Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Longe das novelas há sete anos, Pedro Malta começou a se dedicar a uma nova carreira: a de escritor. O ex-ator mirim lançou recentemente seu primeiro livro, "As vozes na minha cabeça só falam em versos".

— Cresci num lar onde sempre se leu muito. Sem dúvida alguma, contei com muito apoio por parte dos meus pais. Também sempre gostei de escrever. Para mim, ter o meu mundinho da escrita e poder mergulhar nele era muito importante. Quando montei esse livro, fiz uma compilação de textos que datam desde os meus 11, 12 anos, até os 30. Então é uma verdadeira coletânea de histórias.

Pedro começou na TV aos oito anos e fez dez novelas, na Globo e na Record. Hoje, com 30 anos, ele conta que essa experiência também influenciou na sua decisão de virar autor:

— Pelo fato de ser ator e ter tido contato com autores, sejam de novelas, de peças de teatro, da dramaturgia em geral, tive muita chance de poder trocar feedback. Eu nunca deixei realmente de dar atenção à escrita, ainda que a minha área primária tenha sido a atuação.

Mais de 20 anos após interpretar o Lipe de "Coração de estudante", seu primeiro papel em novelas, Pedro diz que ainda é reconhecido pelo personagem:

— Eu mudei pouco, esteticamente falando. Acho que ainda consegui conservar grande parte das minhas feições de quando era mais novo. Outro aspecto é ter tido a sorte de ter participado de obras que se tornaram tão icônicas. A minha relação com o Fabio Assunção foi algo muito marcante. Acho que é uma das relações entre pai e filho mais reconhecíveis que a gente tem nos últimos anos na TV. As pessoas falavam que parecia realmente pai e filho. É uma coisa que guardo com muito carinho.

Ele diz que tem vontade de retomar projetos na TV:

— A atuação sempre foi a minha primeira paixão, você não deixa a sua paixão de lado. Ela é uma enorme parte da minha história, inclusive na própria construção da minha carreira hoje, enquanto escritor, visto que o meu público primário é quem consumia as minhas obras como ator. Eu não poderia simplesmente querer deixar de lado esse passado. Então ele continua vivo e ativo. Sinto saudade não só do que diz respeito à prática em si, mas do próprio convívio diário com outros colegas. Fui criado nesse ambiente de estúdios e de palcos, então sinto falta do aconchego que esse ambiente trazia.

Apesar de sentir saudade, ele diz estar realizado com os novos rumos da carreira:

— Eu consegui encontrar esse preenchimento total dentro da escrita. É muito mais um sentimento de nostalgia do que um lamentar. Hoje eu me diria saudoso do ambiente de TV como alguém que sente falta da escola, por exemplo.

Nos últimos anos ele tem se dedicado ao trabalho com redação publicitária:

— Acho que foi uma associação natural daquilo que eu sentia que sabia fazer com algo que pudesse me trazer alguma estabilidade. Infelizmente, viver de arte no Brasil ainda é bastante complicado.

Malta também se tornou pai. Ele está casado há três anos com Fernanda Lacerda, com quem teve Dante, de 1 ano e 3 meses:

— A chegada do Dante foi incrível. É uma experiência transformadora. Eu tinha muitas responsabilidades desde criança, sempre tive uma vida muito disciplinada no que diz respeito a trabalho, a cuidar dos outros e desenvolver uma carreira. As pessoas que estavam envolvidas nisso eram da minha família. Sempre fui um cara muito família. Então, poder coroar isso agora com a chegada de um filho foi excelente. Não deixa de ser uma conquista, um sentimento de que você cumpriu um papel. Definitivamente, queremos ter mais filhos, mas entendemos que agora não é o momento. Para fazer essa minha nova carreira, construir algo bacana para ele e deixar o melhor legado possível, eu preciso focar nisso, dar tudo de mim no trabalho e tornar esse meu sonho da escrita em algo mais concreto.

Pedro Malta ao lado da mulher e do filho — Foto: Reprodução/Instagram
Pedro Malta ao lado da mulher e do filho — Foto: Reprodução/Instagram
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