Da estética boho ao 'flop': por que estamos falando menos dos looks do Coachella?

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Além disso, como era de se esperar de um evento lotado de ricos e famosos, tudo lá é sinônimo de luxo e status, começando pelos ingressos caros e as comidas e bebidas superfaturadas. Porém, apesar de o Coachella ter todo o apelo possível para ser um sucesso, como foi nos últimos anos, alguns usuários nas redes sociais vêm apontando que, neste ano, a coisa “flopou”. E a exaustão da "estética Coachella" tem uma pontinha de influência nisso.

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Chapéus de cowboy, franjas, tops de crochê, brincos de pena e botas western são algumas das peças mais vistas pelo imenso gramado do festival. Antes da pandemia, aliás, um dos maiores ícones que tinha presença garantida por lá (e compunha os looks exatamente assim) era a atriz Vanessa Hudgens, a “Rainha do Coachella”, como já foi chamada nas redes.

Kylie e Kendall Jenner, Gigi Hadid e Hailey Bieber também eram alguns dos rostos conhecidos que sempre apareciam por lá e viralizavam internet afora com estilos despojados e alternativos, cabelos coloridos e maquiagens inusitadas.

No entanto, a popularização e paixão pelo que podemos chamar de “Coachella-core” pode ter sido um tiro no pé porque, no fim das contas, tudo ficou muito repetido. Explicamos.

A repetição e cópia dos looks tão usados pelas influenciadoras e celebridades fez com que a estética do festival, que tanto dissemina a individualidade e a liberdade, se tornasse quase que uma fantasia.

Se antes o Coachella era sinônimo de expressão e inovação, agora, esses “códigos de vestimenta” não oficiais do evento se tornaram uma fórmula pronta e repetitiva, que não evolui desde 2017.

Usuários no X (antigo Twitter) têm feito comentários como “Você teria que me pagar para ir” e “As pessoas estão lá por status, não pela música”. Isso porque, além da imagem “alternativa” vinculada ao festival ter se tornado cansativa, os ingressos têm preços em torno de $500, equivalente a R$2.545, e um drink pode chegar a $25, ou R$127.

Tudo saturou e fato é que, desde 2012, essa é a primeira vez que os antes disputadíssimos ingressos não esgotaram.

Bem, é claro que as pessoas continuam indo ao festival. E claro que gostam de se arrumar para o evento. Como isso poderia se refletir na moda, então? Por aqui, pensamos que é na pluralidade dos estilos.

Para além do boho, é possível ter lugar para o streetwear, para looks esportivos e para os jeans. De tudo isso, fica a ideia de que o conforto também deveria ser o primeiro critério para se vestir para um evento que dura um dia inteiro. O importante, afinal, é se divertir.