Renato Kfouri - Saúde infantil 360º

Por Renato Kfouri

Renato Kfouri é pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mestre pela UNIFESP

 


Se perguntarmos a qualquer mulher grávida do que ela seria capaz para proteger seu futuro bebê, é bem provável que a resposta seria: “De qualquer coisa! Faço tudo por ele!”.

Que tal, então, receber todas as vacinas de que a gestante necessita e que sabidamente protegem a criança através da passagem de anticorpos pela placenta e pelo leite materno?

Muitas doenças importantes que acometem as crianças nos primeiros meses de vida podem ser prevenidas com essa estratégia. Afinal, é justamente nesse período – o começo da vida – que o sistema imunológico delas ainda não está bem desenvolvido. Portanto, muitas infecções podem surgir e costumam ser mais graves.

Quais vacinas tomar durante a gravidez? — Foto: Crescer
Quais vacinas tomar durante a gravidez? — Foto: Crescer

É claro que a vacinação da própria criança é indispensável e necessária, mas ela leva alguns meses para alcançar o seu efeito protetor, o que geralmente acontece ao redor dos seis meses.

A ideia de proteger a criança através da imunização materna não é nova. Nasceu na década de 1970, com a vacina do tétano. O tétano era uma doença que, no passado, acometia bebês através da contaminação do coto umbilical, levando a um quadro de extrema gravidade e alta letalidade, conhecido como mal dos 7 dias, uma vez que a doença se manifestava nessa idade.

A próxima vacina que passamos a recomendar para as gestantes foi a da gripe, já que a gravidez é um importante fator de risco para complicações da doença na mulher. Mas logo se percebeu que crianças nascidas de mães vacinadas tinham menos gripe, menor risco de prematuridade e maior peso ao nascer.

Os estudos não pararam por aí. A vacina contra a hepatite B e a coqueluche hoje também são recomendadas para todas as gestantes com o objetivo principal de proteger a criança.

Claro que a covid-19 não ficou fora dessa estratégia. São vários os estudos que demonstram que bebês cujas mães receberam a vacina na gravidez têm risco reduzido de internação por covid em até 80%.

Toda essa proteção conferida pela imunização da mãe não termina após o nascimento. A amamentação prolonga esse benefício através da passagem de anticorpos pelo leite materno, uma razão a mais para incentivarmos a vacinação e a amamentação.

E, olha, tem mais… A vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), de uso em gestantes, em breve estará disponível, mais uma excelente notícia para reforçar a proteção de nossos filhos!

Cabe lembrar que todas as vacinas recomendadas são seguras e não apresentam riscos para a gestação. Fale com seu médico e não perca a oportunidade de oferecer mais esse ato de amor e cuidado ao seu filho.

Renato Kfouri é pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mestre pela UNIFESP — Foto: Divulgação
Renato Kfouri é pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mestre pela UNIFESP — Foto: Divulgação

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