Chanel: como estilista se inspirou em litoral francês para fazer coleção de inverno, em Paris

Na passarela, a Chanel apresentou pulôver e vestidos de tricô rentes ao corpo, pantalonas de lã e roupas em jersey -- o tecido que a fundadora da marca descobriu do guarda-roupa masculino para confeccionar roupas para mulheres que deixassem os movimentos do corpo mais livres. Uma revolução nas produções leves, mais esportivas e casuais, para a praia.

Dois destaques de styling de que ainda vamos falar por muito tempo: os chapelões de palha e as tradicionais boinas francesas. E Virginie Viard, que revisita os códigos de estilo da maison como ninguém, encerrou o desfile com uma sequência de produções preto e branco, uma tradição da Chanel, com destaque para uma saia plissada preta que finalizou a apresentação de maneira refinada.

Viard mantém seu olhar para o que Coco e Karl Lagerfeld, com quem trabalhou dentro da maison, deixaram de legado. Nessa coleção, mais uma vez, mostrou que exercita as possibilidades dentro de um olhar para uma silhueta super cool para vestir as mulheres.

Realizado no no Grand Palais Éphémère, o desfile teve uma pré-apresentação de um curta-metragem protagonizado por Penélope Cruz, que também esteve na fila A, e Brad Pitt. Gravada em Deauville, a produção tem referência a Un Homme et une Femme, de 1965, do diretor Claude Lelouch.

No curta da Chanel, apresentado antes de o desfile começar, foram apresentadas modelos vestidas com peças como grandes casacos de tweed xadrez inspirados na moda masculina, um vestido preto plissado de cetim e um terninho de tweed que, claramente, evocava a silhueta da própria Gabrielle Chanel. Tanto o breve filme quanto Penélope Cruz, que é uma fidèle da marca, foram ovacionados pelo público em Paris.