Cultura
Por e , redação Marie Claire — São Paulo (SP)


Nova temporada da série Bridgerton chega ao streaming — Foto: Divulgação/Netflix
Nova temporada da série Bridgerton chega ao streaming — Foto: Divulgação/Netflix

“Me sinto muito bem onde estamos”. É assim que Shonda Rhimes reflete sobre o momento do seu selo de produção, Shondaland, desde que trocou a TV pela Netflix em 2017. O ponto alto dessa parceria é Bridgerton, série que faz uma adaptação do romance de Julia Quinn, e chega neste mês em sua terceira temporada.

Os novos episódios focam no romance entre Penelope Featherington e Colin Bridgerton, interpretados por Nicola Coughlan e Luke Newton, que aparecem desde a estreia. Para Rhimes, o desafio de entregar em toda temporada um pouco de cada personagem é encantador. “Eu adoro isso. Estamos assistindo a duas pessoas que já conhecemos, não estamos apresentando alguém novo. É um elemento diferente e emocionante para nós.”

E Rhimes sabe como nos envolver. Em 2022, Bridgerton quebrou o próprio recorde e a 2ª temporada foi o título em inglês mais assistido da história da Netflix. Mas, com tantos fãs da saga, a produtora revela que não se influencia com os comentários feitos por eles nas redes sociais. “Escrevo com base na história que já planejei e no que minha intuição está dizendo para eu contar.”

Terceira temporada da série Bridgerton chega ao streaming — Foto: Divulgação/Netflix
Terceira temporada da série Bridgerton chega ao streaming — Foto: Divulgação/Netflix

Desde que estreou, Bridgerton recebeu elogios por seu elenco diverso e por suas personagens femininas serem “interessantes e complexas”. “Primeiramente, claro, elas são baseadas nos livros, mas também na realidade das mulheres que conhecemos. Não há mulher que seja perfeita de um jeito ou de outro. Não existe uma pessoa vilã. Tentamos criar personagens tridimensionais com falhas e qualidades”, conta.

Neste mês, a showrunner e autora de best-sellers será homenageada no evento anual Power of Women da Variety, ao lado de Anitta, Mariska Hargitay e Amy Schumer, por serem mulheres do entretenimento que estão “usando sua influência para tornar o mundo um lugar melhor”

“Temos uma responsabilidade real porque podemos fazer qualquer coisa, mas isso não significa que devemos fazer tudo. Então, selecionamos os trabalhos que fazemos e tentamos garantir que esteja dentro das nossas expectativas de paixão”, conta.

Rhimes revela que trabalhava demais antes da Netflix e agora tem tempo para descansar e aproveitar. “O modelo de streaming cria um equilíbrio e consigo pensar criativamente sobre as coisas. Amava fazer televisão, mas estava fazendo tantos programas ao mesmo tempo que não tinha espaço para me recarregar criativamente. Tem sido maravilhoso para mim e me fez continuar amando escrever”

Uma vida após a outra

Amor após o envelhecimento é tema na série Bridgerton — Foto: Divulgação/Netflix
Amor após o envelhecimento é tema na série Bridgerton — Foto: Divulgação/Netflix

Para além da história de amor principal em Bridgerton, existe um núcleo que tem ganhado cada vez mais espaço na trama e desenvolve uma discussão em torno do amor e da vida após o envelhecimento. E essa conversa envolve três personagens chave: Violet Bridgerton, a matriarca da família homônima, interpretada por Ruth Gemmel, Lady Danbury, a sábia aristocrata que permeia e influencia todos os círculos daquela sociedade, vivida por Adjoa Andoh, e a monarca soberana Rainha Charlotte, única figura da série que existiu fora das telas e que já ganhou um spin-off, representada por Golda Rosheuvel.

O que essas mulheres têm em comum? Elas já passaram por suas próprias histórias e foram reduzidas aos papeis que esperam das mães do século XIX: o de ficar ao fundo das grandes tramas, articulando às escondidas, sem chamar atenção. E é justamente aí que a produção da Netflix propõe uma quebra: “O legal de ver nós, ‘coroas’, juntas, é que a gente já viveu uma vida inteira. Passamos pelos corações partidos, os prazeres, as dores e dificuldades que o amadurecimento pode trazer. Então os relacionamentos que vivemos a partir de uma certa idade já serão diferentes por causa da bagagem que trazemos conosco. É um caminho muito interessante para todos refletirem”, pontua Gemmel.

Uma nova chance para amar

Bridgerton estabelece sua marca ao criar personagens femininas complexas — Foto: Divulgação/Netflix
Bridgerton estabelece sua marca ao criar personagens femininas complexas — Foto: Divulgação/Netflix

Ao contrário de Violet Bridgerton, Lady Danbury é alguém que traz a dor de não ter suas vontades respeitadas para a narrativa, não tendo a permissão no passado de viver seu grande amor e aprendendo à força como sobreviver a um casamento arranjado. Para Adjoa Andoh, os traumas de sua personagem a ajudaram a entender o que queria para si mesma e deram o combustível que ela precisava para ir em busca de sua independência, um privilégio para as mulheres de sua época: “É por ter essa consciência que ela é uma ótima orientadora ao longo da vida para todos que passam ao seu redor, mas também é vulnerável, como nós. É aquele tipo de pessoa que todos acham que tem certeza de tudo, é poderosa, mas a verdade é que, no fundo, ninguém é assim, fingimos até conseguirmos chegar aos nossos objetivos. É muito bom poder levar isso para a tela, essas nuances de potência e vulnerabilidade, e ser a representante dessa dinâmica muito comum para as mulheres na nossa sociedade até hoje.”

Para Rosheuvel, seu desafio é retratar as dores de alguém que lidera um país enquanto vê seu amor se despedir lentamente da vida, já que o Rei George III tinha uma condição que não foi diagnosticada corretamente na época. “É fácil projetar para vários aspectos da sua vida um trauma como esse e isso acabar respingando para as decisões públicas. Ela é a própria vulnerabilidade.”

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