O processo para colocar o DIU no útero costuma causar algum grau de dor — de algo rápido a um desconforto que chega a ser insuportável, a depender da pessoa. Para a maioria das pessoas, a dor se restringe a poucos minutos no consultório, mas algumas podem sentir um incômodo mais prolongado depois do procedimento.
“Nos primeiros dois dias após a inserção do DIU a pessoa pode ter um pouco mais de cólica”, atesta Larissa Cassiano, ginecologista e obstetra. “Mas algum desconforto pode acontecer nos primeiros três meses com o dispositivo. Esse período é considerado de adaptação do corpo [ao objeto].”
Cassiano informa que a dor deve ser leve, que passe com um anti-inflamatório ou analgésico. “Se o sintoma for exacerbado, como uma dor ou um sangramento intenso, é recomendável procurar uma avaliação médica”, diz a ginecologista.
Esse tipo de efeito colateral é esperado para os dois tipos de DIU: hormonal, também conhecido como Mirena, e não hormonal, os chamados DIU de cobre ou cobre com prata. Porém, o dispositivo sem hormônio costuma aumentar o fluxo menstrual e também as cólicas associadas ao período.
Tanto é que, para quem sofre com essas dores e também com fluxo intenso, o método é contraindicado. O DIU hormonal, ao contrário, pode ser benéfico para essas pessoas.
“Estima-se que 97% das pacientes param de menstruar com o Mirena e 50% com o Kyleena [outra marca]. Mesmo que a pessoa não pare de menstruar, diminui a quantidade de sangue”, diz a ginecologista e obstetra Luciana Taliberti, diretora da clínica médica Trina.