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Hebe de Bonafini, histórica líder das Mães da Praça de Maio, morreu neste domingo (20), aos 93 anos. Ela estava internada desde 11 de outubro em um hospital da cidade de La Plata, na província de Buenos Aires, na Argentina. A causa da morte não foi divulgada.
Hebe se tornou um marco na luta pelos direitos humanos ao fundar a associação para descobrir o paradeiro de seus dois filhos, nora e outras pessoas que desapareceram após serem presas pelo regime militar (1976-1983).
A vice-presidente Cristina Kirchner lamentou a morte. "Queridíssima Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos Direitos Humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no dia da Soberania Nacional... não deve ser coincidência. Simplesmente obrigado e até sempre", escreveu no Twitter. O presidente Alberto Fernández também se pronunciou, dizendo que o país se despede com profunda dor e respeito da "incansável lutadora pelos direitos humanos". O governo decretou três dias de luto nacional.
Mães da Praça de Maio: 45 anos de luta
Catorze mulheres se reuniram na Praça de Maio, em frente à sede do governo em Buenos Aires, no dia 30 de abril de 1977, em plena ditadura militar, para protestar por seus filhos desaparecidos. Liderados por Hebe, elas iniciavam ali uma luta que dura 45 anos em busca da verdade sobre o que aconteceu com as pessoas desaparecidas após serem presas pelo regime militar.
O número de mulheres que se reunia todas as quintas-feiras para exigir informação sobre os desaparecidos foi aumentando até que, em 14 de maio de 1978, foi criada a Associação das Mães da Praça de Maio.
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