Sabrina Sato tem suas memórias favoritas envolvendo o Carnaval e, há exatos 20 anos, a apresentadora estreava como passista de escola de samba pela Gaviões da Fiel. Porém, quem a vê com todo o glamour dos últimos anos, nem imagina que na primeira vez, ela estava com o corpo todo vestido, só com a cabeça de fora, e no topo de um carro alegórico.
Nem a sua família conseguia identificá-la direito na tela da TV. No entanto, ainda que sonho seja sonho, ela foi fazendo seu caminho até o topo e hoje não dá para imaginar o carnaval sem ela. A apresentadora transformou a festa em sua maior marca, sendo uma das rainhas mais longevas do país — à frente da Gaviões, em São Paulo, e da Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Sabrina vai às feijoadas, Dia das Crianças, disputas de enredo, querendo fazer parte não só da Avenida, mas de tudo que vem antes também.
A experiência completa
O Carnaval não é apenas um desfile para ela, é uma experiência completa. Desde os preparativos até o grandioso espetáculo. No entanto, essa época não é apenas uma celebração, mas um palco onde a luta contra os padrões de beleza ganha proporções carnavalescas.
"Crescemos vendo mulheres sendo expostas e julgadas por serem elas mesmas, o tempo todo nos é imposto questões que acabam nos aprisionando. Depois da maternidade e tudo que já vivi, posso dizer que conquistei uma reflexão mais madura e empoderada sobre o verdadeiro sentido de estar bem comigo mesma. Me dedico cada vez mais para conciliar todas as partes fundamentais da minha vida, mas sempre sem muitas cobranças! Precisamos romper com a cultura de ódio em relação às mulheres e conscientizar ainda mais as novas gerações de meninas. Para que sejamos livres com nossos desejos e corpos não apenas nos meios de comunicação, mas também em casa, na escola, em reuniões familiares e nas relações”, explica ela a Marie Claire.
Por ser uma época em que a mídia fica mais voltada ainda para ela, Sabrina compartilha as intimidades do seu percurso no Carnaval, desde os questionamentos iniciais até a aceitação das imperfeições. "A exposição pública geralmente traz questionamentos sobre a nossa aparência e a aceitação do público."
Nesse universo de brilho e purpurina, a pressão é intensa, mas, para ela, a jornada revelou diversas versões de si mesma, todas amadas. Em meio às fantasias deslumbrantes, a apresentadora abraça sua autenticidade e se torna uma voz de empoderamento, desafiando as normas em uma época em que a liberdade feminina ganha destaque.
O preparativos para os ataques
"O controle dos nossos corpos, para além de uma expressão da misoginia, é uma forma de controle sobre nós mulheres." Diante dos comentários ofensivos sobre o corpo da atriz Paolla Oliveira, Sabrina não apenas critica a cultura dos ataques virtuais, mas também destaca a necessidade de união para desafiar expectativas irreais.
Em meio ao caos das redes sociais, ela ressalta a importância do respeito e celebração da diversidade, reforçando que cada mulher é única e especial pelas suas diferenças. E, é claro, não poderia deixar de enaltecer a beleza e talento da atriz: "Paolla é uma deusa. Linda, maravilhosa, bem-sucedida e uma das atrizes mais amadas do Brasil."
Sabrina revela os bastidores da preparação para o Carnaval deste ano. Conciliando gravações, compromissos pessoais e treinos, ela destaca a união e sincronia da sua equipe para garantir o sucesso.
“Os preparativos para o Carnaval de 2024 começaram mais cedo, já que o calendário de desfiles é logo no início de fevereiro. E, assim como no ano passado, estamos conciliando as gravações do The Masked Singer com todos os compromissos de Carnaval, meus compromissos pessoais, com os parceiros, os treinos, aulas de samba… Nosso time trabalha muito unido e sincronizado para tudo dar certo. As aulas de samba e os treinos, por exemplo, estou fazendo bem cedinho ou de madrugada, após as gravações. É uma época do ano que trabalhamos muito, dormimos pouco, mas curtimos muito todo o processo. O Carnaval é uma paixão, não consigo imaginar minha rotina de outra maneira”, finaliza.