Mães e Filhos
Por , redação Marie Claire — de São Paulo

“Você quer saber o que fiz para o Daniel ser assim, né?” Essa é Daniela Amorim, mãe do MC Daniel. O sorriso largo, os cabelos loiros, a rapidez no raciocínio e no humor não dão margem à dúvida - são a cara um do outro. “Muita gente me faz essa pergunta. O que me ajudou foi ser professora e depois diretora, tenho 30 anos de magistério em escola pública. Sei do que uma criança precisa para crescer feliz: atenção, amor e carinho”, responde a si mesma.

Aos 26 anos, Daniel é “o cara do momento”, como ele mesmo se define na bio do Instagram. Só ali, são mais de 18 milhões de seguidores, no Spotify, seus hits acumulam 13 milhões de plays, está na Dança dos Famosos, no Domingão de Luciano Huck , e também, segundo ele, foi o primeiro funkeiro a desfilar na Semana de Moda de Milão, em fevereiro, pela grife de Philipp Plein. Na primeira fila do desfile gritando “lindo!” estava, orgulhosa, Daniela, que acompanha o filho aonde quer que ele vá.

É também Daniela a responsável por administrar a vida financeira do filho. “Ele não sabe nem quanto ganha”, diz. Há um ano e meio, Daniel abriu uma live durante uma harmonização facial que realizava e fez questão de apresentar a mãe. Em minutos, Daniela já tinha 10 mil pedidos para segui-la na rede. Hoje se diz influenciadora, tem 939 mil seguidores e acaba de estrear o podcast ‘Café com Dani’.

“Recebo muita mensagem de mães e pais, pastores, dizendo que oram pela minha vida e que só deixam os filhos seguirem o perfil do Daniel, de nenhum outro MC. Porque ele fala de Deus, é um ótimo filho, ótimo neto, valoriza os amigos. Ama crianças e animais”, conta, na sala da casa de três andares e cinco suítes onde vive com Daniel e o filho mais novo, Gustavo, jogador de futebol, em um condomínio de luxo no Morumbi, zona sul de São Paulo.

“E não é um personagem”, garante a mãe. “Ele sonha em ser pai, só fala nisso. E adora bicho. Me pediu para colocar um porta retrato com uma foto da nossa cachorra que morreu, e aqui estão as cinzas”, diz enquanto mostra o recipiente na mesinha ao lado do sofá. “Não levantamos bandeira de nenhuma igreja, a igreja é dentro da gente. Hoje mesmo o Daniel me pediu para organizar um culto aqui em casa.”

Ao passar pelo riacho com carpas e adentrar a casa da família, vemos uma foto de Daniel vestido de ‘O Máscara' que cobre uma parede inteira. Uma imagem do irmão na mesma proporção estampa a parede oposta, com o uniforme do São José, time em que joga. Por todo o canto há imagens de Daniel: com outros funkeiros como Ryan, Kevin e Xamã, ou ao lado do sofá, uma réplica do MC de papelão em tamanho real, levantando a camiseta branca e exibindo o torso musculoso e coberto de tatuagens. Ao fundo, uma piscina com uma pequena queda d’água e uma ilha repleta de destilados e energéticos.

“A nossa vida mudou de uma hora para a outra”, conta Daniela. “Há três anos, eu era funcionária pública e morava com meus filhos em um apartamento em Taboão da Serra. Me separei quando eles eram pequenos. Custava R$1.800 o aluguel, 600 para cada, e o Dani não conseguia nem pagar a parte dele. Coisa de rico para mim é ter ‘Sem Parar’ no carro, pagar conta no débito automático, encher o tanque do carro, ir no mercado sem ver preço de nada. Mas a fama e o dinheiro não mudaram a gente em nada.”

Daniela em sua casa, com o cachorro de estimação, Fafá — Foto: Reprodução/Instagram
Daniela em sua casa, com o cachorro de estimação, Fafá — Foto: Reprodução/Instagram

Daniela trabalhava como diretora de uma escola pública em Itapecerica da Serra até um ano e meio atrás – quando foi convencida pelo filho a tirar uma licença, por questões de segurança. “Eram 500 alunos e 50 funcionárias. Fiquei 15 anos nessa escola, era a minha vida”, relata. “Até hoje acordo todo dia às 6 da manhã, pensando que tenho que estar na escola às 7. Poderia voltar a trabalhar daqui um ano. Daniel fala que a minha aposentadoria é ele, mas me dá uma saudade, eu amava.”

