Saúde & bem-estar
 


Muitas mulheres suspeitam que estão grávidas já nas primeiras semanas por conta dos sinais que o corpo transmite — seja mamas doloridas e mais sensíveis, ausência da menstruação, enjoos... Mas também não é difícil ouvir histórias de mães que só descobriram que estavam esperando um bebê na hora de dar à luz. Esses relatos costumam causar estranheza e até desconfiança. Afinal, será que isso é mesmo possível? Sim, acredite, pode acontecer!

Elas não sabiam que estavam prestes a dar à luz, e nem o corpo deu sinais! — Foto: Arquivo pessoal
Elas não sabiam que estavam prestes a dar à luz, e nem o corpo deu sinais! — Foto: Arquivo pessoal

Apesar de raro, esse fenômeno é conhecido como "gravidez silenciosa" e geralmente não tem apenas uma causa, mas uma série de fatores que atuam em conjunto e tornam mais difícil identificar uma gestação. Reunimos o relato de cinco mulheres que passaram por isso e contaram com exclusividade à CRESCER todos os detalhes. Confira!

1. Enfermeira descobre gravidez com 37 semanas: "Fiquei em estado de choque"

Priscila com o marido e a filha (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer
Priscila com o marido e a filha (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer

A enfermeira Priscila Lima, de Campinas, no interior de São Paulo, levou um grande susto: sem planejar e sem suspeitar, descobriu que teria uma filha. Poderia ser mais um anúncio de gravidez, se ela não estivesse grávida de 37 semanas! "Eu fazia uso de medicação para não engravidar há 5 anos. Por isso, não menstruava. Tinha uma rotina super agitada com trabalho, treino, cuidados com a casa, enfim", lembra.

"Em um domingo de folga, meu marido e eu decidimos almoçar fora. Coloquei um jeans que, desde o inicio da pandemia, não havia mais usado e notei que ficou um pouco apertado, mas nada que me impedisse de usá-lo. Já no restaurante, almoçamos e a calça começou me apertar muito, tanto que fui obrigada a abrir o botão e o zíper, mas seguimos nosso almoço. Chegando em casa, ao me olhar no espelho, notei que minha barriga estava imensa. Foi quando surgiu a dúvida: será que estou grávida ou gorda? Em comum acordo com meu esposo, no dia seguinte compraria um teste de gravidez", lembra.

O teste deu positivo e, na semana seguinte, ela já iniciou o pré-natal. No entanto, na primeira consulta, veio a surpresa: pela medida da altura uterina, o médico disse que ela deveria estar com 27 semanas. Mas depois de alguns exames, veio o choque. "Na manhã seguinte, quando deitei na maca para fazer a ultrassonografia, o médico que estava realizando o exame disse: 'Você já veio para ganhar mulher. Está de 36 semanas e 5 dias. É uma meninona.' A partir desse momento, só tenho a memória sonora. Fiquei em estado de choque. Saí da clinica, entrei no meu carro e lá permaneci por quase uma hora, parada, tentando lembrar o caminho de casa. Chorei, dei risada, fiquei sem saber o que fazer", conta.

Confira o desfecho dessa história que aconteceu em 2020, clicando aqui.

2. Mãe descobre gravidez menos de 3 horas antes de dar à luz, em SP

Maria Luiza e Davi — Foto: Arquivo pessoal
Maria Luiza e Davi — Foto: Arquivo pessoal

A auxiliar de recursos humanos Maria Luiza Cassiano Lopes, de Monte Azul Paulista, interior de São Paulo, sempre quis ser mãe, mas não imaginava que a maternidade chegaria de uma forma tão inesperada. No início de fevereiro de 2022, ela sentiu fortes cólicas e, após chegar à emergência do hospital, recebeu a notícia surpreendente que estava grávida e mais — seu bebê estava prestes a nascer.

