Enxoval
 
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Na teoria, fazer o enxoval do bebê parece simples: escolher e comprar. Mas quando, de fato, estamos elaborando a lista de compras, percebemos que a tarefa é bem complexa. É preciso pensar nas quantidades, na funcionalidade, no preço e até mesmo no clima que estará quando o seu bebê nascer.

E quando o previsto é que o pequeno ou pequena chegue no inverno, os pais de primeira viagem podem acabar se atrapalhando ainda mais nas compras, já que, na ânsia de manter o bebê aquecido, podem acabar comprando mais do que o necessário. Por isso, antes de ficar estocando mantinhas e gorros, é preciso planejar.

Mulher grávida preparando o enxoval do bebê — Foto: Freepik
Mulher grávida preparando o enxoval do bebê — Foto: Freepik

Patty Barros, do Mommy's Shoppers, especialista em assessoria de enxoval nos Estados Unidos, sugere que os pais se atentem para que a lista seja primordialmente pensada para cada família. E, sim, mesmo que você se sinta inspirada pelo enxoval da influencer ou da sua melhor amiga, lembre-se de que os itens precisam ajudar na sua rotina e ser confortáveis para o seu bebê especificamente. “É personalizado, porque depende do estilo de vida, do dia a dia e vai depender muito do lugar em que você mora. No Brasil, por exemplo, temos regiões com um inverno menos rigoroso no Norte e Nordeste e muito mais intenso no Sul e Sudeste”, diz a assessora.

Com a ajuda dela, a seguir, separamos 11 dicas que você pode ter em mente na hora de elaborar a sua listinha de compras para o bebê que chega no frio. E quer um spoiler? Aposte nas roupinhas em camadas, assim você pode ir tirando ou adicionando peças de acordo com a temperatura da sua cidade e sem superaquecer o seu pequeno.

1. O dia a dia do bebê no inverno

O recomendado é que o recém-nascido não saia muito antes de tomar as principais vacinas do calendário, já que poderá ficar exposto a agentes infecciosos e sem estar com sua imunidade completamente formada. Isso sem contar que, no inverno, o frio também se torna um impeditivo para as saídas, e a circulação em ambientes fechados ou com aglomerações pode facilitar a propagação de vírus e bactérias.

Neste período bem inicial, portanto, as roupinhas do bebê serão basicamente aquelas de ficar em casa, como o body, a calça, os casaquinhos com abertura na frente (quimono) e os macacões tipo pijaminha simples. Por isso, quanto mais confortáveis forem essas peças básicas do armário do bebê, melhor. É lavou, usou!

“Para fazer as camadinhas, o body de manga comprida é fundamental. Ele vai manter a fralda no lugar e dizemos que funciona como a segunda pele do bebê, protegendo-o da friagem no peito. As calças tipo mijãozinho ou culote também e, por fim, o macacão mais quentinho e as meias”, aconselha Patty. Para completar, tenha uma mantinha por perto, mas só use se estiver ao lado do bebê para evitar sufocamento.

2. Como escolher a roupinha da saída de maternidade em dias de frio?

Por mais que esteja no imaginário da mãe o bebê saindo da maternidade com macacão, touca e manta combinando, muita calma nessa hora. Primeiro, lembre-se de que é inverno e, por mais lindo que seja o look, nem todos os tecidos conseguem barrar o frio deste primeiro contato do bebê com o externo. E mais: alguns tecidos podem até causar alergia no pequeno!

Tenha em mente também que, por mais que os pais desejem fotos bonitas da saída do hospital, não é necessário investir uma fortuna para comprar várias opções para este momento. “Não é preciso ter 6 saídas de maternidade. O que eu recomendo é prezar, primeiro, pelo conforto do bebê, que tem a pele muito sensível. Claro que a mamãe quer uma roupa mais arrumadinha, até para receber as visitas, mas existem muitos macacões de pima cotton (algodão peruano) que são mais acessíveis ou que tenham uma gola com um detalhe especial. Assim o neném fica arrumado, mas confortável”, diz a especialista em enxovais.