Daniel é hiperativo desde criança, diz a mãe, e não conseguia parar quieto na carteira ou fazer qualquer anotação no caderno. “Na véspera da prova, pegava o caderno da aluna mais CDF, aquele lindo, todo colorido, como eram os meus. Ele lia e passava de ano”, diz. “As professoras me chamavam para reclamar, mas eu perguntava: ele te desrespeita? E elas respondiam que não, ele era um doce.”

O MC queria ser jogador de futebol, como o irmão, e começou a faculdade de Educação Física, mas logo desistiu. Também já foi auxiliar de limpeza do restaurante Outback. “As funcionárias da escola me perguntavam como eu deixava ele trabalhar nisso. Mas hoje ele me agradece porque é o único registro que ele tem na carteira de trabalho”, conta a mãe aos risos. “E aprendeu que todo mundo merece o mesmo respeito, do lixeiro ao presidente.”

Daniel se emociona ao falar dessa experiência em diversas entrevistas. Relembra o cheiro de chorume que impregnava suas roupas, dos raros “bom-dia” que recebia dos frequentadores, e de quando, após um cliente do Outback lhe dar uma gorjeta de R$50, entrou no banheiro do restaurante e começou a chorar. Atribui a esse episódio a vontade de agora ajudar a quem pode. Em abril publicou no Instagram vídeos de um menino pedindo dinheiro no farol, no Rio de Janeiro. Daniel abre a janela do carro e oferece o valor de dois alugueis, além de levá-lo para fazer compras no mercado.

“Ele é que nem eu”, diz Daniela. “Onde tem problema, vai atrás para resolver.” Quando ainda era professora, com o dinheiro contado, aceitou que um amigo do filho fosse morar com eles. “O pai e a mãe do Felipe tinham morrido. O Daniel estava na casa dele um dia, abriu a geladeira e viu que só tinha pão e manteiga. Então veio me pedir para que o Felipe viesse morar com a gente”. Felipe Alves hoje é o DJ de Daniel. A equipe do MC é toda composta por amigos de infância. “Voltamos agora de Portugal e vê-lo ali em Aveiro tocando para 15 mil pessoas foi tão emocionante. Seria o sonho da mãe dele vê-lo assim, bem sucedido, casado, com uma filha”, conta Daniela, sem conseguir conter as lágrimas.

Por conselho da mãe, Daniel trocou Educação Física por Marketing e foi trabalhar com a banda 1 kilo, de Xamã, quem sugeriu a Daniel a carreira de artista. “Ele falou para o Dani: o carisma você já tem. Só falta aprender a cantar”, relata Daniela. Mas ao ser comunicada das vontades do filho, ela o proibiu de virar MC. “Quase desmaiei no sofá. Falei para ele que não podia, que a mamãe era da área da educação e imagina o que diriam em reunião de professor se meu filho fosse MC. Eu tinha muito preconceito com o funk’. Daniel obedeceu - e a obedece até hoje, assegura a mãe.

“Era brava na escola e em casa. Tudo tinha que estar em ordem quando eu chegasse do trabalho. Criei meus dois filhos homens para saberem cozinhar, lavar roupa, tirar o lixo”, afirma Daniela. “Você já viu que ele me chama de ‘senhora’? Nunca obriguei ele a fazer isso, mas é sinal de respeito.”

Daniela conta que o filho ficou deprimido quando não foi autorizado a seguir a carreira como MC, mas ela mudou de opinião após um dos amigos a convencer de que Daniel levaria “alegria por meio da música”. Só insistiu que o filho então estudasse música e fizesse aula de canto.

No começo da carreira, Daniel chegou a fazer oito shows por noite. “Ele chegava se arrastando em casa. Dizia ‘não posso ficar pobre’”. Foi a mãe quem fez as primeiras camisetas da equipe do MC, e o logotipo descolou já nas primeiras lavagens.

“Nem sabia o que era skincare, e ontem fiz a minha primeira limpeza de pele e uma máscara de rubi. Mas a gente não se deslumbra”, diz. Ao fim da entrevista, Daniela oferece uma carona até a portaria do condomínio: ‘Quer ir de Porsche, Defender ou BMW?’.

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