A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pedindo uma investigação da interrupção das cirurgias de próteses mamárias de silicone para pessoas transsexuais nos hospitais do governo de São Paulo.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, Hilton e a ativista Amanda Paschoal denunciaram que o serviço está paralizado desde 2019, de modo que, em junho de 2023, mais de um milhão de procedimentos cirúrgicos dessa natureza foram bloqueados na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.
Deputada suspeita de 'conduta transfóbica' por parte do Governo de SP
A deputada ainda levanta a suspeita de que o Governo do estado de São Paulo tenha adotado uma "conduta transfóbica", que teria sido "promovida pela Secretaria de Saúde, comandada pelo sr. Jean Gorinchteyn, por adotar uma política deliberada e planejada de gestores públicos que, com base em convicções pessoais e ideológicas, negam direitos à população trans e travesti".
Como resposta à acusação, a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo disse que a cirurgia deixou de ser oferecida por conta da paralisação das operações eletivas, causada pela pandemia do coronavírus. Os procedimentos não teriam sido retomados até então.
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Vale destacar que, desde 2013, a cirurgia em questão é um direito das população trans, presente no conjunto de serviços voltados para essa comunidade, no processo transexualizador, oferecido pelo SUS.
Até o momento, o estado de São Paulo não apresentou nenhuma previsão da retomada dessas atividades.