Saúde

Por Juliana Picanço, Redação Marie Claire — São Paulo


Mulher viraliza nas redes sociais ao revelar que ficou três anos sem sexo com o marido — Foto: Reprodução/Instagram
Mulher viraliza nas redes sociais ao revelar que ficou três anos sem sexo com o marido — Foto: Reprodução/Instagram

Falar de sexo, ainda hoje, pode ser tabu. O vídeo publicado por Ana Lígia Canieto na internet, revelando que não fazia sexo com o marido havia quase três anos, levantou uma série de discussões nas redes sociais sobre as relações sexuais serem ou não indispensáveis em relacionamentos.

Na publicação, a influenciadora conta que é casada com um norte-americano e que a relação esfriou depois que os dois ficaram afastados por cinco meses durante a pandemia de coronavírus. O casal, então, acabou se distanciando emocionalmente, o que provavelmente teria culminado na ausência de relações sexuais.

“Sou casada e não tenho relações sexuais há quase três anos. Tenho várias hipóteses na minha cabeça. Somos muito novos para ter um relacionamento desse jeito. Eu tenho 29, e ele, 30. No começo, o chão tremia, a cama quebrava, a jiripoca piava”, relembrou Ana.

Mas, afinal, a frequência sexual deve ser parâmetro para caracterizar um relacionamento feliz?

“A frequência sexual está muito ligada ao que a gente chama de construção do amor romântico: casaram-se e foram felizes para sempre. Na vida real, a gente sabe que não é desse jeito. O amor precisa ser construído todos os dias. Sim, o sexo é importante, mas ele é apenas um dos fatores que mantêm um casal unido, não a principal”, explica a fisioterapeuta sexologa Cátia Damasceno.

"Talvez por estarmos em uma geração que vive relações muito fluidas e dispensáveis, quando acontece alguma coisa de errado no casamento, a primeira consequência é as pessoas pararem de transar. Porém, o sexo às vezes não é a origem do problema. Aquele casal não se fala, não conversa sobre nenhum assunto, e isso, no fim, rui na sexualidade”, complementa.

O sexo desempenha um papel importante em muitos relacionamentos amorosos. No entanto, alguns casais deixam de conversar e mostrar as suas necessidades ao parceiro. A psicóloga especialista em emoções Luana Ganzert explica que dialogar e entender as preferências do outro é a melhor saída.

“Em um relacionamento amoroso, é preciso entender o que o casal deseja. Quais os anseios e as necessidades de cada um, primeiro de forma separada e, sucessivamente, de forma integrada. A convivência saudável deveria fazer parte de toda relação, principalmente quando o casal se une com a intenção de ser uma família. E uma das formas de conexão entre essas duas pessoas é o ato sexual."

Necessidades sexuais diferentes

A sexóloga Cátia Damasceno reforça que ter necessidades sexuais diferentes da do parceiro é comum. No entanto, é essencial que o casal converse e se alinhe de forma benéfica para os dois.

“O que mais acontece é as pessoas terem frequências sexuais diferentes. Por exemplo, tem gente que quer ter relação sexual todos os dias e gente que com uma vez na semana fica feliz e satisfeito. E aí, geralmente, o que só quer uma vez por semana se sente invadido e o que quer sete vezes por semana não se sente amado o suficiente. Isso tudo se resolve com negociação, com diálogo, com acordo”, explica a profissional. “Enquanto não houver diálogo sobre a sexualidade, nós teremos diversas questões dentro dos relacionamentos.”

A ginecologista e obstetra Viviane Louback reforça que a masturbação também é essencial para entender o que é mais prazeroso em uma relação sexual.

“Cada pessoa tem uma visão e um entendimento sobre sexo que é diferente. É importante que a mulher conheça o seu corpo, se toque, se masturbe para saber do que gosta ou não”, explica ela. “Algumas pessoas podem encontrar maneiras alternativas de se conectar emocionalmente e manter uma convivência saudável mesmo sem sexo."

“Da mesma maneira que a gente comunica o nosso prato predileto ou o nosso filme favorito, por que não podemos falar sobre as nossas preferências nas relações sexuais? Por que que o assunto sexo não pode ser tratado e trabalhado como todos os outros assuntos normais do dia a dia de um casal? A gente precisa desmistificar. Qual é o sentido de a sexualidade ser um tabu e ser descoberta pelo outro na base da tentativa e erro? Bora conversar de uma forma leve”, propõe Cátia Damasceno.

Intimidade e impactos na autoestima

A falta de relações sexuais pode ter um impacto significativo na intimidade emocional do casal. A ginecologista e obstetra Viviane Louback explica que, por ser uma forma importante de conexão física e emocional, quando há a ausência prolongada de sexo, alguns efeitos negativos podem, sim, surgir no relacionamento.

“A falta de intimidade física pode levar à diminuição da intimidade emocional. O sexo é uma maneira de expressar amor, carinho e desejo pelo parceiro. Quando essa expressão é limitada ou ausente, pode haver uma sensação de distanciamento e desconexão emocional. Além disso, o sexo desencadeia a liberação de hormônios e neurotransmissores, como a ocitocina e a dopamina, que estão associados ao sentimento de bem-estar, satisfação e vínculo emocional.”, explica a profissional, que também chama a atenção para os impactos da falta de relações sexuais em outras áreas do relacionamento, gerando ressentimento, irritação e até mesmo conflitos.

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A psicóloga Luana Ganzert também reforça que apesar de não existirem muitos estudos que comprovem os prejuízos emocionais pela falta de sexo na relação, a autoestima pode ser abalada. "A base de toda nossa vida é emocional. O sexo, quando praticado com respeito e com carinho, eleva nossa autoestima e nossa confiança. Ao contrário, a falta dele também pode prejudicar”, complementa.

Benefícios do sexo e impactos biológicos

Melhora do sono, combate ao estresse e alívio de cólicas menstruais são apenas alguns dos benefícios da relação sexual. Conforme explica a terapeuta sexual Bárbara Bastos, o sexo libera hormônios que contribuem para esses benefícios.

“O sexo libera hormônio relaxantes, como a serotonina e a dopamina; melhora a saúde do coração porque aumenta a pressão arterial; reduz o estresse; além de ajudar no fortalecimento da musculatura pélvica”, explica.

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"Em muitos casos de falta de desejo sexual, é importante procurar ajuda profissional. O mais importante é descobrir as causas da falta de desejo. Se é algo físico ou algo emocional. Depois disso, é focar no tratamento das causas e perceber o desejo retornar aos poucos", reforça a psicóloga Luana. "No entanto, para casais que estão tendo essa dificuldade, é importante voltar a se conhecer. Casais que perderam o interesse um pelo outro precisam resgatar o interesse através da conquista. Tirar tempo para si. Fazer coisas a dois. Buscar realizar desejos e vontades individuais, um participando do desejo do outro", complementa.

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