• Daniela Folloni
Atualizado em
Como fazer todo o enxoval do bebê online (Foto: Shaila19/ Pixabay )

Como fazer todo o enxoval do bebê online (Foto: Shaila19/ Pixabay )

Compras online não são exatamente uma novidade, mas a pandemia e a quarentena fizeram nossos hábitos de consumo ficarem mais digitais do que nunca – sobretudo para as grávidas, que fazem parte do grupo de risco da covid-19. Como fazer o enxoval do bebê? Até pouco tempo atrás, com lojas de rua e de shopping fechadas, viagens ao exterior suspensas e dólar nas alturas para quem planejava comprar fora do país, o jeito foi se adaptar. Foi o caso da pediatra Laís Paulon Sautchuk, 28 anos, mãe de Mateus, 2 meses. “Planejava montar o enxoval nos Estados Unidos, mas a pandemia impediu isso. Quase compramos as passagens, mas o dólar começou a subir demais, e ficou inviável. Então, fiz 100% do enxoval online por aqui”, conta Laís.

Com pouquíssimo tempo para providenciar as coisas para a bebê e vendo todas as lojas fecharem, a secretária Larissa Pauli Scarpa, 37 anos, mãe de Helena, 6 meses, também recorreu às compras online. “Eu e meu marido estávamos há seis anos na fila de adoção, e o nosso perfil era para uma criança de 0 a 4 anos, independentemente do sexo. Então, não tinha absolutamente nada em casa. Apenas um quarto com um guarda-roupa. No meio de março, a Vara da Infância entrou em contato, dizendo tinha chegado a nossa vez na fila, e havia uma menina de 21 dias esperando por nós. No mesmo momento em que a pandemia estava estourando e as lojas todas fechando. Pegamos o último sábado de shopping aberto para comprar o básico. O restante foi pelos sites”, lembra Larissa.

Ainda bem que, de carrinho a roupas da maternidade, de acessórios a decoração do quarto, é possível comprar tudo pela web – seja em lojas virtuais, seja pelas redes sociais, via Instagram e WhatsApp.

CONFORTO E ECONOMIA
E os futuros pais têm nas compras online vantagens, como pesquisar, comparar preços, comprar sem pressa e receber o enxoval em casa. Ou até no hotel. Em janeiro, a estilista Érica Morais, 41 anos, foi a Miami, nos Estados Unidos, fazer as compras para o Gabriel, 3 meses. Às vésperas da viagem, ainda no Brasil, adiantou parte das aquisições online para serem entregues onde estaria hospedada. “Comprei a maioria dos itens de puericultura: lixador de unha, aspirador de nariz, colheres e babadores. Assim, economizaria tempo para escolher roupinhas e outras coisas que queria ver ao vivo”, diz.

Para além da praticidade, outro ponto positivo do enxoval online é  evitar aquisições desnecessárias ou por impulso. “Fiz 90% das compras pela internet. Com a lista nas mãos, posso comprar aos poucos, observando o que está faltando. Aí, volto nos sites e compro um pouco mais”, conta a relações-públicas Bel Pimenta, 34 anos, grávida da Beatriz, que nasce em dezembro.

Mas, afinal, o que é preciso levar em consideração na hora de fazer o enxoval pelas telas? Quais são as vantagens e os cuidados para não se arrepender? Reunimos dicas valiosas para dar tudo certo com as suas compras nesse momento, em que tudo o que você não precisa é de mais motivos para ficar ansiosa. A lista certeira, a busca pelos melhores preços e produtos, passando pela escolha das lojas mais confiáveis que entregam as mercadorias certinhas e no prazo... Está tudo aqui. Confira!

dicasenxovalonline (Foto: Divulgação)

(Foto: Getty Images)

ORGANIZAÇÃO PARA COMPRAR

1. Quando dar a largada
A recomendação básica é segurar a ansiedade e iniciar as compras no segundo trimestre da gravidez. “A partir da 14ª semana, ao checar que está tudo bem com o bebê, é hora de começar”, orienta a personal baby shopper Marcela Musa, de Santos, SP. “Recomendo que o prazo final para as compras importantes seja a 30ª semana. Depois disso, a grávida estará mais cansada. É o momento de curtir a espera sem o estresse de pensar em algo que faltou. Melhor deixar esse tempo para concluir detalhes que não sejam essenciais”, diz.

