Fernanda Garay celebra estreia em esportivo da Globo durante Olimpíadas: ‘O que me move é ser desafiada’

A produção começará a ser exibida durante as Olimpíadas, após a novela Renascer, e marca uma grande mudança de chave na vida profissional da jogadora, que se mostra otimista para a dinâmica da nova fase. “Enquanto atleta, a gente pensa muito em performance e foca no nosso desempenho. Nós somos atletas que querem conquistar títulos. Comecei a jogar com 11 anos e finalizei, ainda que não definitivamente — é a pergunta de milhões —, minha última participação como jogadora nos jogos de 2021 em Tóquio, foram mais de 20 anos de carreira. Vivo um novo momento agora em estar antenada a outros assuntos, participar de eventos como este de hoje, poder ouvir, trocar, aprender, para, claro, assim, estender esse meu conhecimento e aproveitar essa oportunidade. O que me move é ser desafiada e entregar o meu melhor.”

Sabrina Romero detalha que a escolha da Vivo em ser patrocinadora oficial da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos é para dar voz e mostrar a diversidade das histórias dos atletas, algo já intrínseco à empresa. “Na Vivo, a gente brinca na área de comunicação que gostamos de ser aquela marca que faz ações, campanhas que são bem provocativas. Então nos deparamos com o dado de que apenas 4% do noticiário de esportes é sobre as mulheres. E aí pensamos: como que trabalhamos esse problema com a ótica da tecnologia? Então a gente fez uma parceria há alguns anos, na época com o Twitter, e criamos uma ferramenta chamada “Bot”, onde, durante um período, qualquer pessoa que buscasse uma notícia sobre o esporte masculino recebia uma matéria sobre o esporte feminino também. É preciso colocar o dedo na ferida, temos que falar sobre esta dor nas nossas narrativas de comunicação.”

Fernanda finaliza sua participação comentando como aplica o letramento racial que desenvolveu no decorrer de sua carreira, algo que não era discutido dentro de sua família, para que o debate seja amplificado. “Nasci negra, nasci uma mulher negra, mas tomar posse sobre isso, entender o que é ser isso na sociedade, é um processo longo que requer muitas ferramentas. A gente não pode ficar aquém do que tá acontecendo ao nosso redor. Então se fosse pra estar aqui contando algumas histórias do que vivi, né, de preconceito, enfim, eu poderia contar várias, mas a verdade é que, do meu lugar, de que forma posso contribuir para a luta antirracista e me posicionar para agregar à minha comunidade? Se na minha família, antes de mim, não falávamos sobre isso, a partir do momento em que tomei essa consciência, trago o debate à mesa.”

O principal encontro de líderes mulheres do Brasil, o Power Trip Summit, promovido por Marie Claire com patrocínio master do Banco do Brasil, patrocínio de L’Oréal Paris, Vivo e Dove, apoio do Magalu, Musquée, Mastercard, Liftera e MSD, parceria educacional da MUST University, apoio institucional do Instituto Inhotim, participações de Oshadi e Dior e parceria editorial da Pantys. Foi realizado nos dias 26, 27 e 28 de maio, no Hotel Fasano Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Em sua 10ª edição, o evento aborda o tema “Visionárias” e reuniu na plateia executivas, CEOS e líderes da sociedade civil nos campos dos negócios, cultura, beleza, moda, política, ciência e tecnologia. O Instituto Inhotim, sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e o maior museu a céu aberto do mundo, foi parte da agenda.