Bolsas e índices

Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo


Após uma segunda-feira (24) marcada por acontecimentos importantes, a ter��a-feira (25) chega cheia de expectativas. Primeiro, porque o Banco Central do Brasil vai divulgar a ata do Copom às 8h. O documento ganha ainda mais importância porque, para quem não se lembra, foi na última reunião que a autoridade monetária encerrou, pelo menos por enquanto, o ciclo de cortes na Selic. E o dia não para por aí. Logo na sequência, às 10h, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, participa de evento e suas falas também devem atrair atenções. Ainda pela manhã, saem dados da arrecadação federal de maio e indicadores de atividade nos Estados Unidos.

O assunto, inclusive, foi tema na última ata do Copom, na qual o BC tentou os investidores ao afirmar que o colegiado estava de acordo em relação à leitura do cenário. No documento, a autoridade monetária disse que “os membros do Comitê que votaram por redução de 0,5 ponto percentual também compartilharam da percepção de aumento das incertezas internas e externas".

Além da ata do Copom, os investidores também buscarão pistas sobre o futuro dos juros nos comentários de Gabriel Galípolo, diretor do BC, em live promovida pela Warren Investimentos, a partir das 10h.

E a agenda local não para por aí. Às 10h30, saem dados da arrecadação federal de maio. A expectativa é que ela fique em R$ 202,3 bilhões, abaixo do registrado em abril, que teve montante de R$ 228,8 bilhões.

Lá fora, o dia também é cheio, especialmente nos Estados Unidos. A terça é marcada por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), como das diretoras Lisa Cook, que participa de evento às 13h de Brasília, e Michelle Bowman, que discursa às 15h15.

Além disso, às 11h saem os dados de confiança do consumidor do Conference Board, que também podem trazer pistas do que vem por aí.

Os investidores seguem em busca de pistas a respeito da força da economia norte-americana e, consequentemente, das pressões inflacionárias por lá. Afinal, para que o tão aguardado corte de juros finalmente aconteça, é preciso que o Fed entenda que a inflação está sob controle.

Gabriel Galipolo, diretor de política monetária do BC — Foto: Ana Paula Paiva/Valaor
Gabriel Galipolo, diretor de política monetária do BC — Foto: Ana Paula Paiva/Valaor
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