3. Atenção para os detalhes

E por falar em detalhes, existem pontos de atenção no enxoval que valem a pena ter em mente. Embora no inverno o intuito seja proteger o bebê do frio, peças com capuz não são indicadas para o uso diário. “Embora seja legal para sair, porque protege as orelhinhas, para o dia a dia em casa não funciona. O neném fica muito tempo deitado, então o capuzinho vai atrapalhar”, diz Patty.

Fiquem atentos também para as costuras apertadas nos tornozelos e punhos, que não podem marcar a pele ou limitar o movimento do bebê, assim como zíper, bordados e outros detalhes decorativos desnecessários, que possam enroscar nos dedinhos ou machucá-lo.

4. Cuidado para não superaquecer o bebê!

Na ânsia de deixar o recém-nascido quentinho nos dias mais frios, muitos pais capricham na proteção: muitas camadas de roupinha, gorro, luva, meias e várias mantas. Resultado: ele pode ficar superaquecido e com os movimentos restritos. “Temos uma tendência de proteger demais o bebê, mas é preciso tomar cuidado com a quantidade de roupa que colocamos, porque ele pode até ficar com brotoejas de calor”, diz a especialista.

Segundo ela, o aconselhável é colocar 1/3 de roupa a mais do que estamos usando. “Então, por exemplo, se você está com uma camiseta e uma malha, o bebê vai precisar de um body de manga longa, um casaquinho e talvez uma coberta. É só uma coisinha a mais”, indica Patty. E aqui, a dica de ouro: aposte nas peças de roupa em camadas que sejam possíveis ser retiradas ou colocadas de acordo com o clima. Facilita muito!

5. Soninho sem frio

A hora de dormir pode ser um pesadelo para muitos pais de primeira viagem. Afinal, como garantir que o bebê estará quentinho e protegido do frio na madrugada? Para começar, garanta que o pequeno esteja com um pijama adequado à temperatura do dia e/ou com as camadinhas que falamos acima (body, culote e meinha), quando necessários. Os macacões com pezinho são os mais indicados neste início de vida para dormir, porque ajudam a manter as extremidades aquecidas e não apertam a região da barriga.

Essa barreira de roupas já é o bastante para deixá-lo protegido do frio. Isso porque os médicos não recomendam que os pais cubram os bebês com camadas e mais camadas de cobertores e mantas, pois isso aumenta o risco de sufocamento. Tanto a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) quanto a Academia Americana de Pediatria (AAP) também recomendam deixar o berço livre de almofadas, travesseiros, protetores e bichinhos de pelúcia, que possam dificultar a respiração.

O item de dormir mais procurado pelos pais atualmente são os sacos de dormir, mais seguros, que não embolam como as cobertas. “Tenha de 2 a 3 saquinhos, porque no frio demora mais para secar, caso você precise lavar se vazar um xixi”, indica a especialista. Segundo ela, um lençol de flanela ou de tecido quentinho também ajuda a quebrar o “gelo” do berço.

Para completar a noite segura, uma dica bacana: invista em pijaminhas que facilitam a troca noturna de fralda também para evitar que o bebê pegue friagem nesse momento em que fica sem a roupa. Zíperes que abrem dos dois lados e bodies com fecho simples ajudam muito nessa hora!

6. Os tecidos mais indicados para o enxoval do inverno

No inverno ou verão, o tecido mais indicado para os bebês é mesmo o algodão natural, já que as fibras sintéticas não deixam a pele respirar e podem desencadear questões dermatológicas. No friozinho, além do algodão, outros tecidos de trama mais fechada e textura agradável podem fazer parte do armário do bebê, como a flanela, o moletom e o famoso fleece (também chamado de soft ou plush).

Na lista dos tecidos não indicados está o queridinho das vovós, o tricô, que, dependendo do tipo da lã, pode não ser indicado para os recém-nascidos. Caso opte por usá-lo mesmo assim, geralmente no bebê conforto, coloque um lençol do tipo viral ou um pano antialérgico entre o tricô e a pele do bebê.

