Parto
 


O parto sempre é algo inesquecível. Mas a emoção do momento também pode render cenas muito engraçadas. Fernanda Fiametti Rosa, 28, de Curitiba, Paraná, conheceu seu terceiro filho, Bento, hoje com 9 meses, antes do esperado e, ao ver o pequeno pela primeira vez, o nervosismo foi tanto que ela não conseguiu segurar seus comentários divertidos. "Ele tem pinto mesmo?", perguntou no vídeo viral.

Fernanda no parto de Bento — Foto: Reprodução/Instagram
Fernanda no parto de Bento — Foto: Reprodução/Instagram

"Não vou chorar dessa vez. Cara, respire bem, seja bonzinho. Vamos para você ir tomar uma teta bem gostosa", continuou. Em seguida, encostam Bento contra o rosto de Fernanda. O menino ainda não tinha sido completamente higienizado e a mãe não escondeu o que estava pensando. "Meu Deus, tudo sujo, que nojo", brincou.

Publicado no ano passado, o vídeo alcançou mais de 5 milhões de visualizações no TikTok e voltou a circular nas últimas semanas. Muitos internautas se identificaram com Fernanda. "Bem minha cara, fazer comédia no pós-parto", disse um usuário. "A anestesia e o cansaço deixam a gente doidinha", escreveu outro. "Não me canso de ver esse vídeo", comentou um terceiro.

'Em momentos em que estou ansiosa, tenho reações espontâneas'

A mãe nunca imaginava que iria viralizar, mas foi uma ótima surpresa! "Eu sempre tive um sonho de trabalhar com a mídia. Eu vi uma oportunidade para mostrar minha essência, o quanto eu sou verdadeira, o quanto eu sou espontânea e falo a verdade", conta em entrevista exclusiva à CRESCER. A sinceridade sempre foi um de seus pontos fortes. "Eu falo o que tenho que falar sem pensar duas vezes. Então, eu fiquei feliz de ter repercutido e fiquei na expectativa que as pessoas iriam se conectar comigo", afirma.

Fernanda diz que apenas recebeu medicamentos de protocolo para cesárea e anestesia local. "Eu me lembro de tudo, eu lembro do meu nervosismo, eu lembro de fazer piada com o pintinho, lembro da minha reação de falar 'que nojo', porque eles encostaram o Bento em mim e ele estava úmido e eu estava nervosa", diz. "Em momentos em que eu estou muito ansiosa, eu tenho reações extremamente espontâneas", acrescenta.

A mãe confessa que estava preocupada em ser criticada, mas queria compartilhar o momento divertido. Infelizmente, tiveram aqueles que não gostaram das falas de Fernanda. "Eu estava só sendo descontraída, mas só pegaram que estou falando 'que nojo' de um bebê recém-nascido, de algo tão delicado. Foi difícil lidar com essa parte, no primeiro mês, minha vida era cuidar do Bento e ficar na internet olhando comentários", lamenta. "As pessoas não pegaram todo o contexto do vídeo. Eu estava num momento difícil e tive uma reação espontânea", acrescenta.

ASSISTA AO VÍDEO:

Três partos emergenciais

Por trás dessa cena engraçada, na verdade, tem uma história bastante complicada. Este era seu terceiro parto emergencial, além de Bento, ela também é mãe de Aurora Cecília, 8, que nasceu de 37 semanas, e Petra Luísa, 3, que nasceu de 35 semanas gestacionais. No vídeo que viralizou, ela estava com 36 semanas de gestação, o que é considerado um parto prematuro, isto é, antes das 37 semanas de gravidez.

Foi apenas na terceira gestação que Fernanda descobriu que sofria com bolsa rota, que pode ser causada por parto prematuro, devido às contrações. Isso acontece quando a bolsa se rompe precocemente, causando a perda de líquido amniótico. Em alguns casos é possível repor o líquido e seguir com a gestação, mas, quando há risco para a mãe ou para o bebê, é necessário realizar o parto prematuramente.

Parto prematuro

"Eu tive uma gravidez extremamente tranquila, não tive alteração nenhuma nos exames laboratoriais. Mas, quando estava com cerca de 36 semanas, comecei a sentir algumas dores na barriga. Fiquei alguns dias reclamando dessa dor até que fui para o hospital", lembra. Chegando na maternidade, foi feito o exame de toque e a médica a informou que ela estava com apenas dois centímetros de dilatação e que estava tudo bem. Com isso, ela foi mandada para casa.

Mas, pouco depios, surgiram outros sintomas que a alarmaram. "Eu estava tomando banho e comecei a sentir uma sensação como se fosse fazer xixi na calça e estavam saindo algumas gotinhas. Eu achei que poderia estar com infecção urinária. Então, coloquei um absorvente e voltei para o hospital", recorda. Chegando lá, o absorvente estava completamente molhado. "A médica também achava que era infecção urinária, porque ela fazia o exame de toque e eu não estava dilatando. Ela me perguntou se eu estava sentindo alguma ardência e eu dizia que não. Eu fiquei em pé e me deram um pano para me secar, porque eu falei que eu estava ficando molhada. Em poucos segundos, o pano estava encharcado", explica.

Isso acendeu um alerta na médica e ela decidiu fazer uma cardiotocografia - exame que avalia a vitalidade do feto através da frequência cardíaca do feto e das contrações uterinas. "Falaram que eu estava tendo contrações, mas era muito estranho, porque eu não tinha dilatação, meu colo do útero estava fechadinho e espesso. Mas a médica disse que o bebê precisava nascer e ia ser prematuro", diz.

Ouvir essas palavras deixou a mãe em choque. "Foi a noite mais fria de Curitiba, eu estava muito nervosa. Eu tive outras duas filhas que nasceram por parto emergencial, então, eu tinha experiência no que estava acontecendo, mas, ao mesmo tempo, você não sabe o que vai acontecer", destaca. No meio de toda essa preocupação, ela precisou se preparar para a cesárea.

O nascimento

Em 19 de julho de 2023, Bento nasceu. "Eu pedi para o meu marido gravar, porque queria mostrar o parto para a minha irmã. No momento, eu estava tão nervosa que eu reagi fazendo piadinha, brincando. Quem me conhece sabe que eu sou muito natural e tenho essa forma de falar", explica.

Mas, o menino não teve um início de vida fácil. Logo após do nascimento, Bento teve dificuldade respiratória. "Ele ficou bem roxo, aí o médico já falou para mim que ele não ia para o quarto comigo, porque ele precisava ficar em observação. Às três horas da manhã, me avisaram que ele precisou ser internado na UTI", lembra. Felizmente, o desconforto respiratório do pequeno se estabilizou pouco depois. "Ele nasceu com 1,4 kg, então, ele precisava pegar peso. Por isso, teve que permanecer no hospital", diz.

Na manhã seguinte, o médico liberou que Fernanda o amamentasse. Então, ela revezava entre a amamentação e a alimentação por sonda para ajudar o menino a ganhar peso. "Ficamos nisso por quatro dias até que, finalmente, ele recebeu alta e voltamos para casa", finaliza.

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