Entrevista do Mês

Por Paola Deodoro


Alcione na sala de casa, no recreio dos bandeirantes, no rio — Foto: Nana Moraes
Alcione na sala de casa, no recreio dos bandeirantes, no rio — Foto: Nana Moraes

Alcione Dias Nazareth é daquelas pessoas com quem estabelecemos conexão imediatamente. Do tipo que o interlocutor fica com um sorrisinho no canto da boca durante a conversa, com a cabeça meio inclinada, como se sob encanto. Depois de cinco minutos ouvindo aquela voz grave e intensa, familiar à maioria dos brasileiros, é fácil se sentir de casa.

Talvez por isso a “Família Marrom” seja infinita. Tem a Mangueira, o Maranhão, o Flamengo, os amigos que circulam por seu bar, no Rio, os profissionais que a acompanham, os músicos de diferentes gerações (até Axl Rose! – contamos a história abaixo). E tem também os próprios integrantes do clã Nazareth, que não são poucos: nove irmãos de pai e mãe, mais nove só de pai, e todos os seus desdobramentos. Vários deles estampados em porta-retratos espalhados pelas salas que dão acesso à casa em que a cantora mora sozinha – mas que está sempre cheia – em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

Junto às fotos dos parentes, mais um pouco da família estendida. De Hebe a Dona Canô. De Rogéria a Clara Nunes. “Não tive filhos, mas tenho sobrinhos. Meus irmãos foram tendo filhos e aquilo foi me preenchendo. Tem um que sou enlouquecida, o Otto, de 4 anos, neto da minha irmã Maria Helena. Ele vem aqui esta semana, estou muito animada”, fala, apontando para uma cadeirinha infantil posicionada estrategicamente no canto da sala.

A decoração, aliás, ajuda a medir a pluralidade da Marrom. Entre uma estante espelhada na sala de jantar e nos balcões estão dispostas diferentes imagens da umbanda e do catolicismo. Uma grande escultura em formato de figa pendente em uma parede divide espaço com uma imagem de barro de Nossa Senhora. Por ali também há uma seleção de vibrantes bandeiras da Mangueira. Ao lado tem um pandeiro do tradicional bloco carioca Cacique de Ramos e vários tamborins.

Para ser fotografada, ela pede para que busquem seu grande companheiro, o trompete – anatômico, compacto, tocado por unhas alongadas, estampadas em diferentes nuances de vermelho. As poltronas também têm estampas e por perto há um arranjo de plumas coloridas de verde e rosa. Estátuas africanas, bumba meu boi, Anastácia amordaçada. Todos os cantos ensinam um pouquinho mais sobre a artista.

No auge das comemorações dos 50 anos de carreira – e no alto de seus 74 de vida –, Alcione está levando a sério a promessa de não deixar o samba morrer. O título de seu primeiro (e talvez maior) sucesso foi, entre tantos outros, um mantra que sempre levou consigo. Basta uma única conversa para perceber que Alcione tem na ponta da língua um samba perfeito para ilustrar qualquer situação.

Em pouco mais de uma hora de entrevista, pelo menos uns cinco, seis trechos foram cantarolados. É que a vontade de cantar é maior do que ela, é orgânica, quase incontrolável. Tanto que menos de três meses depois de uma cirurgia na lombar, que a deixou um mês em recuperação no hospital, Marrom já está na estrada. Até janeiro de 2023, faz shows gratuitos em arenas e lonas culturais nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro. Intercala uma agenda intensa de apresentações pelo Brasil – em torno de dez por mês, em estados como Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. E ainda antes de o ano acabar passa por Luanda, em Angola, para uma sequência de três shows em dezembro.

E a festa pelo meio século de trabalho não para por aqui. Marrom, o Musical, de Miguel Falabella, estreou em agosto no Rio e fica até o início de novembro em São Paulo. No documentário O Samba é Primo do Jazz, a diretora Angela Zoe costura a vida da artista com canções icônicas e grandes entrevistas. Importantes nomes da música atual, como Ludmilla, Iza, Tássia Reis e MC Tha, também entraram para a festa com interpretações da obra de Alcione, renovando a missão de não deixar o samba acabar.

