Gravidez semana a semana
 


Com 38 semanas de gravidez, o bebê engole e “respira” o líquido amniótico, que é renovado a cada três horas. O peso do bebê fica entre 2,2 e 3,8 quilos e o comprimento médio é de 49,8 centímetros, o mesmo que um tatame de EVA. A grávida pode estar com a impressão de que o trabalho de parto vai engrenar a qualquer momento, mas são frequentes os alarmes falsos. Saiba mais sobre a 38ª semana de gestação:


Separador - desenvolvimento do bebê

Desenvolvimento do bebê com 38 semanas de gestação

O bebê está engolindo cerca de 20 mililitros de líquido amniótico por hora. O volume total de líquido amniótico fica em torno de 600 a 800 mililitros nesta fase. Ele tinha chegado ao seu maior volume, cerca de 1 litro, entre 34 e 36 semanas de gravidez, mas é normal que se reduza um pouco.

O líquido amniótico cumpre um papel fundamental ao longo da gestação:

  • Protege o bebê de choques externos
  • Impede que o cordão umbilical seja comprimido
  • Permite a movimentação do bebê
  • Mantém a temperatura constante
  • Treina o sistema digestivo e urinário, ao ser engolido e eliminado pelo bebê
  • Treina o sistema respiratório, pois é “respirado” pelo bebê

No final da gravidez, o volume total de líquido é renovado a cada três horas. Ele é composto basicamente de água, mas tem também células fetais, mais de 200 proteínas, além de hormônios, gorduras e carboidratos. É transparente, mas nessas últimas semanas fica mais turvo, devido à diminuição da filtragem pela placenta.

O bebê continua se movimentando, dormindo, acordando e soluçando dentro da sua barriga. Uma redução significativa no padrão dos movimentos em relação ao que você está acostumada vale uma verificação médica.

1. O volume total de líquido amniótico fica em torno de 600 a 800 mililitros nesta fase; 2. Apesar do espaço estar menor, o bebê continua se mexendo dentro da barriga. Ele deve ser avaliado se houver uma redução significativa nos movimentos — Foto: Getty Images
1. O volume total de líquido amniótico fica em torno de 600 a 800 mililitros nesta fase; 2. Apesar do espaço estar menor, o bebê continua se mexendo dentro da barriga. Ele deve ser avaliado se houver uma redução significativa nos movimentos — Foto: Getty Images

Separador - tamanho do bebê

Tamanho do bebê de 38 semanas dentro da barriga

Com 38 semanas de gestação, é esperado que o bebê pese entre 2,270 e 3,800 quilos. Já o comprimento médio, da cabeça ao calcanhar, é de 49,8 centímetros — o mesmo de um tatame de EVA —, mas isso depende muito das características dos pais. Quando o bebê nasce mais comprido, ele pode parecer mais “magrinho”, mesmo com um peso considerado bom. Bebês que vêm ao mundo menores em termos de comprimento, com 46 centímetros por exemplo, podem parecer mais cheinhos, menos enrugados.

Há os bebês que nascem grandes em todos os sentidos, em peso e altura (e perdem logo de cara todas as roupas tamanho RN!). Os que chegam pequenos tanto em comprimento como em peso provavelmente passaram por algum tipo de restrição de crescimento no útero. Bebês que nascem com menos de 2,500 quilos são considerados de baixo peso e recebem monitoramento especial. Para eles, às vezes é necessário procurar roupinhas tamanho prematuro, nas primeiras semanas.


Separador - sintomas de gravidez

Mudanças no corpo da grávida de 38 semanas: excesso ou falta de líquido amniótico

Nas consultas de pré-natal, a medida da barriga com a fita métrica serve para saber se o útero está do tamanho esperado. Se estiver acima ou abaixo da medida considerada normal, é indicada a realização de ultrassom. Um dos motivos para a alteração nessa medida é haver líquido amniótico a menos ou a mais.

Na ultrassonografia, há dois métodos de estimar a quantidade de líquido, o ILA (índice de líquido amniótico) e o MBV (maior bolsão vertical). Curiosamente, apesar de se estar falando de líquido, o resultado é mostrado em centímetros, porque é realmente uma medição da imagem do ultrassom. O líquido é a parte escura da tela. Resultados anormais são classificados como oligoâmnio (pouco líquido) ou poliâmnio (líquido demais).

  • Oligoâmnio (ou oligoidrâmnio): a redução no líquido pode estar ligada a um mau funcionamento da placenta, hipertensão materna, uso de medicamentos, restrição de crescimento fetal ou outros problemas. Dependendo do nível, pode ser indicada a observação por algum tempo, com a grávida tomando bastante água, ou a antecipação do parto.
  • Poliâmnio (ou polidrâmnio): em 60% dos casos, o excesso de líquido não tem causa definida. Pode ser estar relacionado a infecções virais e/ou sexualmente transmissíveis, alterações na formação do bebê, diabetes gestacional, pela redução na deglutição do líquido pelo bebê ou ocorrer sem razão aparente. Quando acontece bem na reta final da gravidez, pode haver a indicação de adiantar o parto. É necessário um cuidado especial com o risco de prolapso do cordão (parte do cordão umbilical sair pela vagina, o que é uma emergência) e de hemorragia pós-parto.


Separador - preparativos na gravidez

Preparativos de gestante: lidando com o alarme falso

Será que chegou a hora? Quase todo mundo tem essa dúvida. Pode ser que a resposta ainda não exista: nem você nem mesmo a equipe de profissionais de saúde conseguem garantir com certeza que o trabalho de parto realmente começou para valer, se ainda não houver uma dilatação significativa do colo do útero (acima de 5 centímetros).

Se a triagem ou o exame médico mostrarem que o bebê e a grávida estão em boas condições de saúde, a orientação é de esperar para ver o que vai acontecer, seja em casa, seja na recepção da maternidade, quando a parturiente mora longe. Estudos mostram que a internação precoce (antes de o trabalho de parto iniciar, de fato) não traz grande benefício e ainda aumenta o número de intervenções.

Então é melhor estar psicologicamente preparada para a possibilidade de ir para a maternidade e acabar voltando para casa. A vantagem é que a sua casa será provavelmente o lugar mais confortável para você estar enquanto espera uma definição.

Para quem mora muito longe do hospital, pode ser interessante ter algum lugar mais próximo para ficar por algumas horas, talvez alguém que viva na região da unidade de saúde Outra opção é passar por atendimento por enfermeira obstetra em casa ou num local nas redondezas, para avaliar a dilatação e os batimentos cardíacos do bebê, o que dá uma ideia melhor de quando ir para a maternidade.

Se a bolsa rompeu ou você está sentindo duas ou mais contrações a cada dez minutos, procure atendimento para receber orientações. Leve a mala da maternidade e a caderneta da gestante e se organize para ficar, sem desconsiderar a possibilidade de a internação ainda não acontecer.

Logo, logo a expectativa e as incertezas terminarão e o bebê estará no seu colo. Se até a 41ª semana o trabalho de parto não se iniciar, serão propostas medidas para que o bebê nasça em, no máximo, mais uma semana, por indução ou cesariana.

Fontes:

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