Política

Por Mariana Gonzalez, em Colaboração Para Marie Claire

Embora Simone Tebet tenha nascido em berço político – é filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet – e ocupe cargos públicos há mais de duas décadas, seu nome ocupou o noticiário nacional durante a pandemia de covid-19, mais especificamente durante a CPI da Covid no Senado, que passou quase seis meses investigando omissões e irregularidades do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Neste 8 de Março, Marie Claire perfila as 11 ministras do governo Lula para responder como a atuação delas pode melhorar a vida das mulheres brasileiras.

Nas sessões da CPI, em que apenas senadores homens compunham a Comissão, Simone e as colegas senadoras da Bancada Feminina da casa organizaram um esquema de rodízio para ocupar o Senado e fazer pressão pela participação feminina naquele momento histórico do país –claro, foram alvos de misoginia a olhos vistos, com pedidos de “calma” e comentários de que estariam sendo agressivas.

Em um desses episódios, Tebet foi chamada de “descontrolada” pelo ministro da Controladoria Geral da União Wagner Rosário, que estava na condição de depoente; um ate oca tomou conta, com outros senadores acuando Rosário de machismo, e a sessão teve que ser encerrada.

“Quando a mulher começou a buscar espaços de poder, ela começou a ser taxada de ser uma pessoa histérica, louca, descontrolada. Essa palavra não vem à toa, ela está no inconsciente daqueles que ainda acham que mulher são menores, são inferiores”, disse a senadora, durante a CPI, em resposta ao episódio.

“A essas mulheres, jamais digam que quando ela eleva a sua voz ela é histérica ou descontrolada. Ela exerce o seu papel com firmeza, com o dever que tem de defender todas as mulheres, muitas vezes oprimidas no Brasil.”

Em seus anos como parlamentar, desenvolveu uma série de ações em defesa dos direitos da mulher: foi a primeira presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher e criou o Observatório da Mulher contra a Violência, dentro do Congresso – “a primeira coisa a se implementar para criar uma política pública é ter dados”, disse em entrevista à Marie Claire, em 2022.

Naquele mesmo ano de CPI, venceu disputas políticas contra outros nomes fortes da chamada terceira via, como Eduardo Leite e João Doria, e foi candidata à presidência em uma coligação de seu partido, o MDB, com o PSDB e o Cidadania, ocupando o terceiro lugar na corrida disputada entre Lula e Bolsonaro com uma chapa totalmente feminina, em parceria com Mara Gabrilli, sua candidata à vice.

Na campanha, deu ênfase à condição de mulher e mãe de família, falou em defesa da igualdade salarial e disse à Marie Claire que, entre suas principais propostas, estavam a recriação do Ministério Nacional da Segurança Pública “que, dentre outras coisas, terá responsabilidade de coordenar um amplo sistema de combate à violência contra a mulher, criança, adolescente e idoso”, e a construção de pelo menos uma Casa da Mulher Brasileira em todos os estados.

Mas, assim que a disputa do segundo turno foi confirmada, declarou apoio imediato a Lula e foi peça fundamental em sua campanha –dedicação que garantiu a ela o cargo de ministra do Planejamento e Orçamento.

Agora, à frente do Ministério responsável por projetar os investimentos e as despesas do país, enfatizou o combate às desigualdades, inclusive de gênero, e prometeu incluir no orçamento grupos minorizados, como as mulheres e os mais pobres.

“Os pobres estarão prioritariamente no orçamento público. Mas não somente eles: as crianças, os jovens, os idosos, estarão no orçamento. As mulheres, os negros, os povos originários, estarão no orçamento; as pessoas com deficiência, a comunidade LBGTQIA+ estarão no orçamento. Os trabalhadores estarão no orçamento. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis, com orçamento para as políticas públicas assertivas, que serão implementadas pelos ministérios afins. É preciso atacar as desigualdades sociais e regionais que tanto nos envergonham. É inadmissível que, como expressão maior dessa nossa dívida, continuemos nesta situação vergonhosa em que a cara mais pobre do Brasil seja a de uma mulher, negra e nordestina”, disse, em seu discurso de posse.

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