Patrícia Poeta relembrou a violência obstétrica que sofreu no parto do seu primeiro filho, Felipe, que a deixou com grandes traumas. Em uma nova entrevista, divulgada na manhã desta terça-feira (04), a apresentadora revelou os detalhes da sua experiência e fez um grande desabafo a respeito da dificuldade que teve para dar a luz ao menino.
"Tive meu filho fora do país, estava trabalhando nos Estados Unidos como correspondente internacional. Com 41 semanas, um dia fui para o hospital fazer mais um exame, daqueles que você faz quando a criança está para nascer —e dali não saí mais", disparou ao reforçar que teve a experiência de realizar dois partos para um único filho, em conversa ao Universa, do Uol.
"Foram 14 horas para que o bebê nascesse de parto normal. Coisa que não tinha chance de acontecer. Nessas horas, de cinco em cinco minutos, a dor, com o parto induzido e sem anestesia, era extrema. E, apesar de passar por tudo aquilo e pedir por medicação, nada me foi dado", acrescentou.
Patrícia Poeta revela não conseguir mais ver filmes sobre parto: 'Bloqueio'
"Depois de todas essas horas sofrendo, fui levada para uma sala de cirurgia. Começava um novo parto, no dia seguinte. Dessa vez, cesariana. Nessa hora, a sensação que tinha era de que não existia mais. Não tinha sobrado nada de mim. Sensação de não ter mais forças."
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E admitiu na sequência: "Era como se tivesse passado por uma tortura. Meu coração estava mais acelerado do que nunca. Tinha medo, muito medo de tudo que tinha vivido nas últimas horas e do que poderia acontecer."
"Tenho um trauma tão grande que até hoje não consigo ver filmes, documentários de parto. Criei uma espécie de bloqueio", concluiu.