Saúde & bem-estar
 


Novo estudo revelou mais um benefício da vacina contra a covid-19 para as grávidas. A vacinação durante a gestação pode diminuir as chances de parto prematuro e natimorto, segundo um estudo publicado em março na revista médica Journal of Clinical Medicine. A pesquisa também mostrou que existe um risco maior de óbito fetal e parto prematuro quando a infecção ocorreu na primeira metade da gravidez, chamando atenção para a importância do acompanhamento obstétrico e da imunização.

Vacinação em grávidas — Foto: Crescer
Vacinação em grávidas — Foto: Crescer

Além disso, a pesquisa revelou que a presença de sintomas leves parece ter pouca relevância, por outro lado, casos sintomáticos graves que necessitam de tratamento e hospitalização são fatores de risco significativos para parto prematuro e natimorto. Estas complicações também foram mais observadas durante as ondas das variantes Alpha e Delta em comparação à Ômicron.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram dados coletados de mais de 8 mil mulheres da Alemanha e Áustria que contraíram o coronavírus em qualquer momento da gravidez, entre abril de 2020 até dezembro de 2022. Deste grupo, 26,8% das gestantes estavam vacinadas contra a covid-19 no momento da infecção.

Risco de natimorte

No total, 70 pacientes (0,87%) tiveram natimorto após 20 semanas de gestação. Mas, nas mulheres vacinadas, a taxa de óbito fetal foi quase metade em comparação ao grupo não vacinado: 0,51% contra 1,04%. Além disso, houve uma diferença em relação ao momento da gravidez em que a mulher contraiu o vírus. A taxa de natimortos foi mais elevada nos casos em que a gestante foi infectada no início da gravidez (1,47%) em comparação com uma infecção no terceiro trimestre (0,49%).

"A gestante tem cerca de três a quatro vezes mais chance de desenvolvimento para formas graves de covid-19 quando se compara risco de morte, complicação e adoecimento numa mulher grávida com uma mulher não grávida. Isso porque as mulheres têm mais restrição no uso de medicamentos durante a gravidez e é mais difícil manejar uma insuficiência respiratória. Assim, existem muito mais desfechos desfavoráveis às gestantes do que não gestantes", explica Renato Kfouri, pediatra neonatologista e infectologista, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e colunista da CRESCER. "Além disso, as infecções são capazes de desencadear abortamento no início da gestação ou óbito fetal na segunda metade da gravidez", acrescenta.

Risco de parto prematuro

No total, 835 gestantes (10,39%) tiveram parto prematuro, isto é, deram à luz antes das 37 semanas. Os pesquisadores fizeram uma divisão entre "parto prematuro precoce" - antes as 32 semanas - que correspondeu a 165 (2,05%) dos partos, e "parto prematuro tardio" - entre 32 e 36 semanas gestacionais, que correspondeu a 670 (8,43%) dos casos.

As gestantes vacinadas representaram apenas 1,25% dos partos prematuros precoces e 6,54% dos partos prematuros tardios. Já em relação às não vacinadas, mais que o dobro teve parto prematuro antes das 32 semanas (2,66%) e 9,43% deram à luz entre a 32ª e a 36ª semana de gestação.

No caso de infecção no início da gravidez, a taxa de parto prematuro antes de 32 semanas foi maior: 3,63% contra 1,05% das mulheres que contraíram o vírus no final da gestação. Por outro lado, nos casos de infecção tardia, a taxa de parto prematuro entre 32 e 36 semanas foi maior: 9,32% comparado a 6,80% após infecção no começo da gravidez.

"As infecções em geral provocam uma inflamação sistêmica, o que pode alterar a circulação placentária. Isso pode contribuir para um descolamento da placenta, um sangramento ou uma contração uterina precoce que leva ao trabalho de parto prematuro", esclarece Kfouri.

Diferenças entre as variantes

A taxa de natimortos foi maior durante os períodos Alfa (que surgiu em setembro de 2020) e Delta (outubro de 2020): 1,56% em ambos os períodos, quase três vezes maior do que durante a onda da Ômicron (novembro de 2021), que correspondeu a 0,53% dos casos.

Em relação ao parto, a taxa de mulheres que deram à luz antes das 32 semanas foi maior entre as infectadas no período Alfa e Delta: 3,13% e 3,44% contra 1,39% durante o período Ômicron. Mas a taxa de gestantes que deram à luz entre a 32ª e a 36ª semanas gestacionais foi mais baixa durante o período Ômicron, com 7,35%, em comparação às ondas Alfa e Delta, 9,40% e 8,56%, respectivamente.

Mas, para Renato Kfouri, isso não indica que uma variante é mais preocupante que outra. "Provavelmente o que faz com que as grávidas tenham quadros menos graves é a vacinação. As variantes Alfa e Delta surgiram mais no início da pandemia, quando as vacinas ainda não estavam liberadas para as gestantes em alguns países. Hoje em dia, temos casos menos graves porque as pessoas já contraíram o vírus antes e têm várias doses de vacina no organismo, o que chamamos de imunidade híbrida", afirma o infectologista. "O estudo confirma os riscos que já conhecemos e reforça a importância da vacinação das gestantes", finaliza.

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