2. Lista para facilitar a vida
E evitar exageros ou compras de itens desnecessários. “Quando  vai ao supermercado sem uma, pode comprar o que não precisa e esquecer o que estava faltando. A lógica serve para o enxoval do bebê. Você precisa ter uma lista-guia”, afirma Marcela. “Para os itens do quarto, tire as medidas do espaço e defina as dimensões do berço e da cômoda que deseja. Assim, dá para verificar o que vai caber”, orienta a personal shopper. Se for fazer o enxoval por conta, pesquise listas prontas na internet (como em crescer.com.br). “Há sites que disponibilizam ferramentas para que as famílias criem uma lista online e personalizada para o enxoval do bebê, com acesso a ideias e inspirações. Além disso, é  possível compartilhar o link da lista montada com amigos e familiares que quiserem dar presentes”, conta a líder da categoria de bens de consumo Melina Ioshii, da Amazon.

3. Por onde começar?
Pelos móveis, que costumam ter prazos de entrega mais demorados. “Até o fim do segundo trimestre, o ideal é que os itens principais, como berço, cômoda e armário, estejam comprados devido ao prazo de entrega e montagem, que pode variar de 60 a 90 dias”, orienta a consultora materna Delen Fochi, de Jundiaí, SP.

4. Vale a pena contratar um personal shopper?
Esse profissional ajuda na lista mais assertiva do enxoval, orientando o que comprar e o que não é necessário, de acordo com o estilo de vida de cada família. Ele também pode obter descontos exclusivos em lojas parceiras. “Após o alinhamento do perfil por meio de um questionário, enviamos uma lista ilustrada com links e descontos de tudo o que indicamos”, conta Taluana Adjuto, fundadora da assessoria de enxoval Talu Concept, baseada em Miami, que atende em várias cidades dos Estados Unidos e presta consultoria de enxoval online com compras em lojas no Brasil.  “Além da curadoria, os descontos podem compensar o valor investido nesse tipo de serviço. Há, ainda, a questão da proximidade com os lojistas e marcas, que faz com que os pais se sintam mais seguros no caso de compras online”, diz. A futura mãe Bel Pimenta contratou esse serviço. “Ajuda a sentir segurança, já que um monte de gente vai dar palpite: mãe, tia, avó... principalmente pessoas que já tiveram filho, mas há muito tempo”, avalia. Mas, lembre-se: não é algo obrigatório, e sim uma comodidade a mais para quem quiser.

5. Vai comprar no exterior?
Se você tem planos de fazer o enxoval fora do país quando a pandemia arrefecer, saiba que vale a pena comprar uma parte dos itens online antes de viajar. Assim, sobra tempo para escolher produtos que quer ver pessoalmente, com calma. As lojas virtuais podem entregar no hotel ou em pontos de coleta previamente combinados.

6. Atenção aos prazos
Desde que o site entregue no endereço que você deseja, seja na sua casa no Brasil, seja no hotel no exterior, dá para comprar itens de outros estados e até do outro lado do mundo! Só fique atento aos prazos de entrega e programe-se para uma margem de erro – evitando, assim, frustrações ou desperdício de dinheiro. Pesquise em fóruns e sites como Reclame Aqui sobre a reputação do e-commerce. “Comprei lacinhos de cabelo e o ateliê demorou para fazer. Por conta da pandemia, eles estavam com uma equipe menor. O que era para ser dez dias úteis, levou mais de 30”, conta Larissa Scarpa.
Érica Morais também teve experiências com os prazos em um marketplace. Uma boa e uma ruim: “Os enfeites para o quarto que comprei em um site chinês chegaram a tempo”, diz. “Mas uma manta que comprei com dois meses de antecedência e era para usar na maternidade, não chegou”, diz.

7. Aposte no delivery
Durante a quarentena, muitas lojas físicas passaram a oferecer esse serviço para clientes. Larissa Scarpa comprou vários itens assim: “Eu entrava em contato com lojas pequenas do bairro, perguntava se tinha o que eu estava procurando – conjunto tamanho G, de plush ou soft, por exemplo. Eles me mandavam fotos por WhatsApp, eu escolhia e entregavam em casa”, conta.