Outro que você pode riscar da lista de compras é o jeans, um tecido rígido demais e pouco indicado para os pequenininhos, assim como as peças de couro, como tênis ou sapatos. “Troque o jeans pelo moletom molinho que imita o tecido, sem zíper e sem botão. Também gostamos muito de indicar aquelas meias que imitam sapato, que são bem molinhas e deixam o pé aquecido”, diz Patty.

7. É preciso ter um estoque maior de roupinhas no inverno?

Independentemente da temperatura, a rotina com um bebê pode ser imprevisível, com vazamentos de fralda, acidentes e golfadas. O importante é planejar um ciclo de lavagem e retorno das roupinhas para o armário, assim vocês não são pegos desprevenidos sem uma peça essencial para o frio.

Afinal, lembre-se: elas demoram mais para secar (caso você não tenha secadora, claro). “Normalmente, a gente faz uma conta para que tenha pelo menos 3 dias de roupa do bebê garantida para ficar bem tranquilo e ter essa troquinha durante os dias de inverno”, indica a personal shopper.

Calcule, portanto, quanto tempo leva para uma peça ir do cesto de roupa suja de volta para o armário, assim você consegue estipular melhor quantas peças vai precisar comprar no enxoval. Por exemplo, se vocês só lavam as roupas uma vez por semana, será preciso comprar mais peças do que quem lava todos os dias. Lembrando que cada casa tem sua rotina e não existe um número exato de roupinhas, por isso, cuidado também para não exagerar na compra de itens que depois serão perdidos.

8. O que não comprar no enxoval de inverno?

No inverno, a tendência é o exagero. Isso ocorre porque temos muito receio de que o bebê passe frio e acabamos cedendo ao impulso de comprar itens a mais, muitas vezes desnecessários. Um bom exemplo são as luvinhas e gorros. Embora possam ser úteis em alguns casos, principalmente para os bebês que nascem em lugares de frio intenso, não é preciso uma grande quantidade de cada um deles. Dois de cada já bastam, e você pode comprar mais se a sua rotina demandar depois, pois são itens que, por conta do tamanho, o bebê perde logo.

Patty também destaca que, neste primeiro momento de vida, as camisetas podem ser tiradas da lista. “É um item que só será usado a partir dos 9 ou 12 meses. Neste começo, a gente pega muito o bebê no colo e a camiseta sobe no corpinho, então não acho ideal. O melhor mesmo é o body, que não move e ainda tem a função de segurar a fralda no lugar”, diz a assessora, que também indica retirar o babador do enxoval, já que será necessário apenas após os 3 meses.

Por último, cuidado também com modismos ou produtos desatualizados. Sabe aquela conversa de “você tem que ter isso”? Mais do que seguir dicas de influencers e pitacos de amigas e familiares, é preciso se atualizar sobre quais itens já não são mais aconselhados pelos médicos e especialistas sérios, para não gastar dinheiro à toa. Patty ressalta que alguns produtos de amamentação, por exemplo, que antigamente eram considerados necessários, hoje já se sabe que podem mais atrapalhar do que ajudar a mãe.

9. Não vale a pena estocar!

Ah! E um ponto importante: há famílias que preferem fazer o enxoval de 0 a 3 meses, enquanto outras adquirem também itens para 6 meses e até 1 ano. Tudo depende do seu planejamento e orçamento. Isso já ajuda a excluir itens que nem precisariam onerar suas contas nesse momento, como cadeirões e brinquedos educativos.

Outro bom exemplo é o protetor solar, que só deve ser usado após os 6 meses de idade. Ou seja, para um bebê que nasce no inverno e não tomará sol direto nos primeiros meses, é melhor adquiri-lo apenas quando o verão chegar. E a dica também vale para outros itens, como pomadas, cremes e até mesmo as fraldas. Acumular qualquer tipo de produto pode não ser uma boa ideia.