A entrevista a seguir transitou por muitos temas e histórias contadas com imitação de vozes e referências que revelam memória exemplar. Alcione fala mesmo: “Sou bocuda”. Mas pediu off para contar sobre a maneira como reage a casos de racismo. A segurança, e a consciência que adquiriu em casa, ainda em São Luís, no Maranhão, se amplificou ao longo das décadas. Foi assim que a rainha do samba se transformou também em rainha do jazz, do rock, do rap, do soul… Da música.

MARIE CLAIRE Em plenos anos 1970, você entrou para a elite do samba, um ambiente basicamente masculino. Você tinha consciência do que estava vivendo? Sentia-se confortável nesse universo?
ALCIONE
Meu pai sempre procurou dar uma luz para as filhas mulheres. “Nunca deixe de ter o seu emprego”, “Não dependa de marido, sua casa tem que ser sua”, dizia. E, quando cheguei ao universo do samba, conheci muita gente bonita, que me tratou muito bem, como o seu Cartola, o seu Aniceto do Império, eu era amiga do Martinho da Vila. Depois conheci o João Nogueira, o Paulo César Pinheiro... O samba é como se fosse uma família, você tem que chegar com a intenção de ficar. E, como sempre gostei dessa coisa de família, sempre soube que ficaria bem no universo do samba. Conheci muita gente bamba.

MC Mas todos homens. Você convivia com alguma mulher no samba naquela época?
A
Conheci a Dona Zica, que era esposa do Cartola. Conheci Clara Nunes, que foi a primeira mulher a vender discos nesse país. Porque mulher não vendia disco, quem vendia disco era homem. E o disco Claridade, de Clara Nunes, foi o primeiro a vender 300 mil cópias, ela quebrou esse tabu. E me dava a maior força. A Dona Ivone Lara também me recebeu bem. E a Dona Clementina, claro! “Minha filha, adoro quando eu lhe vejo na televisão…” [reproduzindo a voz grave de Clementina de Jesus]. Uma vez cheguei à Globo para fazer o Globo de Ouro e Dona Clementina estava com o vestido branco todo bordado de pérolas aqui no ombro, eu digo “gente, olha a Dona Clementina! Eu que vou apresentar o programa e a senhora está mais bonita do que eu?” e ela dizia: “Socorro! Alcione está querendo tirar o meu vestido!” Ela era muito engraçada. “Isso aqui foi Clodovil que me deu!” [ri, no mesmo tom de voz de Clementina].

1. COM A mãe, dona felipa, visitando o cristo redentor 2. No recife, com axl rose, em 2014 3. com o pai, o músico João carlos 4. durante show em 2019 5. as irmãs nazareth: maria helena, solange, alcione e ivone  6. com o grande amor, otto, sobrinho-neto 7. entre zeca pagodinho e djavan — Foto: Divulgação
1. COM A mãe, dona felipa, visitando o cristo redentor 2. No recife, com axl rose, em 2014 3. com o pai, o músico João carlos 4. durante show em 2019 5. as irmãs nazareth: maria helena, solange, alcione e ivone 6. com o grande amor, otto, sobrinho-neto 7. entre zeca pagodinho e djavan — Foto: Divulgação

MC Nesse encontro de poucas mulheres vocês sentiam necessidade de estarem juntas, de se unirem?
A
Não tinha essa coisa de feminismo na época. Não como hoje. A gente queria realmente se unir para fazer uma coisa bonita. Sempre achei minha família na Mangueira. Já era presidente da Mangueira do Amanhã, eu que fundei a escola mirim, então era onde eu convivia. O samba é um lugar onde a família se diverte junto, porque a quadra é sempre o quintal da casa, então é um ambiente onde tem da criança ao avô.

MC Mas seu início na música não foi no samba. Sua formação é no jazz, você cresceu tocando diferentes instrumentos.
A
Tocava trompete, clarinete, saxofone alto, ainda lá no Maranhão. Depois fui morar no Rio e comecei a cantar na noite. Cantava jazz, bolero, Ângela Maria, Cauby Peixoto...