O pequeno Davi chegou ao mundo pouco tempo depois, com 2,950 kg, 49 centímetros e uma curiosa história para contar no futuro. "Tenho uma gratidão enorme à Deus, pois renasci quando ele nasceu! Ele é meu milagre. Agradeço todos os dias pela nossa vida!", disse ela.

Confira, aqui, o relato completo que a mãe concedeu à CRESCER.

3. Com cólica, mulher vai para emergência e descobre que estava tendo bebê, no RJ

Letícia, a filha Analu e o "bebê surpresa" Asafe (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer
Letícia, a filha Analu e o "bebê surpresa" Asafe (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer

No início de junho de 2022, ao sentir fortes dores abdominais, Leticia Senna, de São Gonçalo, Rio de Janeiro, procurou atendimento médico. Acompanhada da mãe, a jovem, na época com 26 anos, teve uma das maiores surpresas da sua vida ao descobrir que, na verdade, estava em trabalho de parto. “Eu não tinha barriga, pesava 54 kg, usava calça tamanho 36, não conseguia acreditar que o que eu estava sentindo eram contrações”, conta. “Nos últimos meses, minha menstruação havia descido normalmente", continuou.

Nas semanas antes de dar à luz, Letícia havia atribuído as pequenas mudanças que notou no corpo, como o alargamento do quadril, a consequências da cesárea da primogênita Analu, que estava com 1 ano e 2 meses. As fotos da mãe apenas cinco dias antes de dar à luz são impressionantes!

Confira mais detalhes dessa história, clicando aqui.

4. "Entrei no hospital com suspeita de apendicite e saí com um bebê", diz mãe de SP

Laura tinha 20 anos quando deu à luz sua filha — Foto: Arquivo pessoal
Laura tinha 20 anos quando deu à luz sua filha — Foto: Arquivo pessoal

Em 2019, com 20 anos, a criadora de conteúdo Laura Campos contou que passou os nove meses de gestação indo para festas, bebendo e viajando, sem suspeitar de que estava grávida. "A culpa por não ter desconfiado de nada até hoje me persegue", admite. Ela havia acabado de terminar o colégio, estava prestando vestibular e se preparando para morar a 200 km de casa, para cursar Biologia Marinha. A mudança de vida que ela tanto esperava realmente veio, mas não exatamente da forma como imaginava e planejava. No dia 12 de dezembro, ela deu entrada no hospital com suspeita de apendicite, e saiu de lá com um bebê nos braços.

"Achei que tinham errado meu diagnóstico. Sentia uma dor muito forte na barriga, que ia e voltava, pensei que era apendicite. Mas aí fizeram o exame de toque e me falaram não só que eu estava grávida, mas como também estava já em trabalho de parto", disse. "Na hora, eu estava com tanta dor, que nem assimilei o que estava acontecendo. Na verdade, minha ficha só foi cair depois de alguns meses, quando finalmente entendi que aquilo realmente tinha acontecido, que agora eu tinha um bebê e que passei 9 meses gerando uma vida sem ter nenhum sintoma", diz.

Ela, que é de Americana, São Paulo, contou todos os detalhes dessa história em uma entrevista exclusiva à CRESCER. Confira aqui.

5. Dor nas costas era, na verdade, trabalho de parto prematuro, no ES

Andreia descobriu a gravidez já em trabalho de parto (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer
Andreia descobriu a gravidez já em trabalho de parto (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer

Quando Andreia Schulz Jacobsen, de Colatina, Espírito Santo, procurou por atendimento médico no pronto socorro, não imaginou que seus sintomas estavam ligados à uma gravidez. "Estava com dores nas costas e na barriga", lembra. Ela foi medicada e mandada para casa. "Cheguei em casa ainda sentindo muitas dores. Fui ao banheiro e, quando levantei, vi que estava sangrando e disse: 'Estou tendo um bebê ou abortando'", conta.

