Sexo

Por Izabella Ricciardi


O guia do edging, conheça tudo sobre a técnica  — Foto: Reprodução/Instagram @kim_akrich
O guia do edging, conheça tudo sobre a técnica — Foto: Reprodução/Instagram @kim_akrich

O "edging" ganhou relevância nas redes sociais quando o casal Travis Baker e Kourtney Kardashian compartilhou, em outubro deste ano, que aplicam regularmente a técnica em sua vida sexual. Segundo o casal, a prática garante uma experiência única e muito positiva.

Essa é uma forma de incluir criatividade e confiança durante as relações sexuais, impulsionando orgasmos mais intensos. A psicóloga e sexóloga especialista Quetie M. Monteiro explica que, acima de tudo, o edging é uma forma de autoconhecimento sexual.

O que é o edging?

O termo vem de uma palavra em inglês significa "à beira", em tradução livre. Na prática sexual, a lógica é parecida, já que a ideia é levar seu parceiro até a beira do orgasmo e refratar todo estímulo perto do clímax. Assim, interrompe-se a resposta biológica, fazendo com que a tensão sexual se acumule.

Logo depois, retoma-se os estímulos para que o orgasmo seja alcançado de forma mais intensa. A prática requer um bom autoconhecimento sexual de si, afirma a sexóloga, para entender seus próprios limites.

Como praticar?

Algumas pessoas usam estratégias de comunicação para performar o edging. Uma delas é conhecida como "green light/red light" (luz verde/luz vermelha, em tradução livre) que consiste em indicar se está perto do orgasmo ou se está em um ponto de sem retorno para aplicar a técnica.

Em geral, as opções dependem da preferência individual de cada um durante o ato sexual. Usar sex toys, como vibradores, sugadores e plugs para aumentar os estímulos é uma alternativa, mas também é possível guiar a técnica usando experiência sensorial do tato apenas.

Porque o edging cria orgasmos mais intensos?

Segundo a sexóloga, alguns estudos indicam que quanto mais tempo for prolongada essa resposta sensorial, maior é a potência da descarga orgásmica. Isso é uma reação de algumas respostas biológicas ao orgasmo, como a congestão pélvica e o aumento da circulação sanguínea, que ajudam a impulsionar a intensidade.

Quando esse tipo de estímulo é feito, a congestão pélvica e o aumento da circulação sanguínea são maiores, impulsionando as respostas fisiológicas.

É seguro?

Uma das questões acerca do tema é se, com o excesso, a prática pode levar a dessensibilização para o sexo sem edging. “Tudo pode viciar estímulos, então depende de como essa pessoa usa. Se a aplicação for moderado, a prática pode ajudar a desenvolver o processo de autoconhecimento completo”, orienta Quetie.

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