Saúde

Por Marcella Centofanti, Colaboração Para Marie Claire — São Paulo

Em entrevista ao Venus Podcast, a atriz e cantora Cleo compartilhou o sofrimento que enfrentou por causa da tireoidite de Hashimoto. Ela começou o tratamento da doença autoimune durante a pandemia e, desde então, felizmente, não teve mais crises.

“Na última crise, eu tive muita letargia. Uma letargia em que sair da cama é difícil. Dói o corpo, dá falta de ar. Você sente como se tivesse uma gripe dez vezes (maior). (Tinha) dor de cabeça e só dormia, passava dois dias dormindo. Acordar para mim era um sufoco, um esforço louquíssimo”, disse ela.

O que é a tireoidite de Hashimoto?

Antes de mais nada, é preciso entender o que é a tireoide. Trata-se de uma glândula endócrina que fica localizada no pescoço, bem próxima da região que, nos homens, é conhecida como pomo-de-adão. Ela é de fundamental importância para todos nós, pois conduz o ritmo do metabolismo, por meio da produção dos hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).

Os distúrbios mais importantes associados à glândula são o hipotiroidismo (quando o seu funcionamento está lento), o hipertireoidismo (ao contrário, trabalha mais do que deveria) e os nódulos (cerca de 5 a 10% deles são câncer de tireoide).

A tireoidite de Hashimoto é, por sua vez, a principal causa de hipotireoidismo. Ela é uma doença autoimune, ou seja, por algum motivo misterioso para a ciência o próprio sistema imunológico da pessoa ataca suas células tireoidianas.

O hipotiroidismo acomete oito mulheres para cada homem e é mais prevalente entre as idosas. Estima-se que 7 a 8% da população adulta tenha a condição — é muita gente.

Ela está ligada a uma predisposição genética e também ao consumo de iodo. “O iodo é a matéria-prima do hormônio tireoidiano. Em algumas situações, a pessoa tem uma baixa ingestão (do nutriente) e, quando aumenta, desencadeia a doença autoimune”, afirma o endocrinologista Danilo Villagelin, presidente do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Outros gatilhos são infecções virais e o stress.

Quais são os sintomas da tireoidite de Hashimoto?

O médico explica que os sintomas não são da tireoide de Hashimoto em si, mas do hipotiroidismo. Entre eles, estão:

- Cansaço;
- Fraqueza;
- Desânimo,
- Falta de energia;
- Unha fraca;
- Cabelo quebradiço;
- Predisposição ao ganho de peso;
- Constipação;
- Pele seca;
- Sonolência.

O problema é que esses sintomas se confundem com queixas da maioria das pessoas. Afinal, quem hoje em dia não sente cansaço, sono e falta de energia?

Cleo também não imaginava que tinha uma doença, como contou na entrevista ao Venus Podcast: “Eu achava que era exaustão, preguiça. (Mas) não é falta de vontade. Você não tem energia”.

“Como são queixas genéricas, a gente tem que sempre lembrar que o diagnóstico do hipoteroidismo pode estar por trás delas”, diz o endocrinologista da SBEM.

Como é o diagnóstico e o tratamento da tireoidite de Hashimoto?

O diagnóstico de hipotireoidismo é feito pela dosagem dos hormônios TSH e T4 — o primeiro fica acima do valor de referência, enquanto o segundo pode estar normal ou baixo.

Outro dado importante são as dosagens dos anticorpos anti-TPO e antitireoglobulina. Trata-se de substâncias que o corpo produz e atacam a glândula tireóide.

Já o tratamento é para o hipotereoidismo. “A gente não trata a tireoidite de Hashimoto. Uma vez que a doença autoimune começou, não tem muita coisa a fazer para ela parar”, afirma Villagelin.

A terapia medicamentosa se dá por meio de um hormônio chamado levotiroxina. A dosagem será prescrita pelo médico de acordo com o peso do paciente e o grau da moléstia. A pessoa toma o fármaco em jejum e espera pelo menos 30 minutos para se alimentar.

Seguir a recomendação médica é fundamental.

Não tratar a doença ou tratá-la inadequadamente está associado a vários riscos, principalmente do ponto de vista cardiovascular, como infarto, doenças ateroscleróticas e AVC
— Danilo Villagelin, endocrinologista

Para mulheres em idade reprodutiva, há complicações também relacionadas à gestação. “Não tratar o hipotireoidismo pode ter consequências tanto para mulher quanto para o bebê, como parto prematuro, abortamento e sangramento”, afirma.

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