Nicola Coughlan, de 'Bridgerton': de ativismo pró-aborto à luta contra depressão, saiba 7 curiosidades sobre a atriz

Primeira parte do novo ano da série chegou ao catálogo da Netflix

Por , em colaboração para Marie Claire — Rio de Janeiro (RJ)


Nicola Coughlan e 7 fatos sobre a nova protagonista da 3ª temporada de 'Bridgerton' Getty Images

Nicola Coughlan é a grande protagonista da 3ª temporada de Bridgerton, que estreou, nesta quinta-feira (16), na Netflix. No novo ano da série, a trama foca no relacionamento da sua personagem, Penelope Featherington, com Colin (Luke Newton). E, para você conhecer um pouco mais da atriz que estrela essa fase inédita da trama, reunimos 7 curiosidades sobre ela.

1 - Ativista pelo direito ao aborto

A irlandesa é uma grande ativista pela legalização do aborto e defesa dos direitos reprodutivos das mulheres. Ela já participou de diversas manifestações em prol da causa e explicou seu compromisso social em entrevista à Teen Vogue: "Acho que é importante para mim, porque, primeiramente, eu sou uma pessoa privilegiada. Eu tenho sorte por ter chegado neste momento da minha carreira e sou privilegiada por ser uma mulher branca".

Nicola Coughlan defende direito ao aborto e já foi em manifestações lutar pelas mulheres — Foto: Getty Images

"Mesmo antes de trabalhar com televisão eu estava envolvida em diferentes causas. Eu fui de porta em porta em campanhas de igualdade matrimonial na Irlanda, fui em alguns protestos para os direitos do aborto. Eu sempre me importei pelas causas e por justiça social."

2 - Trabalhou como garçonete

Antes de se tornar um grande ícone de Hollywood, a artista já trabalhou como garçonete para pagar as contas. "Esta é uma foto minha de seis anos atrás, quando era garçonete. Lembro-me de tirá-la e brincar sobre o quão ruim meu cabelo estava porque não podia me dar ao luxo de fazê-lo em meses", declarou em um post feito no seu perfil do Instagram.

3 - Pensou em desistir da carreira de atriz antes de 'Bridgerton'

Na mesma publicação compartilhada nas suas redes sociais, ela admitiu ter pensado em desistir da carreira, devido a dificuldades de encontrar trabalho. "Durante esse tempo, estava tão desesperada para atuar e insegura de que algum dia conseguiria. Estava realmente sem dinheiro e desanimada. Estou compartilhando isso porque sou profundamente grata por todas as coisas que tive a sorte de fazer desde que esta foto foi tirada."

"Estou em constante descrença na boa sorte que tive, nas pessoas com quem trabalhei e nas pessoas com quem estou trabalhando. É exaustante pensar sobre o passado, mas sou muito grata a toda a gentileza e apoio que as pessoas me mostraram e sei que nunca vivo momentos como esses sem dar o devido valor. Sigam seus sonhos, crianças", acrescentou na sequência.

4 - Já teve depressão

Antes de conseguir um papel na peça "Jess and Joe Forever", a atriz estava trabalhando meio-período como oculista na sua cidade natal, Galway, e enfrentou uma depressão grave. "Passei por momentos muito difíceis", admitiu em entrevista à Glamour UK. E admitiu: "Tive que voltar de Londres para a minha casa, na Irlanda. Eu não fazia um teste há cerca de um ano. Não tinha dinheiro na minha conta bancária, então tive que voltar a morar com meus pais. Estava tão deprimida e foi tão difícil. Foi uma recuperação muito lenta disso."

"Não conseguia sair da cama. Senti como se tivesse falhado em tudo, como se não tivesse nada e tivesse decepcionado minha família", declarou com lágrimas nos olhos. "Você pensa todas essas coisas terríveis sobre si mesma e isso ficou pior, porque eu fiz um empréstimo e fiquei pensando em estar endividada financeiramente."

