Comportamento

Por Jaquelini Cornachioni — São Paulo

Qual foi a última vez que você questionou o seu estilo de vida e a sua relação com as redes sociais? Recentemente, o assunto veio à tona após Bianca Andrade, empresária e influenciadora com mais de 18 milhões de seguidores apenas no Instagram, decidir passar um mês afastada da internet para cuidar da saúde física e mental.

Em uma breve pesquisa no YouTube, é possível notar que essa discussão não é recente. Nos Estados Unidos, o canal de Ashton Womack ganhou destaque após a americana decidir abandonar o seu smartphone e voltar a usar um "dumb phone", termo em inglês que pode ser traduzido como "telefone burro", usado para descrever celulares antigos, sem recursos como o acesso à internet. Para ela, o maior benefício listado é a redução do tempo de tela, o que a faz viver com mais intensidade fora das redes sociais.

Mas não é preciso aposentar o seu celular de última geração para aderir ao minimalismo digital, e Maria Clara, dona do canal Desfrutando a Vida, é a prova disso. Em seu vídeo chamado Minimalismo Digital: a vida fora das redes sociais, ela comenta sobre a importância de usar a internet com responsabilidade.

“O celular, em si, é um objeto que já faz parte de nós. Seja quando saímos de casa, ou quando vamos fazer qualquer coisa, o celular está sempre em nossas mãos. A ideia de fazer o vídeo sobre isso surgiu após eu me assustar com dados que mostravam a quantidade de horas que os brasileiros passam em redes sociais. O problema disso é que, às vezes, vivemos tanto no mundo virtual, que esquecemos da beleza do real e até deixamos de desfrutar a vida com pessoas que amamos. O minimalismo virtual vem como um alerta para vivermos o hoje”, começa Maria Clara, que adotou o minimalismo como um estilo de vida há cinco anos, após fazer um TCC sobre o assunto na faculdade de rádio e TV.

De acordo com um levantamento da empresa NordVPN sobre os hábitos digitais dos brasileiros, os internautas passam mais de 41 anos na internet, o que equivale a 54% do tempo de vida médio da população. O estudo, feito em janeiro de 2022, apontou que, em média, as pessoas começam a se conectar às 8h33 da manhã e só se desconectam às 22h13.

“As redes sociais não são totalmente maléficas, então, não podemos demonizá-las. Mas o perigo existe, por isso é tão importante buscarmos boas referências, algo que não nos cause tantas comparações. Precisamos conviver melhor com o virtual”, continua a influenciadora.

Maria Clara comenta sobre relação com as redes sociais: 'Às vezes vivemos tanto no mundo virtual, que esquecemos da beleza do real'  — Foto: Reprodução / Instagram
Maria Clara comenta sobre relação com as redes sociais: 'Às vezes vivemos tanto no mundo virtual, que esquecemos da beleza do real' — Foto: Reprodução / Instagram

O mundo virtual não pode ser o único

De acordo com a psicóloga Jaqueline Reis, as redes sociais podem ter um impacto negativo na saúde mental caso haja excesso no tempo de uso. “Todo excesso esconde uma falta. Esses danos psíquicos geram ansiedade, tristeza, baixa autoestima, distorção da autoimagem, angústia e depressão."

“Alguns exemplos de danos psíquicos são: comparação e insatisfação com a própria vida, já que as redes sociais mostram uma versão idealizada das pessoas; dependência e vício pelo desejo incontrolável de verificar as curtidas e responder comentários, o que causa ansiedade e estresse; prejuízo pessoal, podendo levar o indivíduo a negligenciar atividades importantes como trabalho, estudos e as relações interpessoais em detrimento ao virtual e a constante sensação de estar perdendo alguma coisa importante, caso não esteja conectado”, alerta a psicóloga.

Maria Clara usa alguns recursos para evitar que as redes dominem a sua rotina, um deles é desativar as notificações do Instagram e de outras plataformas. “Também estabeleço o tempo que vou ficar no celular. Tem vezes que começamos a rolar no feed e perdemos o dia só nisso.”

Jaqueline Reis ainda sugere atenção a outros detalhes. “O mundo está hiperconectado. Temos que perceber se estamos usando a internet como rota de fuga e válvula de escape. Se a resposta for sim, é uma boa ideia fazer um detox.”

A psicóloga alerta para outro problema do excesso de uso das redes sociais: “A pessoa perde o controle se tornando dependente, levando até mesmo ao isolamento social. Existe um paradoxo curioso: ficamos exaustos por estarmos em conexão com várias pessoas simultaneamente, mas nos sentimos sozinhos, vazios e isolados no final do dia. Nada substitui o contato físico. O mundo virtual é só mais uma ferramenta de comunicação, mas não pode ser a única. Equilibrar o real com o virtual é o desafio para preservarmos a nossa saúde mental”, finaliza Jaqueline.

'O minimalismo é nadar contra a corrente'

Maria Clara criou o canal no YouTube quando ainda não era minimalista, mas foi o seu novo estilo de vida que chamou a atenção do público, que hoje soma cerca de 100 mil pessoas acompanhando seus vídeos.

“A primeira coisa que fiz foi praticar o desapego, e comecei com roupas e calçados. Doei e vendi tudo o que não fazia sentido estar ali. Fui levando o minimalismo também para outras áreas, que vão além de coisas materiais. Não entra mais na minha vida aquilo que não cabe, que não tem reciprocidade.”

Criar conteúdo sobre minimalismo em uma sociedade que preza por vídeos curtos e informações rápidas é o maior desafio enfrentado por Maria Clara. “Falar sobre o minimalismo é nadar contra a corrente, mas é gratificante também. Acredito que, se eu comentasse sobre compras e consumo, o canal estaria maior, mas cada um é cada um. O importante é nos perguntarmos: por qual motivo eu sigo essa influenciadora? Esse conteúdo está alinhado com o que me faz bem?”

A influenciadora finaliza com dicas para quem deseja seguir o minimalismo, tanto na vida como nas redes sociais. “Comece sem cobranças. Em relação às redes, filtre aquilo que de fato faz sentido para você. No geral, evite colocar tantas regras e tenha calma com essas mudanças. Muitos minimalistas dizem que, para ser minimalista, você precisa ter duas calças e morar em uma tiny house, e não é assim. Mas esse estilo de vida pode ser a ferramenta para uma vida mais leve.”

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