A alta-costura da Fendi já é conhecida por seu padrão leveza, delicadeza e precisão extremas, mesmo trazendo momentos com volumes dramáticos. E, desta vez, o diretor criativo Kim Jones trouxe um componente novo à equação: a coleção de estreia de alta joalheria da maison, Fendi Triptych, projetada pela diretora artística de joalheria da marca, Delfina Delettrez Fendi.
“Nesta temporada, queríamos nos concentrar na obtenção de fluidez, caimento e forma por meio de técnicas de alta-costura, reunindo esses elementos com a atitude de hoje”, diz Kim Jones. As formas esculturais foram alcançadas por meio de corte de padrão complexo e rigoroso, com peças muitas vezes realizadas com apenas uma única costura. A proposta ainda vai além: nesta coleção, a haute couture estende-se às joias -- não apenas posicionadas nos pescoços das modelos, mas unidas aos vestuário.
"Se não houver joalheria, a ideia continua presente através da paleta de cores e embelezamento na coleção. As próprias roupas tomam a ideia de joalheria. As cores vêm de tons de pele, bem como de pedras: diamantes negros, rubis, safiras”, explica Jones.
Os dois mundos são fundidos por meio de bordados. Bolsas e casacos seguem as cores (e brilho) das joias apresentadas em cada modelo. Tecidos pálidos ou em cores vibrantes combinam perfeitamente com anéis, brincos e colares cuidadosamente pensados para o momento. E um detalhe que não pode faltar: para alcançar o brilho rosa do último look, foram necessárias 1.200 horas de trabalho manual.
“Há uma relação emocional que tenho com as joias da coleção que espero que as mulheres que eventualmente usarem também terão. Existe uma precisão obsessiva necessária para fazer joias como estas, pequenos objetos que têm tanta força, significado e personalidade. E, no entanto, no final, eles têm uma relação direta e relação íntima com o corpo. São uma extensão profunda e pessoal da mulher”, diz Delfina Delettrez Fendi.