Claudia Sheinbaum será 8ª mulher eleita presidente na América Latina; veja lista

Atualmente, sua família é perseguida politicamente por Ortega e sua esposa, Rosario Murillo, e teve bens expropriados de nacionalidade retirada. Chamorro tem 94 anos e está exilada ao lado de alguns filhos na Costa Rica, onde recebe cuidados médicos.

Entre 1999 e 2004, Moscoso, hoje com 77 anos, foi presidente do Panam��. A produtora de café foi impulsionada pelo apoio do marido, ex-presidente Arnulfo Arias, que teve três mandatos intermitentes por sofrer golpes por parte de militares. Foi no começo de seu governo que foi instituída a soberania no território do Canal do Panamá, acabando com a ocupação dos Estados Unidos no país.

A ex-presidente de esquerda do Chile foi eleita em duas ocasiões: primeiro entre 2006 e 2010, depois entre 2014 e 2018. Bachelet, com 72 anos hoje, é uma pediatra e, durante a ditadura militar do país, foi torturada ao lado da mãe. O pai, que era militar, foi morto por se opor ao golpe do ditador Augusto Pinochet.

Bachelet foi uma alta comissária de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2018 e 2022. Sua gestão foi marcada por uma impasse frustrado em relação à gestão dos uigures, minoria muçulmana perseguida na China.

Kirchner, atualmente com 71 anos, era senadora na Argentina e foi eleita em 2007 (substituindo seu marido, Néstor Kirchner) e reeleita em 2011, tornando-se a figura política argentina mais conhecida e influente globalmente. Em 2019, tornou-se vice do então presidente peronista Alberto Fernández, o que é tido como um dos motivos pelo qual ele conseguiu tanto apoio. Kirchner é investigada em diversos casos de corrupção.

A social-democrata era vice, mas eleita à presidência da Costa Rica em 2010 para um mandato de quatro anos. Já tinha bagagem como ministra da Segurança Pública e da Justiça. Hoje com 65 anos, integrou a ala da política tradicional e mais conservadora do país nas pautas de costume. Por exemplo, era contra o casamento homoafetivo e o direito ao aborto.

A economista de 76 anos foi a primeira presidente mulher do Brasil, além de ter sido ministra de Minas e Energia e da Casa Civil. Nome indicado pelo presidente Lula, venceu as eleições de 2010 e foi reeleita em 2014, mas deixou a presidência em 2016 após ser acusado de pedaladas fiscais e ter o mandato interrompido por um processo de impeachment. Antes da política institucional, lutou contra a ditadura militar, chegou a ser presa e torturada. Em 2023, tornou-se presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, do Brics.

Atual presidente de Honduras com 64 anos, tomou posse em 2022 com apoio do ex-presidente Manuel Zelaya, seu marido, que foi deposto em 2009 por um golpe de Estado. Zelaya chegou a ficar refugiado por quatro meses na embaixada do Brasil.

No último domingo (2), as projeções oficiais já declararam Sheinbaum vencedora das eleições no México. Com previsão de assumir o cargo em 1º de outubro, é física, tem 61 anos e a bênção do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador. Também chefiou o governo da capital da Cidade do México.