Alcione — Foto: Nana Moraes
Alcione — Foto: Nana Moraes

MC E quando foi exatamente que se apaixonou pelo samba?
A
Acho que primeiro foi o fato de eu conhecer a Mangueira, já me encantava com a escola ainda lá no Maranhão. E também porque, logo no começo, fui apresentada a músicas como “Não Deixe o Samba Morrer”. Aí mostrei esse samba a [Roberto] Menescal, que era de Edson [Conceição] e do Aloísio [Silva], e aí Menescal me disse que esse era o samba que eu tinha que gravar. Ele achava que precisava de um nome novo no samba. E eu fui [esse nome]. O primeiro samba que gravei foi “O Surdo”. Mas o primeiro sucesso mesmo foi “Não Deixe o Samba Morrer”, em 1975, que entrou no álbum A Voz do Samba. Ele ficou 22 semanas em primeiro lugar nas paradas de sucesso. E ainda é um hino, onde vou tenho que cantar, não tem jeito.

MC Você se sente privilegiada em ter nascido em uma família que estimulou sua musicalidade e a apoiou a tentar a carreira fora de casa?
A
Eu me senti mais livre para escolher, para poder ir aonde queria. Quando mudei do Maranhão para o Rio de Janeiro, meu pai dizia que se eu passasse fome, não tivesse onde dormir, qualquer dificuldade, era para voltar. Ele me deu essa opção: “Volte para casa, não fique mal em terra alheia”. E isso foi bom. Foi melhor ainda porque eu só voltei a São Luís para ganhar a chave da cidade pelo prefeito, caminhão do Corpo de Bombeiros, banda de música tocando no aeroporto para mim. Foi tudo de bom.

MC Sua família é muito solidária e muito empática. Tem uma história que você sempre conta sobre sua mãe, dona Felipa, ter amamentado um filho do seu pai com outra mulher. Você tem lembranças disso, você já era nascida?
A
A minha mãe sempre foi uma pessoa muito especial, muito do bem, muito de acolher. Então ela soube que tinha uma senhora tendo uma criança na maternidade que era do meu pai. E ela foi lá. Foi lá ver essa menina e viu que a mulher estava sem leite no peito. Foi então que resolveu amamentar a menina, ia todo dia lá. Aí essa mulher disse para o meu pai: “Não quero nunca mais ter nada contigo, porque não posso trair uma mulher que amamentou minha filha”. Elas foram amigas até o fim.

MC Vocês conviviam, entendiam a situação? Não houve nenhum tipo de revolta em casa?
A
Convivíamos, sim. Ela ia lá para casa passar o dia com a gente, para a praia... E era tudo muito natural. Quando a Dona Cotinha chegava a gente sabia porque ela tinha uma gargalhada ótima. Nunca houve revolta, ela era nossa irmã e ponto. Sempre fomos unidos, ainda somos. Minha mãe fez isso com a gente, nos criou para ficarmos juntos.

MC E mesmo com toda essa relação familiar você não teve filhos. Teve um problema de fertilidade?
A
Precisei fazer histerectomia, tirei o útero, tudo. Eu costumava ter um sangramento muito grande durante muito tempo, com muita dor. Ficava assim dez dias durante o período menstrual. Então a solução na época foi remover o útero.

MC Era um mioma? Tinha quantos anos?
A
Era um mioma, sim. Ele já estava grande. Eu tinha 20 e tantos anos, quase 30.

MC Como foi para você? Ainda associado à ideia de não poder ter filhos biológicos...
A
Para falar a verdade, eu só queria tirar aquilo. Era muito incômodo ficar com aquela dor, como se fosse uma cólica menstrual eterna, um sangramento fortíssimo. Aí quando tudo aquilo desaparece você fica aliviada mesmo. Eu não tive filhos, mas tenho os meus sobrinhos. Meus irmãos foram tendo filhos e aquilo foi me preenchendo. Tem um que eu sou enlouquecida, o Otto, neto da minha irmã Maria Helena, tem 4 anos. Ele vem aqui esta semana e já estou animada.

