O ator Rafael Cardoso, de 37 anos, está internado no Rio de Janeiro com um quadro de celulite infecciosa. Segundo informações da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o artista ainda ficará uma semana em observação no hospital. Mas o que é a celulite infecciosa?
Apesar do nome, a doença não tem nenhuma relação com a celulite comum. Uma condição não causa a outra.
Aqueles furinhos que a maioria das mulheres tem no bumbum, na coxa e no culote nada mais são do que depósitos de gordura em uma camada intermediária da pele. Seu nome técnico é lipodistrofia ginóide.
O aparecimento do efeito casca de laranja é multifatorial e está associado a processos hormonais, circulatórios, genéticos e comportamentais. Ou seja, uma gama de componentes interferem no surgimento, na intensidade e no aspecto da celulite padrão. Trata-se de uma condição somente estética, que não representa nenhum risco de saúde sério.
E a celulite infecciosa?
Já a celulite infecciosa é uma doença que atinge camadas mais profundas da derme e da hipoderme. Ela é causada por bactérias que moram na superfície da pele e penetram no organismo por meio de machucados e cortes.
O principal gênero de bactérias associado à enfermidade é o estafilococos, principalmente da espécie Staphylococcus aureus.
De acordo com a dermatologista Patrícia Ang, de São Paulo, as regiões mais acometidas pela celulite infecciosa são os membros inferiores do corpo. Outra porta de entrada comum para a infecção é a remoção da cutícula, tanto dos dedos dos pés como das mãos.
Como é o diagnóstico e o tratamento
O diagnóstico é basicamente clínico, feito por médicos habilitados, como dermatologistas e infectologistas, a partir da observação de sintomas como vermelhidão, inchaço, dor e calor no local da lesão.
“Algumas doenças de pele predispõem a formação da celulite infecciosa. São mais suscetíveis pacientes com uma alteração de barreira cutânea, como idosos e aqueles com dermatite atópica ou um distúrbio de queratinização, a exemplo da doença de Darier”, aponta a médica. “A celulite infecciosa pode ser mais grave em pessoas com deficiência no sistema de defesa do corpo, como pacientes diabéticos e imunossuprimidos.”
O tratamento é medicamentoso, via antibióticos orais, nos casos leves, e injetáveis, nos quadros mais graves.