“Eu não estocaria nada, porque tem vencimento e o neném pode não se adaptar, desenvolver uma dermatite, uma alergia, então é preciso testar. Deu certo? Compra mais. Não deu, vamos trocar”, orienta a especialista. “Às vezes, vemos pais comprando uma quantidade exagerada, como 10 mamadeiras ou chupetas; não vai usar”, completa Patty. Em alguns casos, seria melhor poupar essa grana e aguardar a chegada do bebê para comprar alguns itens quando surgir a demanda. Mesmo porque terão muitas descobertas que apenas a vivência com o bebê nos mostrará, né?

10. Qual carrinho escolher para o frio?

Aqueles carrinhos preparados para neve e frio intenso podem não ser necessários na maior parte do Brasil. Além do mais, como no inverno as saídas são menos frequentes com o bebê, o carrinho não precisa ser muito diferente do que você compraria em outra estação. Segundo a especialista, o que os pais buscam hoje é que seja um modelo prático e fácil de abrir e fechar.

“Depende mais do estilo de vida, de onde vai morar e a finalidade do uso do carrinho. É uma peça importante do enxoval, pois a escolha precisa ser muito assertiva”, afirma a especialista da Mommy��s Shopper. O bebê conforto também é um item que pode ajudar no transporte do bebê no inverno. “Na maioria das vezes, o pequeno já sai de casa dentro dele, que é bem acolchoado, fechado e uma coberta já mantém esse quentinho quando for sair do carro”, acrescenta Patty.

11. Quantas peças RN devo comprar?

Essa é uma das dúvidas mais comuns dos pais de primeira viagem. E a resposta é: ponderação, família. Não comprar nenhuma peça RN não é uma boa ideia, pois o bebê ficaria sem roupa adequada para o primeiro mês (ou até mesmo dois, no caso de bebês menores).No inverno, isso implicaria em peças largas e inadequadas para bloquear corretamente o frio.

No entanto, não exagere também na quantidade de RN: aposte em peças de uso diário (veja uma quantidade básica na lista abaixo) e que tenham tecido de boa qualidade, assim é possível prolongar a vida útil da peça por mais um tempinho.

Sugestão: lista básica de enxoval de inverno

A seguir, você confere uma listinha para os primeiros 3 meses para ter como base e alterar de acordo com as particularidades do seu bebê, do clima da sua cidade e da rotina da família:

Roupas:

  • Body de manga comprida: 6 tamanho RN e 6 tamanho P
  • Body de manga curta: 4 tamanho RN e 4 tamanho P (apenas se na sua região o frio é menos intenso)
  • Macacão inteiro de manga comprida: 6 tamanho RN e 6 tamanho P
  • Calça tipo "mijão" ou culote: 6 tamanho RN e 6 tamanho P
  • Calça quente de moletom ou fleece: 6 tamanho P
  • Macacão pijama: 3 tamanho RN e 3 tamanho P
  • Casaquinho (tricô, fleece ou moletom): 4 tamanho RN e 4 tamanho P
  • Conjunto saída da maternidade: 1
  • Meia: 6 pares RN e 6 pares P
  • Touquinha: 2
  • Luva: 2 pares

Cama e banho:

  • Manta (algodão, flanela, tricô ou fleece): 3
  • Fralda de pano (usos variados): 10
  • Paninho de boca: 6
  • Toalha de banho com capuz: 4
  • Lençol de baixo para berço com elástico (algodão ou flanela): 3
  • Saco de dormir: 2
  • Cobertores ou mantas mais grossas: 2
  • Berço
  • Almofada de amamentação
  • Fraldas descartáveis: faça as contas na nossa calculadora

Passeio e segurança:

  • Carrinho de passeio com capa ou cobertura térmica
  • Bebê conforto e/ou cadeirinha para carro
  • Canguru ou sling
  • Babá eletrônica

Higiene e cuidados:

  • Banheirinha
  • Produtos de higiene: shampoo, sabonete líquido, creme hidratante e creme para assaduras
  • Kit higiene do trocador: 1 trocador coberto com plástico, algodão, garrafa térmica, cotonete e álcool para limpeza do coto umbilical
  • Termômetro
  • Kit de cuidados com as unhas
  • Aspirador nasal
  • Lencinho umedecido próprio para nariz

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