Andreia, que já tinha dois filhos, disse que, na hora, o sentimento foi de espanto. Imediatamente, ela foi até o hispital e a pequena Ísis nasceu apenas 10 minutos depois. "Não deu tempo nem de subir para a sala de pré-parto. Fiquei tão desesperada porque nunca pensei que eu estivesse grávida. Não senti nada", admite.

A menina nasceu prematura, com apenas 33 semanas. Clique aqui para saber como foi esse parto.

O que é gravidez silenciosa?

A gravidez silenciosa é um evento raro e ocorre quando a mulher não percebe que está grávida até o último trimestre da gravidez ou até o momento do parto. De acordo com estudos recentes, 1 a cada 500 gestantes pode não ter sintomas de gestação até a 20ª semana (5º mês de gravidez), e 1 em cada 2500 gestantes não tem nenhum sintoma ou alteração até o nascimento.

Diversos fatores podem impedir que a mulher perceba as mudanças da gestação no corpo ao longo das semanas:

Medo e estresse: Nem todas as gestações são planejadas e, muitas vezes, a negação pode ser um mecanismo psicológico de defesa em uma situação indesejada. Isso pode fazer com que a mulher dê, até inconscientemente, outras explicações para sintomas que está apresentando. Movimentos no abdômen podem ser gases, o ganho de peso pode ser causado pela alimentação inadequada e assim por diante... A realidade pode se tornar inegável só no momento do parto.

Sobrepeso ou obesidade: A gravidez silenciosa atinge com mais frequência mulheres que estão acima do peso, pois a gordura abdominal dificulta a percepção do aumento da barriga ao longo dos meses. Muitas mulheres também costumam passar por ciclos de ganho e perda de peso, conhecido popularmente como efeito sanfona, o que possibilita outras justificativas, além da gestação, para as alterações na balança. A gordura visceral pode também “amortecer” os movimentos do bebê, tornando-os menos perceptíveis.

Sintomas não específicos: Se forem leves, sinais físicos como enjoos matinais, aumento da frequência urinária, azia, dores nas costas e cansaço podem passar despercebidos ou serem atribuídos a outras causas.

Menstruação irregular: O uso irregular e/ou contínuo de pílulas anticoncepcionais pode fazer com que a mulher não estranhe a ausência de menstruação. Outras condições como a síndrome dos ovários policísticos, estresse crônico e desordens alimentares, como a anorexia e compulsão, podem levar a irregularidades e falhas no ciclo menstrual, que podem resultar na ausência de sangramento por — o que também confunde as mulheres.

Pequenos sangramentos durante a gestação: Principalmente no primeiro trimestre, sangramentos de implantação do embrião no útero da mãe — chamado de nidação — podem ser confundidos com menstruação. Já ao longo da gravidez pode ocorrer o rompimento de pequenos vasos do colo do útero, provocando sangramentos que as mulheres também podem acreditar se tratar do período menstrual.

Perimenopausa e diagnóstico de infertilidade: A perimenopausa, período de transição entre a idade fértil e a menopausa, causa menstruação irregular. Mulheres nessa fase podem atribuir os sintomas da gravidez silenciosa à chegada da menopausa. Já mulheres que receberam algum diagnóstico de infertilidade impreciso anteriormente podem ser mais resistentes a aceitar a gestação.

Posicionamentos incomuns do bebê e da placenta: Quando a placenta — órgão que faz as trocas de oxigênio, nutrição e imunização entre a mãe e bebê — está na parte frontal do abdômen, os movimentos do feto podem ser mais difíceis de perceber. Já se o bebê estiver com as costas voltadas para o umbigo da mãe, seus braços e pernas estarão virados para trás. Então, quando o pequeno se movimenta, não há pressão na musculatura abdominal e, sim, uma sensação suave na lombar, que pode ser difícil de identificar.

Fontes: Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa (SP), Membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein e Marcelo Nunes dos Santos, ginecologista e obstetra e coordenador médico da Maternidade São Luiz Star (SP).

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