8. Considere
as variações de clima
Você mora numa cidade em que pode fazer calor em pleno inverno ou baixar a temperatura mesmo nos dias de verão? Vale a pena se prevenir. “Costumo fazer um cálculo de seis peças de cada tamanho para a estação e quatro para a contraestação”, sugere Marcela Musa.

dicasenxovalonline (Foto: Divulgação)

(Foto: Getty Images)

IDEIAS PARA ECONOMIZAR

9. Não compre tudo de uma vez
A não ser que você vá fazer compras em uma viagem, adquira apenas o que o bebê vai precisar até os 3 meses. "Quando ele tiver 2 meses, 2 meses e meio, pense mais para a frente. Deixe a vida entrar na rotina, e saberá o que o bebê usa e precisa. Além disso, você já vai ter ganhado presentes de avós, de tios, de amigos próximos e talvez não precisará adquirir a quantidade que idealizou", avalia a personal shopper Marcela.

10. Menos é mais
"Não há necessidade de comprar, por exemplo, três xampus. Vai demorar uns dois meses para um bebê usar um frasco inteiro, porque ele praticamente não tem cabelo", diz Marcela Musa.  "É importante também considerar que os pais estão conhecendo o filho. Então, precisa testar o produto, ver se ele se adapta, se não vai dar alergia...", lembra.

11. Garimpe nos sites de brechós infantis
Como bebês crescem muito rápido, há chances de fazer ótimas compras e achar roupas praticamente novas – inclusive de grifes – de segunda mão. Muitos brechós têm versão online e vale a pena conhecer.

12. Entre em grupos de desapego
Deve existir um em seu condomínio ou um de que a amiga da amiga faz parte e pode incluir você. "Comprei especialmente brinquedos nessas comunidades pelo WhatsApp. A negociação é toda online. Você pode buscar o produto na casa da pessoa ou receber pelo correio", conta Larissa Scarpa.

13. Fraldas online
O segredo é escolher a marca favorita (mas não faça estoque antes de o bebê nascer, pois corre-se o risco de ele não se adaptar ou ter alergia) e pesquisar nos sites, olhando preço e valor do frete. "Sempre calculo o quanto vou pagar a unidade da fralda já com a entrega, porque aí sei em qual site compensa mais comprar", diz Larissa.

14. De olho na Black Friday
A sexta-feira de descontos, famosa nos Estados Unidos pelas ótimas ofertas, também rende descontos no Brasil. Em 2020, cai no dia 27 de novembro, mas é possível conseguir pechinchas durante toda a semana. "Comprei online as primeiras roupinhas do Gabriel na Black Friday, quando estava grávida de 12 semanas. Achei ótimas promoções de algumas marcas que eu já adorava", conta Érica Morais.

15. Aproveite os cupons
Se você contratar um personal shopper que tem cupons de descontos exclusivos para clientes, pode conseguir uma boa economia. "Só de carrinho e bebê conforto, tive um ótimo desconto. Foram quase mil reais. No total, economizei mais de 2 mil reais, porque tinha loja que dava 15%, 20% de abatimento com o cupom da personal", conta Laís.

16. Pesquise em um buscador
É uma dica básica, mas ajuda. "Mesmo contratando uma personal shopper, comprei sozinha a cadeirinha do carro que ela me indicou, porque fui atrás e achei preços muito bons. Jogava no Google o nome exato do produto e comparava os valores. Encontrei um modelo que custava mil reais por 600 reais. Um achado", diz Laís. Outra dica: comparar preços por um aplicativo especializado. "Há um chamado Zoom, que mostra o preço nos últimos seis meses do item que está procurando. Tem de tudo. Até pomada para assaduras.”

17. Cuidado com o frete
Esse é um ponto importante, porque pode inviabilizar a compra de um item (quando a entrega fica mais cara que o produto) ou ser uma enorme vantagem, quando é gratuito. "Em geral, as lojas grandes oferecem frete grátis por cortesia; por uma ação promocional; quando a compra é grande ou de itens relevantes, como carrinho, cadeirinha para carro. Pode também haver a regra de gastar um valor mínimo para ter esse benefício", explica Taluana Adjuto, da Talu Concept. Agora, se você fizer as compras em marketplaces, que são grandes sites que reúnem várias lojas, e comprar itens de diferentes estabelecimentos, poderá se deparar com um valor de frete para cada um – bem como prazos de entrega diferentes.  Então, concentrar as transações em um ou poucos lugares pode ajudar e economizar no frete, já que costuma ser cobrado um valor único pela compra. E quando o negócio é fechado em um marketplace com lojas no exterior que entregam no Brasil, verifique também as taxas de importação.

