![Mano Brown recebe Txai Suruí, ativista indígena, no 'Mano a Mano' — Foto: Jef Delgado/Spotify](https://cdn.statically.io/img/s2-marieclaire.glbimg.com/dHHK1-aHRvuzVnQujnOEoR386G4=/0x0:1600x1066/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_51f0194726ca4cae994c33379977582d/internal_photos/bs/2022/r/A/PwBfr5SbOJpxwaBJy4XQ/whatsapp-image-2022-12-13-at-18.41.26.jpeg)
O podcast Mano a Mano, de Mano Brown, receberá a professora, estudante de direito e ativista indígena Txai Suruí. Além de abordar as causas indígenas, ela conversa com o rapper sobre preservação do meio ambiente, política, direitos humanos e sua jornada de descobertas com relação à própria identidade. O episódio vai ao ar de graça nesta quinta-feira (15) no Spotify.
Durante a conversa com o integrante dos Racionais MC's, Txai afirma que os povos originários estão em perigo no Brasil desde o período da colonização e que, nos últimos anos, houve retrocessos ligados ao desmatamento e às ameaças de defensores do meio ambiente. A ativista aponta ainda que as mudanças climáticas precisam ser resolvidas com responsabilidade sociopolítica.
Ao ser questionada por Brown sobre quais seriam os verdadeiros inimigos das lideranças indígenas, ela responde que a resposta é muito ampla. Isso porque essas comunidades são atravessadas por diversos problemas e desamparos.
“O que está acontecendo na terra indígena Yanomami, por exemplo, são violações de direitos humanos. Mais do que atentados, ataques. Deveria ser uma preocupação para o mundo inteiro. Garimpo, invasão, retirada ilegal de madeira, grilagem. Tudo isso leva a violência”, explica.
Txai também afirma que as populações não-indígenas só se sensibilizaram com a causa dos povos originários depois de conhecer a fundo seus costumes e culturas. Para ela, o primeiro passo para alcançar essa realidade é visibilizando o debate e as vozes indígenas brasileiras.
O Mano a Mano está em sua terceira temporada. Esse ano, ele recebeu nomes como a filósofa e ativista Angela Davis e a atriz e cantora Linn da Quebrada, além de nomes como Gregório Duvivier, Silvio Almeida, Padre Júlio Lancellotti, Walter Casagrande e Charles do Bronx.