Rita Lee: entenda o câncer de pulmão que a cantora vinha tratando

Câncer é o quarto mais comum entre as mulheres no Brasil. Quando diagnosticado em estágio inicial (apenas 16% dos casos), a doença tem taxa de sobrevida de 56%

Por Colaboração para Marie Claire


A cantora Rita Lee Reprodução/Instagram

A cantora Rita Lee, 75 anos, foi internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (24). A artista passava por tratamento contra um câncer de pulmão desde 2021 e, recentemente, foi anunciada a remissão de seu quadro --estado considerado o mais próximo possível da cura de um câncer.

Fontes do hospital garantem que a internação não foi feita às pressas e, por meio do Instagram, seu marido, Roberto de Carvalho, afirmou que "como qualquer pessoa que passou ou passa por tratamento oncológico, internações para exames e avaliações podem ser necessárias. A família agradece o carinho, certa do respeito à privacidade, como estabelecido desde o início".

Câncer de pulmão: por que é tão comum no Brasil?

No país, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto mais comum entre as mulheres, com estimativa de 32.560 novos casos em 2023, sendo 18.020 entre homens e 14.540 em mulheres.

Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer apontam que, em 2020, foram registradas 28.620 mortes por câncer de pulmão no Brasil.

Quando diagnosticado em estágio inicial (apenas 16% dos casos), a doença tem taxa de sobrevida de 56% (pacientes vivos após cinco anos do início do tratamento).

Sintomas e fatores de risco para o câncer de pulmão

Os sintomas desse tipo de câncer costumam aparecer conforme a doença avança, especialmente em casos mais graves. Os sinais podem incluir tosse com ou sem expectoração mucosa e sangue, rouquidão, dor no corpo, perda de apetite, perda de peso inexplicada e falta de ar.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. O cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão.

Outros fatores de risco mais raros, aponta a OMS (Organização Mundial da Saúde), são infecções crônicas (mais relevantes países de baixa e média renda). Aproximadamente 15% dos cânceres diagnosticados em 2012 foram atribuídos a infecções carcinogênicas, entre elas helicobacter pylori, papilomavírus humano (HPV), os vírus de hepatite B e hepatite C, bem como o vírus Epstein-Barr.

Os vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (VHC) e alguns tipos de papilomavírus humano (HPV) aumentam o risco de câncer no fígado e no colo do útero, respectivamente. A infecção por HIV aumenta substancialmente o risco de câncer (como o câncer do colo do útero, por exemplo).

Tratamento do câncer de pulmão

O tratamento para o câncer de pulmão, a depender de cada quadro, pode abarcar uma ou mais modalidades, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

"Determinar os objetivos do tratamento e dos cuidados paliativos é um passo importante, e os serviços de saúde devem estar integrados e centrados nas pessoas. O objetivo principal é curar o câncer ou prolongar a vida do paciente de forma considerável. Outro objetivo importante é melhorar a qualidade de vida do paciente por meio de cuidados paliativos e apoio psicológico", aponta o informe da OMS.

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