MC Então você nem chegou a cogitar a adoção? A questão da maternidade não é uma frustração para você?
A
Não, não pensei em adotar até porque já tinha muita criança para dar atenção. E eu viajava muito. Você não pode adotar uma criança e viajar. Adotar para deixar na mão dos outros? Não mesmo. E não tenho frustração por nada, acredita? Tem um ditado que uso muito que é “cuidado com aquilo que você quer muito, porque você pode ter”. Por outro lado, quando você não pode ter, é melhor deixar assim. Então, não me sinto frustrada.

MC Nesses 50 anos de carreira você circulou entre todas as gerações, mas sempre teve uma proximidade grande com os mais jovens. Em que medida isso influencia seu trabalho?
A
Eu preciso dessa renovação, aprendo sempre com essa turma. Vou dizer uma coisa que aconteceu na Mangueira. Em um desfile tinha uma seção sobre [o cartunista] Mauricio de Sousa e tinha a ala do Pelezinho. E entrei numas de que essa ala tinha que ter 100 meninos pretinhos vestidos com a camisa verde e amarela. Descendo a escada da secretaria, encontrei um loirinho chorando. “Quero sair na ala do Pelezinho, mas me disseram que não posso porque sou branco”, disse. Aquilo me deu uma dor tão grande no peito que pensei: “Quem disse que Pelé tem cor? Pelé pode ser azul, amarelo, verde, qualquer cor. As crianças são o Pelé”. Naquele ano, deixei tudo quanto foi broto, de tudo o que era cor, vir na ala do Pelezinho.

MC E há também um envolvimento constante com músicos das novas gerações. Qual o artista que você mais ouve atualmente?
A
Ouço tanta gente, estou sempre buscando novos artistas. Atualmente tenho gostado de Gloria Groove e Iza. E tem também quem não deixo de ouvir, como o Ray Charles, que é uma coisa que não é deste mundo.

MC E o Axl Rose, essa amizade de milhões...
A
Isso é muito engraçado. Vi esse menino saindo de um hotel lá no Recife, em 2014, e falei: “Gente, esse é Axl Rose”. Abracei a cintura dele, aí começamos a conversar. Ele disse que eu era “amazing”. Me abracei com ele e tudo mais.

MC Mas você não só o reconheceu como também se declarou fã dos Guns N’ Roses. Você ouve de tudo?
A
Eu não conheço tudo. É que às vezes gosto de cara. A primeira vez que eu vi esse Axl Rose, ele parecia uma criança. Correndo no palco, cheio de energia. Agora mesmo que ele veio, meio gordinho até, parecia um menino correndo no palco. Gosto também porque ele falou “a moça que cuida de mim é brasileira”. Ele disse que sabe muitas coisas sobre o Brasil, sobre o meu trabalho, por causa dela [a secretária pessoal Beta Lebeis]. Achei legal isso.

MC E tem ainda o Snoop Dogg, que postou um vídeo ouvindo uma música sua. O seu trabalho não tem fronteiras mesmo, não é?
A
Ele estava escutando “Você me Vira a Cabeça” e assim, viajando, curtindo aquele som. Para mim, ver uma coisa dessas é muito maravilhoso. É coisa de Deus eu acho, coisa Daquele Senhor.

MC A MC Tha, que faz funk, resgatou um trabalho seu sobre religiosidade e a sua relação com a umbanda, em plenos tempos de intolerância religiosa. Quando gravou esse material, enfrentou algum preconceito?
A
Comigo não tem esse negócio, não. Eu uso o que quero, canto o que quero, falo o que quero. Qualquer coisa, estou pronta para sair na porrada. Não tenho esse negócio, não tenho medo de cara feia. Curto meus orixás, meu Divino Espírito Santo ali na parede... Tenho a minha religiosidade e não gosto que se metam com ela, não. Para mim, o sagrado deve ser tratado como sagrado. Com respeito.

