Debora Ozório, de 'Terra e Paixão', se abre sobre personagem com vício em remédios: ‘Muito sofrimento sempre’

Na trama das 21h de Walcyr Carrasco, ela interpreta uma jovem com depressão e com vício em calmantes e, para se preparar para dar vida à personagem, fez muitas descobertas nas suas pesquisas em livros, filmes, séries, documentários e pessoas que vivem essa mesma realidade. “Todo universo da Petra é novo”, conta em entrevista à Marie Claire.

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Abordar uma doença que aflige tantas pessoas, e que ainda é pouco comentada, em horário nobre na TV aberta, dá visibilidade ao problema e possibilita que o público compreenda melhor o vício, “que muitas vezes pode parecer algo meio normal, por se tratar de drogas lícitas. Mas há muito sofrimento sempre, para os dependentes e seus familiares”, explica.

“Recebo mensagens de identificação e também recebo mensagens de pessoas que não entendem essa realidade. É um misto. Acho um barato! Esse é o intuito, levantar os questionamentos e abrir o diálogo”, afirma.

Os problemas de saúde não são o único tema que envolve a personagem de Debora na trama. Petra também está sendo enganada pelo italiano Luigi (Rainer Cadete), um golpista que está interessado no dinheiro da família da agrônoma. “É muito comum hoje em dia a troca através da internet. Muitas pessoas se adaptaram a esse meio de comunicação. A gente vê muitas situações perigosas e ilusórias. É preciso realmente tomar cuidado e fazer de forma segura sempre, seja na internet ou não. A internet só amplia as possibilidades. Acho bacana ver também quem encontrou um grande amor, que são os relatos que mais recebo. Como tudo na vida, nada tem só um lado”.

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Com o desafio de interpretar Petra, que dificilmente está sóbria na trama, junto também da experiência de viver Dora, de Filhas de Eva, que discutiu os obstáculos enfrentados por mulheres em diferentes gerações, e a operária Olívia, de Além da Ilusão, líder dos funcionários em busca de melhores condições de trabalho nos anos de 1940, ela acumula no currículo papéis de mulheres de personalidades distintas em busca do que consideram liberdade.

“[Essas personagens] enriquecem meu trabalho com a oportunidade de mostrar diferentes personalidades, diferentes construções, trazendo assuntos interessantes, atuais e envolvendo o público. Sou muito feliz com minha trajetória e desejo mais. Quero viver muitas mais. Diferentes, reais e cada uma com sua particularidade. Como é a vida”, completou.