Saúde

Por Marcella Centofanti, Colaboração Para Marie Claire — São Paulo

Há seis meses, a advogada Daniela Bombini perdeu o filho Francisco, de 6 anos, que ficou famoso na internet como Super Chico. A criança, que tinha síndrome de Down e complicações de saúde, morreu no dia 6 de fevereiro. O luto recente, no entanto, foi atravessado por outro evento estressante. Em um exame de rotina, Dani descobriu que está com câncer de mama.

“Eu ainda estou superando o luto pelo falecimento do Chico. Quando recebi a notícia, fiquei cinco dias chorando na cama. Uma amiga falou para mim: ‘O duro é emendar o luto na luta’. É uma nova luta e isso é o mais difícil”, diz Dani.

Mesmo ciente de que o câncer não é uma sentença de morte e de que a chance de cura é alta quando o tumor é descoberto no começo, a advogada se sentiu amedrontada.

“Eu acho que ninguém foge do baque inicial. Depois você abstrai e vai em frente. Eu passei pela negação, pela revolta e por mil questionamentos a Deus. Aí depois você aceita, fica forte e alguma coisa te impulsiona para a frente”, afirma.

Descoberta da doença e início do tratamento

Há dez anos, Dani teve uma mastite — inflamação na glândula mamária — após amamentar a segunda filha, Beatriz. Ela sofreu com abscessos dolorosos, mas curou-se após um longo tratamento com corticoide e antibiótico. Desde então, faz exames de rotina.

No dia 12 de junho deste ano, o resultado de uma mamografia trouxe uma notícia inesperada: Bi-rads 4, indicando a possibilidade de câncer. "No mesmo dia, eu fiz o ultrassom e o médico viu quatro nódulos, dois deles com aspecto suspeito", relembra ela. Foi o início de uma jornada que a levaria ao diagnóstico de câncer de mama HER2 positivo.

O tumor, esclarece Dani, não tem nenhuma relação com a mastite pregressa.

Dani fez uma série de exames, incluindo tomografias e cintilografia óssea, para avaliar a extensão da doença e descobriu que, felizmente, não há metástase.

No dia 21 de julho, passou por uma cirurgia para colocar um cateter, que se tornaria uma via para receber a quimioterapia. Por enquanto, ela fez a primeira das seis sessões previstas para a aplicação do remédio. Ao final da quimio, será submetida a uma cirurgia.

Primeiros efeitos da quimioterapia

“Eu estou cheia de feridas e aftas na boca, como consequência da quimioterapia, que baixa a resistência. Estou com dificuldade para comer, mas não tive náusea nem enjoo”, relata. O cabelo também começou a cair.

Assim como fez com os problemas de saúde do filho, Dani está compartilhado os desafios da jornada de câncer nas redes sociais.

“Num primeiro momento, eu pensei em não divulgar essa história. Mas quando eu entendi que todo mundo já estava sabendo, decidi fazer um diário”, explica.

“Eu sempre fui muito transparente. Como eu ia aparecer careca do nada? Às vezes, tem gente passando pela mesma coisa que eu e vira uma troca. A pessoa não sabe como lidar (com o diagnóstico) e eu também estou aprendendo a lidar com tudo isso”, conta.

O significado dos acontecimentos

Apesar da avalanche emocional, Dani não se vê como vítima da situação. “Desde a época do Chico, eu aprendi isso que a gente não pergunta ‘por que’, mas ‘para que’. Eu sou uma pessoa como outra qualquer. Se as outras pessoas podem ter câncer, por que eu não posso?”, questiona.

Para a advogada, nada é por acaso: “Será que eu vou ser uma voz nessa nova causa? Talvez seja isso. É melhor pensar assim, porque isso me conforta”.

Além das mensagens de carinho dos seguidores, ela conta com o apoio da família, em especial do marido: “Essa noite eu tive um pesadelo em que eu estava careca e sozinha no mundo. Estava tudo escuro. Eu acordei de madrugada assustada e comecei a chorar muito. O meu marido acendeu a luz, me abraçou e perguntou se eu estava bem. Ele tá me dando muita força. Só que ele sofre junto comigo, tem momentos que a gente fica mais triste. Mas eu sou super otimista e animada”.

Para cultivar a esperança, Dani procura viver no presente: “O meu lema continua sendo um dia de cada vez, como era com o Chico. Se você começa a pensar muito para a frente, a cabeça dá uma pirada”.

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