• Depoimento à Aline Dini
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Luana Barreto com o filho Noah (Foto: Arquivo Pessoal)

Luana Barreto com o filho Noah (Foto: Arquivo Pessoal)

Sabe aquela intuição materna que liga um alerta dentro de nós quando percebemos que algo não vai bem com nossos filhos? Pois foi essa “voz interior” que a palestrante Luana Barreto, 35, mãe de Luah, 3 anos, e Noah 2 meses decidiu escutar quando o caçula estava com 50 dias de vida e começou a ter dificuldade para respirar. “Mesmo após passar com dois pediatras de hospitais particulares diferentes, em São Paulo, e ouvir deles que meu bebê não tinha nada continuei desconfiada que algo estava errado”, contou. A desconfiança veio depois de um dia inteiro de choro do pequeno Noah, que raramente tinha esse comportamento. A partir dali a mãe notou que ele realmente estava bem cansadinho, apesar de não ter febre nem coriza.

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De volta ao hospital (este era o terceiro) o bebê foi rapidamente diagnosticado com bronquiolite causada pelo vírus VSR, num estado de insuficiência respiratória aguda. O caso aconteceu em abril passado, na mesma semana que houve o aumento de casos de doença respiratória em bebês com bronquiolite, causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), e que levou hospitais infantis particulares da capital paulista a funcionarem com a capacidade máxima. “Meu filho foi direto para a emergência receber oxigênio. Só que mesmo depois de 3 dias na UTI recebendo a ventilação mecânica ele ainda fazia esforço para respirar. Foi quando os médicos decidiram entuba-lo. Ver um bebezinho nessa situação não é fácil, mas de certa forma, fiquei mais calma em saber que ele não estava mais se esforçando tanto”, desabafa a mãe. Após duas semanas no hospital Noah teve alta.

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A “teimosia” de Luana, que já tinha um pouco mais de experiência por conta da primeira filha,  reforçou a velha frase “ninguém conhece melhor o filho do que a mãe”. “Se eu não tivesse passado pela experiência da maternidade antes, jamais teria voltado pela terceira vez a um hospital. Certamente eu acreditaria na primeira opinião médica”, diz.

Aceita uma música?
Foi essa a pergunta que os cantores voluntários do hospital em que Noah estava internado fizeram ao abrirem porta do quarto onde o pequeno estava. Surpresa, a mãe aceitou que o casal, com um violão em mãos, tocasse e cantasse uma música. “Alecrim”, a famosa cantiga popular, foi a escolhida pelos cantores. “Meu bebê estava com um sorriso lindo neste dia. Ele estava realmente bem e em paz. Na mesma hora aquela energia carregada da preocupação e do ambiente hospitalar foi embora. E o mais bacana foi que o casal de voluntários cantou justamente a música que eu canto todo dia para o Noah. Isso foi muito marcante para mim”, diz.

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