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Kristen Stewart está prevista para produzir uma minissérie de Sally Ride, a primeira física e astronauta mulher dos Estados Unidos a ir para o espaço. Ride também é considerada a primeira astronauta abertamente LGBTQIA+.
O projeto se chama The Challenger e tem como base o livro The New Guys, que conta a história de diversos astronautas que alcançaram feitos impressionantes com relação a viagem espacial. Essa é a primeira vez que Stewart fará uma série de TV.
A atriz e uma das produtoras da série Kyra Sedgwick afirmou ao portal Deadline que Stewart "leu e se apaixonou" pela história da astronauta e que passou um ano tentando enviar o livro a ela.
"Quando li sobre Sally Ride, fiquei obcecada em contar sua história. Ela era uma heroína americana que teve que esconder quem era na época. Estou ansiosa para trazer sua história para a tela", afirmou Stewart.
A série será roteirizada por Maggie Cohn, responsável por ter escrito séries como Narcos: México e American Crime Story. O seriado vai focar em Ride em meio a uma turma de astronautas de 1978 da NASA, conhecida como a primeira equipe diversa da agência (em termos de gênero, raça e etnia), e sua ida ao espaço em 1983, fato que a tornou uma heroína nacional.
Vale ressaltar que Ride não foi a primeira mulher no mundo a ir para o espaço. Esse título pertence à cosmonauta soviética Valentina Tereshkova. Em 1963, ela fez parte da tripulação da Vostok 6, a última missão espacial da União Soviética, e permaneceu por 71 horas no espaço, dando 48 voltas ao redor da Terra.
Quem foi Sally Ride, 1ª astronauta mulher dos EUA a ir ao espaço
Ride nasceu em maio de 1951 no balneário de La Jolla, na Califórnia. Se tornou em Física e Inglês na Universidade de Standford. Em 1978, concorreu com 8 mil mulheres para entrar na NASA. A agência queria recrutar o primeiro grupo de astronautas mulheres do grupo espacial norte-americano. Ela foi selecionada ao lado de Anna Fisher, Judith Resnik, Kathryn Sullivan, Shannon Lucid e Rhea Seddon.
Em 18 de junho de 1983, ela foi ao espaço a bordo do ônibus espacial Challenger para cumprir a missão STS-7, que ficou marcada na história por sua presença. A missão colocou dois satélites de comunicação em órbita pela primeira vez, além de ter concretizado experimentos farmacêuticos.
No ano seguinte integrou outra missão, a STS-41-G, em que ficou 343 horas no espaço. Ela chegou a se preparar para uma terceira missão, mas um acidente destruiu a Challenger, que foi responsável pela paralisação das missões espaciais por três anos. Em 1988, ela integrou a Comissão Rogers, que investigou a explosão do Challenger.
Em 1987, Sally Ride deixou a NASA e passou a trabalhar em seu alma mater na Universidade de Stanford, onde foi professora de Física. Também foi dirigente do Instituto Espacial da Califórnia.
No ano de 2003, Ride integrou novamente uma equipe de investigação de outro acidente de ônibus espacial da NASA, o Columbia. Desde então, ela é a única astronauta que fez parte de duas investigações da agência em toda história.
Sally Ride tinha câncer de pâncreas e morreu em decorrência da doença em 2022. Ela tinha 61 anos. Sua sexualidade foi confirmada em seu obituário, em que Tam O'Shaughnessy é referenciada sua "parceira há 27 anos". Ela foi, desde então, identificada como uma mulher lésbica. No entanto, na década de 1980, Ride foi casada com o também astronauta Steven Hawley, o que poderia fazer dela bissexual.
Em 2018, ela foi homenageada pela linha Mulheres Inspiradoras da Barbie, com um macacão da NASA e capacete de astronauta. Na mesma ocasião, também receberam homenagens a ativista Rosa Parks, a artista Frida Kahlo e a pilota Amelia Earhart.
