Fundos Imobiliários

Por Yasmim Tavares, Valor Investe — Rio


A confirmação de que a taxa básica de juros, a Selic, vai permanecer elevada por mais tempo do que o esperado chacoalhou o mercado de fundos imobiliários em junho. O IFIX, índice de referência da classe, caiu 1%, o pior desempenho desde outubro do ano passado, quando desvalorizou 1,97%. No saldo do primeiro semestre, a indústria conseguiu defender 1% de ganho, ainda sob os efeitos do ciclo de cortes nos juros. Para se ter uma ideia, o Ifix iniciou o ano renovando recordes históricos.

E foi bom até março. Desde então, tem sido ruim.

Além da mudança no cenário para os juros, que devem continuar em dois dígitos até o começo do próximo ano, o último mês do primeiro semestre também foi marcado por outras questões que jogaram contra a classe.

Sob a ótica do mercado, fica difícil para a renda variável competir com a renda fixa em um cenário de juros altos por mais tempo. Se existe a opção de investir em um ativo menos arriscado e com retorno interessante, para que se expor ao risco?

Há, portanto, menos interesse nos investimentos de maior risco. Por outro lado, os investidores passam a buscar ativos mais conservadores, geralmente indexados ao CDI ou IPCA.

No caso dos fundos imobiliários, os do segmento de “papel”, que investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), oferecem essa possibilidade. O setor é a grande aposta para o próximo semestre.

“Os fundos de recebíveis imobiliários com ativos indexados ao CDI vão se beneficiar dos juros em patamares mais elevados e, consequentemente, devem entregar rendimentos maiores”, avalia Flávio Pires, analista de fundos imobiliários do Santander.

Maria Fernanda Violatti, da XP, também acredita que esses fundos estão melhor posicionados para refletir o momento de mercado. Com a inflação pressionada e os juros altos, o segmento de papel deve trazer menos volatilidade e, portanto, mais resiliência para as carteiras de investimento.

Os fundos de “tijolo”, como são conhecidos os portfólios que investem em imóveis físicos, são mais sensíveis aos movimentos da taxa Selic. Além de perderem a preferência para os ativos indexados ao CDI, esses fundos também são impactados pela dinâmica do mercado imobiliário em contextos de juros altos.

Mas isso não significa que não existem oportunidades no segmento de tijolo, em especial para quem busca lucrar com a estratégia de ganho de capital em um horizonte de médio e longo prazos. Para este objetivo, o segmento de lajes corporativas, por exemplo, apresenta maior espaço para valorização em relação aos demais setores.

Quem ganhou e quem perdeu no 1° semestre?

  • Apesar das incertezas sobre o rumo dos fundos de tijolo nos próximos meses, foram eles que ocuparam o topo da lista de maiores valorizações no semestre. Entre os cinco melhores, quatro investem em imóveis (MFII11, HGPO11, TVRI11 e RBRP11), enquanto apenas um pertence ao segmento de recebíveis imobiliários.

  • Na ponta oposta, a lista dos fundos imobiliários com pior desempenho no semestre tem de tudo um pouco. Dois fundos são de papel (HCTR11 e VSLH11), outros dois investem em imóveis (RECT11 e XPPR11) e apenas um é do segmento híbrido, que carrega tanto fundos de recebíveis como de tijolo no portfólio (TORD11).

 — Foto: Getty Images
— Foto: Getty Images
Mais recente Próxima Juros altos por mais tempo derrubam retorno dos fundos imobiliários de ʽtijoloʼ
Mais do Valor Investe

Já o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, tem reunião com representantes do BTG Pactual

Agenda: Campos Neto participa de evento do BCE e Haddad se reúne com presidente do BB

As urnas fecharam às 20h locais (15h em Brasília) e as primeiras estimativas de participação no primeiro turno das eleições legislativas francesas indicam a menor abstenção dos últimos 40 anos

Primeiro turno de eleição legislativa na França deve impor novo castigo a Macron

Revogação foi determinada pela 10ª Vara Federal Criminal, do Rio de Janeiro, de onde foram expedidos os mandados de prisão preventiva, na ocasião da deflagração da Operação Disclosure, deflagrada na última quinta-feira (27)

Justiça do Rio revoga prisão de ex-diretora da Americanas

147 apostas chegaram bem perto e acertaram cinco dezenas. Para cada uma delas a Caixa vai pagar R$ 40.291,15

Ninguém acerta as seis dezenas da Mega-Sena 2743, e prêmio vai a R$ 120 milhões; veja números sorteados

Em nota, a defesa de Miguel Gutierrez afirma que o executivo compareceu espontaneamente ante as autoridades policiais e jurisdicionais com o fim de prestar os esclarecimentos solicitados

Ex-CEO da Americanas é solto e já está em casa em Madri

Desde que a SoutRock, antiga máster franqueadora, entrou com um pedido de recuperação judicial há alguns meses, a matriz americana da Subway havia retomado o controle da marca no Brasil

Zamp (ZAMP3) confirma que está avaliando compra de operações da Subway no Brasil

Apostas para a Mega-Sena podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio e o valor de um jogo simples é de R$ 5

Mega-Sena 2743 sorteia prêmio estimado em R$ 110 milhões hoje; veja como apostar e fazer bolão

Apenas em junho, os contratos futuros das commodities valorizaram até 6,53%

Petróleo sobe até 13,80% no semestre com expectativa de mais demanda

Junho foi o auge de uma trajetória de alta das taxas que começou em abril desse ano; relembre os seis primeiros meses dos papéis

Tesouro Direto: títulos atrelados à inflação são os queridinhos do 1º semestre

'Quem não arrisca, não petisca', já dizia o ditado. Este ano, ativos arriscados como as criptomoedas vêm trazendo retornos invejáveis enquanto o mercado de ações fica para trás

Quais os investimentos com melhores rendimentos no 1° semestre de 2024? Veja destaques