos direitos das mulheres e do acesso igualitário à educação.
Rita Lobato Velho Lopes faleceu em 6 de janeiro de 1954, deixando um legado imensurável. Sua vida e carreira são um testemunho da força e capacidade das mulheres, mostrando que com determinação e apoio, é possível superar qualquer barreira.
Hoje, Rita Lobato é lembrada não apenas como uma pioneira na medicina, mas como um símbolo de coragem e inspiração. Sua história continua a ser uma fonte de motivação para muitos, provando que o caminho para a mudança começa com a coragem de ser a primeira.