Gastronomia
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A expectativa era grande: após uma pausa em 2020 por conta da pandemia, o prestigiado Guia Michelin, bíblia da gastronomia mundial, voltou a avaliar e distribuir suas cobiçadas estrelas a restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na 7ª edição nacional do guia francês, lançada nesta segunda-feira (20) apenas em formato digital, 21 casas figuram no seletíssimo rol das constelações Michelin. A lista foi anunciada em uma cerimônia para 400 convidados no Golden Room do Copacabana Palace, no Rio, junto com a seleção de restaurantes recomendados pelos inspetores.

Dos restaurantes avaliados, 15 mereceram uma estrela (12 em São Paulo, 3 no Rio), cinco a mais que na última edição, sendo sete novos. Apenas seis ostentam duas (três cariocas e três paulistanos). Todos os três restaurantes da última edição mantiveram suas estrelas, dois ganharam este ano a segunda: Lasai, no Rio (que teve ainda Maíra Freitas consagrada como sommelier Michelin), e Evvai, em SP, e o paulistano Tuju, reaberto em 2023, estreou com duas estrelas. Mais uma vez, nenhum foi contemplado com a cotação máxima, três. A novidade em 2024 são as estrelas verdes, dispensadas aos restaurantes que prezam pela sustentabilidade. Nesta edição, entraram no guia Tuju, A Casa do Porco e Corrutela, todos em São Paulo.

De acordo com os parâmetros do Michelin, uma estrela é designada a uma cozinha de grande nível, com produtos de primeira qualidade e execução refinada, que vale a pena conhecer; duas significam uma cozinha excelente, com pratos surpreendentes e originais, para a qual vale um desvio; e a tríade revela uma cozinha excepcional, com receitas executadas à perfeição, aquela que por si só justifica a viagem.

Veja as casas estreladas no Brasil na 7ª edição do Guia Michelin:

Duas estrelas:

  • D.O.M. (SP)
  • Oteque (RJ)
  • ORO (RJ)
  • Lasai (RJ)
  • Tuju (SP)
  • Evvai (SP)

Uma estrela:

  • Kinoshita (SP)
  • Maní (SP)
  • Jun Sakamoto (SP)
  • Huto (SP)
  • Kan Suke (SP)
  • Picchi (SP)
  • Mee (RJ)
  • Cipriani (RJ)
  • San Omakase (RJ)
  • Fame Osteria (SP)
  • Kazuo (SP)
  • Kuro (SP)
  • Murakami (SP)
  • Oizumi Sushi (SP)
  • Tangará (SP)

Além dos restaurantes estrelados, 37 endereços foram contemplados com o selo Bib Gourmand, que destaca estabelecimentos agradáveis, que servem boa comida a preços moderados e fornecem uma experiência gastronômica autêntica.

O retorno do Michelin, junto com o Latin America’s 50 Best — ranking da publicação britânica Restaurant, cuja premiação foi realizada ano passado no Rio, que também sediará a edição de 2024 —, consolida o país como destino gastronômico internacional. Pela primeira vez, as inspeções tiveram apoio das prefeituras do Rio e de São Paulo, por meio de suas Secretarias de Turismo, que se comprometeram a injetar R$ 9 milhões para a presença do Michelin nas cidades até 2026 (cada pasta destinará R$ 1,5 milhão por ano).

Metodologia universal

Criado pelos irmãos André e Édouard Michelin em 1900 para incentivar viagens de carro, o guia trazia desde dicas de como trocar pneu a mapas e listas de restaurante e hotéis. As estrelas começaram a ser distribuídas em 1926, e o ranking de uma a três entrou em vigor cinco anos depois. Desde então, a metodologia de avaliações é seguida à risca, e a aura de mistério que envolve as visitas se mantém. É um dos segredos mais bem guardados da gastronomia.

Diferentemente de outras premiações, como o 50 Best, que reúne um time de mais de mil jurados (entre jornalistas e críticos, chefs, donos de restaurantes e influenciadores), o Michelin preza pela discrição total e tem inspetores próprios. São funcionários especializados, com um olhar mais técnico, que viajam anonimamente — atualmente, o guia avalia mais de 30 mil estabelecimentos em 40 países — e comem em média em 250 restaurantes por ano. A identidade dos inspetores é mantida sob sigilo absoluto: a empresa só conta que o time representa 15 nacionalidades e 25 idiomas.

Prato do Lasai, restaurante carioca com uma estrela Michelin: origem dos insumos conta na avaliação — Foto: Divulgação/Rodrigo Azevedo
Prato do Lasai, restaurante carioca com uma estrela Michelin: origem dos insumos conta na avaliação — Foto: Divulgação/Rodrigo Azevedo

Ao contrário do que muita gente pensa, ambiente ou qualidade do serviço não são levados em conta ao atribuir estrelas. O que entra em jogo são a qualidade e origem dos ingredientes, o domínio das técnicas, a harmonia dos sabores, a personalidade do chef na cozinha e a consistência entre as visitas. De acordo com a instituição, os inspetores se revezam para voltar aos restaurantes em épocas distintas. Eles não tomam notas no lugar, mas depois escrevem um relatório detalhado, e as decisões são tomadas em conjunto. Os mesmos critérios são seguidos em todo o mundo.

— É isso que garante que uma estrela em Tóquio mostre a mesma promessa de qualidade que uma estrela em Nova York ou no Rio — afirma Gwendal Poullennec, diretor Internacional da publicação.

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