MC Não houve resistência para fazer esse disco? Da gravadora ou do público?
A
Nem do público, nem da minha família, nem da gravadora. De ninguém. Graças a Deus, sempre cantei o que quis. É que as pessoas sabem que sou bocuda, ninguém se mete muito comigo. Já falo logo: “O que é?!” Sabe aquele “o que é, pô?!”, com um olhar firme. Então as pessoas não se metem muito, não gosto, não dou espaço para esse tipo de interferência. Criticar pode, claro. Agora questionar por quê? Eu hein…

MC Este ano você comemora 50 anos de carreira. Nesse período você viu muita coisa acontecer, muitas mudanças sociais, culturais e também artísticas. Você se incomoda de, hoje, cantar músicas que tenham caráter machista, misógino ou racista. Músicas que eram tratadas com naturalidade um tempo atrás?
A
Me traz desconforto, sim. Mas isso não é de hoje. Uma vez um cara me mandou uma música que era assim [cantarolando]: “Mas quando a Mangueira desfila, o meu amor é verde e rosa...”. E o refrão era eu dizendo: “Ah meu garanhão malvado”. O cara me chamou de égua! Como vou cantar “Ah meu garanhão malvado”? O que é isso, gente? Nunca tive garanhão, não. Na-na-ni-na-na.

MC Você já começou a carreira com o apelido de Marrom. Isso reflete o orgulho de sua negritude? Preservou você do racismo?
A
Não chega a evitar o racismo. Já passei muito por isso, e nem sempre reajo de maneira elegante. Mas adoro o apelido. Ganhei em uma viagem para o Nordeste de kombi. Tinha um rapaz, um dos produtores da viagem, que ficava com saudades da Marrom dele. Aí ele me pedia: “Alcione, mata saudade da minha Marrom, canta ‘Devolvi’, de Núbia Lafayette”. [Cantarola] “Devolvi o cordão e a medalha de ouro. E tudo o que ela me presenteou...”. Aí ele chorava com saudade dela. Fiquei com esse apelido por causa desse cara. Quando percebi, já tinha pegado. Eu sou marrom, adoro ser marrom. Até o Roberto Carlos, meu colega, que não gosta da cor marrom, gosta.

MC Além de toda essa potência artística que você é, você tem um cuidado muito especial com a sua imagem.
A
Tem que cuidar, porque a gente quando não é bonito, tem que jogar um pano por cima. Se eu não jogo um pano legal por cima de mim, não jogo um cimento Irajazinho na cara, não melhoram as coisas, não é? Também gosto de cuidar das minhas unhas, minhas garras, sempre fiz questão.

MC E essa pele? Não tem um poro aberto. Você cuida muito?
A
Todo mundo aqui em casa tem a pele boa. Minha mãe tinha a pele muito boa, minhas irmãs, todas as mulheres da família têm a pele boa. Eu vou fazer 75 anos no dia 21 de novembro. Mas também tenho a doutora Bia, que é a minha dermatologista e é ótima. Quando chego da clínica, me sinto com 15 anos. Ela é muito sutil, faço tratamentos a laser e nunca voltei de lá com a cara esticada. Ela interfere o mínimo. Não tenho ido por causa da cirurgia da lombar. Tive que ficar um tempão deitada. Mas, quando começar a me preparar para sair por aquela porta, vou ficar enjoada. Vou fazer de tudo, me aguardem. Na hora de pensar em sair até dá uma preguicinha. Mas só de pensar em voltar linda, já me animo.

MC Hoje você tem contrato com marcas de beleza. Imaginava que estaria lucrando com isso aos 75 anos? Acredita que a beleza democrática é um conceito que veio para ficar?
A
O problema é esse: quando é moda, a moda passa. Mas quando a coisa é real, é para sempre, é per omnia saecula saeculorum [para todo o sempre, em latim]. A moda existe para passar mesmo. Mas acredito que agora nós caímos na nossa real, estamos nos entendendo melhor. Eu sou aquilo que sou. É como eu canto mesmo [cantando], “Eu sou aquilo que sou e se quiser me mudar você vai se arrepender; pois foi assim que gostou, foi desse jeito que amou; além do bem e do mal, sou mulher ideal”. Eu me acho a mulher ideal, não é por falar, não. Me acho tudo!

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