Cultura

Por Paola Churchill, redação Marie Claire — São Paulo

Antes de entrar em qualquer palco, Aila Menezes sente um frio na barriga. Seja para uma roda de pagode, um espetáculo de dança ou se apresentar no Festival de Verão de Salvador -- que acontece neste final de semana na capital baiana e a artista de 34 anos abre a programação - , a cantora dá uma olhada para coxia e lembra de seu avô, Almir Rodolpho, conhecido como o palhaço Pinduca, um dos mais antigos do mundo.

“Tudo que sou e sei hoje aprendi com meu avô. Eu me apresentava com ele desde pequeninha e, quando estou no palco, sinto que ele sempre está comigo. Sinto muita falta dele, mas sei que ele está orgulhoso de mim”, conta a Marie Claire.

A cantora lembra com carinho seus primeiros passos na música, aos 5 anos, participando de shows ao lado da mãe, Verônica, e avô, mas conta que o caminho foi dado antes mesmo que ela nascesse: "Ela se apresentava com meu avô grávida de mim e ali tudo começou na minha vida na arte. Muito antes de eu nascer, já existia essa lei artística em mim".

Aila Menezes irá se apresentar no Festival de Verão de Salvador — Foto: Divulgação
Aila Menezes irá se apresentar no Festival de Verão de Salvador — Foto: Divulgação

"Meu corpo não me limita"

Aila, que participou do The Voice em 2013, destacou a importância dessa experiência no reality em homenagem ao seu avô. "Foi uma realização como cantora e ele pôde aparecer para todo mundo. Ao mesmo tempo, juntou-se à minha carreira. Ele deve ter ficado muito orgulhoso", disse.

No programa da TV Globo, ela encantava o público cantando de samba a MPB. Mas, depois da sua participação, ficou conhecida por sua presença no pagode baiano. Questionada sobre sua transição para o pagodão, Aila esclarece que sempre manteve a essência do pagode em sua carreira.

"Nasci enquanto cantora de pagode", afirma ela, que gravou seu primeiro disco " “Raiz Brasileira”, em maio de 2015. Além disso, ela conta que continuou gravando e cantando pagodão mesmo após o The Voice, explorando diversas possibilidades musicais.

Gênero dominado por homens, Aila fala dos desafios enfrentados pelas mulheres no pagodão. "É um recorte difícil. A gente luta para conseguir alcançar espaços, mesmo existindo outras mulheres talentosas tentando esse lugar", explica. Para ela, a mesma estrutura machista na sociedade está na música.

"É muito importante para nós mulheres do pagodão destruam essa barreira do machismo. Já escutei de vários empresários que não iriam me agenciar porque pagode não é coisa de mulher, que se eu quisesse, servia como dançarina. Eu tive que lutar pelo meu espaço", pontua.

Além do fato de ser uma mulher, Aila é uma mulher gorda, o que faz com que ela fale e cobre sobre representatividade e aceitação. "Meu corpo não me limita, nenhum corpo deveria limitar ninguém. Me acho muito capaz e dona de mim", enfatiza. Em suas músicas, como por exemplo, "FAT GATA (Gata Gorda)", lançada em agosto de 2020, a cantora ressalta a importância de desafiar estereótipos e combater o preconceito contra corpos gordos.

"Sou gostosa, gorda, sou plus size. Você acha que anda junto com a beleza. Mas, meu espelho diz que eu sou demais. Não sei se alguém te disse... Que eu sou mais eu e quero paz!", ecoa o refrão da canção.

Aila Menezes irá se apresentar no Festival de Verão de Salvador — Foto: Divulgação
Aila Menezes irá se apresentar no Festival de Verão de Salvador — Foto: Divulgação

Festival de Verão de Salvador

Ao falar sobre o Festival de Verão de Salvador, Aila expressa sua animação e gratidão por fazer parte do evento. Ela canta neste sábado (27), no palco Cais, ao lado do centro cultural Quabales, representando o pagodão e celebrando a diversidade musical.

"Estou ansiosa para me apresentar. Foi um convite lindo do centro Quabales. Vou me apresentar no mesmo palco que IZA, Liniker e Ivete Sangalo, dá pra acreditar? É gratificante ver onde nossos sonhos nos leva. Quero ver logo essa multidão se divertindo e eu me divertindo também", conta.

Sobre suas expectativas para 2024, Aila Menezes destaca seu compromisso em continuar promovendo o "Baile de Todas as Cores", um evento voltado para mulheres e o público LGBTQIAP+. Ela planeja expandir sua presença musical, esperando que mais pessoas conheçam sua voz e se identifiquem com sua mensagem de empoderamento. "Mereço muito mais. Nós mulheres merecemos muito mais."

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