Saúde
Por — São Paulo

Viralizou nesta semana a história de uma mulher que se submeteu a uma técnica de microagulhamento no rosto sem saber que tinha melanoma, um tipo de câncer de pele agressivo. Por causa do procedimento com agulhas, as células cancerosas teriam se espalhado pela face da pessoa.

O caso se tornou conhecido a partir de um post da dermatologista Fabia Luna, do Rio de Janeiro. A médica, mais tarde, apagou a publicação .

Luna dizia no texto: “Vamos falar sobre atitude criminosa e responsabilidade? A paciente acima procurou um não médico para tratar o seu rosto… Segundo ela: Tinha um ‘sinalzinho’ pequeno e escuro no rosto. Nunca foi ao dermatologista para examiná-lo, afinal, ‘ele nunca coçou nem incomodou…’”

O texto continuou: “O profissional iniciou um tratamento de skin care e realizou o procedimento de microagulhamento… Pois bem. O sinal de ‘aparência’ inofensiva era na verdade um MELANOMA! Com o procedimento de microagulhamento, suas células cancerígenas foram inoculadas e espalhadas pelo restante da face”.

Médica desabafou nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram
Médica desabafou nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram

A médica encerra a publicação lamentando que o procedimento tenha sido feito por uma pessoa sem formação em dermatologia.

O que é microagulhamento?

O microagulhamento é uma técnica utilizada para finalidades estéticas, como melhora da textura da pele e remoção de manchas superficiais. O procedimento utiliza um rolinho com centenas de, como diz o nome, microagulhas, aplicadas sobre o rosto em sentido de vai e vem, causando múltiplas perfurações.

Na história que viralizou, as células cancerosas teriam se espalhado para áreas saudáveis a partir do tratamento.

Segundo a dermatologista Juliana Kida, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em tese, é possível que as células malignas se disseminem a partir do procedimento com agulhas.

“Mas as perfurações teriam de ser muito profundas e agressivas. Além disso, o câncer precisaria estar em uma fase nodular [avançada]. Teria que juntar muitas coisas ruins para acontecer algo assim”, diz Kida.

A médica explica que o microagulhamento costuma atingir a epiderme e a derme superficial, que são a primeira e a segunda camadas da pele. “No caso dessa pessoa, talvez tenha chegado à derme profunda”, opina.

O que é o melanoma?

O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O melanoma, no entanto, é um tipo mais raro e representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O melanoma é a versão potencialmente mais grave do câncer de pele. “Se não for diagnosticado precoce e rapidamente, pode causar metástase, ou seja, se espalhar para outros órgãos e levar a pessoa à morte”, afirma Kida.

Os fatores de risco para o melanoma são ter mais de 100 pintas espalhadas pelo corpo, histórico familiar do tumor em parentes de primeiro grau e episódios de queimadura solar, principalmente na infância e adolescência. A doença é mais frequente nas áreas expostas ao sol, mas pode aparecer em qualquer área.

Quais são os sinais do melanoma?

O Inca informa que esse câncer pode surgir após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.

Existe uma regra adotada internacionalmente que aponta sinais sugestivos de melanoma. Ela é conhecida pela sigla “ABCDE”, como ensina o Inca:

- Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
- Bordas irregulares: contorno mal definido;
- Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
- Diâmetro: maior que 6 milímetros;
- Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

O tratamento varia de acordo com o estadiamento, isto é, o quanto a doença está avançada. Se for no estágio inicial, é feita uma cirurgia para remover a pinta doente. Em casos de metástase, pode ser necessário lançar mão de tratamentos como imunoterapia e terapia-alvo.

"Fica o alerta. É importante procurar um médico dermatologista para fazer os tratamentos da pele, porque esse é o profissional mais habilitado para essa função. Também é preciso buscar um dermatologista diante de qualquer sinal suspeito ou ferida que não cicatrize. Pode ser um câncer de pele", enfatiza Kida.

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