Nicola Coughlan já teve depressão e pensou em desistir da carreira de atriz — Foto: Getty Images

"Se eu quisesse tomar um café, precisava perguntar aos meus pais. Eu pensava: 'Tenho 28 anos, sou muito velha para ter feito isso!' Comecei a pensar - e é uma mentalidade tão perigosa - que não queria estar perto de pessoas, porque não queria fazê-las se sentirem deprimidas. Achei que se saísse com meus amigos, seria a pessoa inútil no canto, mas essa é uma maneira muito perigosa de pensar", acrescentou.

E explicou como superou essa fase: "Não houve nada que mudasse isso para mim – saí dessa fase muito lentamente. Foi minha família sendo incrível e minha irmã literalmente me tirando da cama e me fazendo correr. Coisas assim me deram um senso de propósito novamente e passei a pensar que sempre há uma luz no fim do túnel".

5 - Ouviu que não conseguiria mais trabalhos por apoiar a Palestina

Muito ativa politicamente, Coughlan não pensou duas vezes antes de declarar apoio à Palestina e defender um cessar-fogo em relação ao conflito do Estado com Israel. No entanto, isso fez com que agentes falassem para ela que a mesma não conseguiria mais papéis por conta disso.

"Para mim, se torna algo sobre dar suporte a todas as pessoas inocentes, o que pode soar simplificado. Mas eu acho que você precisa olhar a situação e pensar, nós estamos ajudando as pessoas inocentes não importa de onde ou quem elas são? É assim que eu penso", defendeu em conversa com a Teen Vogue.

"Falam para você: 'Você não vai conseguir mais trabalho', 'Você não vai conseguir fazer isso.' Mas eu penso, que no fundo, se você vem de um lugar no qual pensa: 'Eu não quero que nenhuma pessoa inocente sofra', então eu não estou preocupada com a reação de outras pessoas", concluiu.

6 - Rejeita status de ícone do body-positive

Por mais que seja uma grande inspiração para garotas com corpos fora do padrão, a artista conta que nunca quis, voluntariamente, assumir o status do ícone do movimento body-positive. Ela conta que tem uma relação complicada com seu corpo e "não estava preparada para as pessoas se apropriarem dele".

"No BAFTA, as pessoas diziam: 'Esta é a atriz que está levantando a bandeira do movimento body-positive'. Eu queria parar essa conversa por um momento. Estou em uma série, somos cinco, fomos todos ao mesmo evento e nos vestimos bem, então por que era sobre mim? As pessoas estavam projetando isso em mim. Seu relacionamento com seu corpo é muito pessoal e está em constante mudança", declarou à Glamour UK.

"Alguns dias você pode se sentir incrível e outros você se sente um pedaço de m*rda. Não me sinto pronta para ser um farol nisso tudo, porque não estou confiante o tempo todo. Também há tão pouca relação com o que eu faço. Eu tenho meu próprio corpo e ninguém mais o possui. Odeio como isso é projetado em mim. Quando falei contra um crítico sobre isso, recebi muitas mensagens de pessoas dizendo: 'Já passei pela mesma coisa e não disse nada'. As pessoas pensam que podem nos elogiar, mas não, não podem. Não estou pronta para ser intimidada por causa disso", afirmou em seguida.

7 - Prefere trabalhar com mulheres

Durante o evento de estreia da série Big Mood, protagonizada por Coughlan, a irlandesa revelou preferir trabalhar com mulheres do que com homens. "Eu realmente trabalhei com muitas mulheres. Derry Girls era predominantemente composta por mulheres. Bridgerton, predominantemente mulheres. Acho que as mulheres simplesmente entendem a minha vibe. Eu sou uma garota das garotas", disse.

Ela ainda brincou ao dizer que teve muita "coragem" para trabalhar com homens recentemente, mas entende que é uma "experiência completamente diferente".

"Na verdade, trabalhei com homens recentemente. Sou alguém que já trabalhou com homens. É muito corajoso da minha parte dizer, mas eu fiz isso. É uma experiência diferente e adorável. É simplesmente diferente. Não é tão adorável quanto trabalhar com mulheres."

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