dicasenxovalonline (Foto: Divulgação)

(Foto: Getty Images)

DICAS PARA ACERTAR NAS COMPRAS

18. Tamanho sem erro
"No Brasil, o tamanho das roupas não têm padrão", lamenta Larissa. "Minha filha, hoje com 6 meses, usa G. Mas comprei macacões desse tamanho em uma loja online e eles eram pequenos demais. Entrei em contato para devolver a mercadoria e me explicaram que o G deles era para criança de 3 meses. O site não avisava isso claramente. Só quando consultei a política de troca é que estava escrito: 'nossos tamanhos são menores....'. Acabei trocando por outros produtos", conta. Por essas e outras, é bom se atentar sobre as recomendações dos e-commerces quanto a isso.

19. Passeie pelo Instagram
O feed dessa rede social é como um shopping center. Ao navegar pelos perfis de lojas, é possível encontrar muitos produtos bacanas. Para começar, vale seguir perfis de sites de maternidade que tenham guia de fornecedores, bem como os perfis das melhores feiras de itens de bebê. Elas costumam fazer uma curadoria de marcas – muitas nem têm lojas físicas. São de pequenas empresas que fazem produtos exclusivos. Não faltam opções para todos os bolsos e estilos. E com a vantagem de tirar suas dúvidas por direct message, a famosa DM, muitas vezes diretamente com o proprietário, ou mesmo pelo WhatsApp.

20. Leia reviews de produtos
Existem avaliações na própria página do produto nos sites e também em posts de blogs de maternidade. Nada melhor do que saber a opinião sincera de uma mãe sobre um determinado item. Se tem qualidade, se foi útil...

21. Check-list da segurança do bebê
Na internet você vai encontrar de tudo! E um bom critério para decidir o que entra e o que sai do carrinho de compras é a segurança do bebê. Sendo assim, anote essas orientações da Taluana Adjuto: "Importante verificar se mordedores e itens como pratos e talheres são livres de BPA [sigla para um composto chamado bisfenol A encontrado em itens de plástico cujas pesquisas comprovam ser nocivo para a saúde]. Os produtos sem esse composto normalmente têm em sua embalagem o aviso: BPA Free. Além disso, verifique se a capota do carrinho tem proteção UV; se o carrinho, bebê conforto e a cadeira de carro são certificados e aprovados por órgãos competentes, como o Inmetro. E sobre as roupas, dê prioridade para as de tecido 100% algodão, fibra que não agride a pele do bebê – o Pima e o egípcio são os mais nobres", explica a especialista.

22. Use os canais de atendimento ao cliente
Teve dúvida sobre um produto? Entre em contato com a loja via chat, telefone ou WhatsApp e pergunte. E caso a marca não esteja disponível online para atender você, isso pode ser um indício do que esperar se a compra não der certo.

dicasenxovalonline (Foto: Divulgação)

(Foto: Getty Images)

SEGURANÇA NAS TRANSAÇÕES DIGITAIS

23. Mantenha o antivírus em dia
"Instale programas de antivírus e firewall e os mantenha sempre atualizados", orienta Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP. Ele também indica acessar a loja online digitando o endereço diretamente no navegador web. Evite seguir links recebidos em mensagens ou obtidos em sites de busca. Quando as compras são realizadas pelas redes sociais, adote também todos os cuidados que tem quando compra num site.

24. Utilize conexões confiáveis
O Procon recomenda fornecer seus dados pessoais apenas a sites com o endereço eletrônico iniciado pela sigla "https" e que exiba no seu navegador de acesso à internet um ícone em forma de cadeado colorido e fechado. Ao clicar em cima desse ícone, deve aparecer o certificado de segurança do site.

25. Compre pelo seu computador pessoal
Evite realizar transações online em lanhouses, cybercafés ou computadores de terceiros, principalmente se forem pessoas estranhas. O mesmo vale para o wi-fi público.

26. Escolha uma senha segura e a troque periodicamente
Se for comprar pelo celular, essa regra também vale. E prefira fazer a operação em redes conhecidas e protegidas por senha. Evite usar as que são abertas.

27. Leia a política de privacidade do site
Assim, você vai saber como o fornecedor irá armazenar e manipular seus dados pessoais. "Por lei, ele deve utilizar mecanismos de segurança para garantir o sigilo dos dados do consumidor", diz Guilherme Farid, do Procon-SP.

28. Sem fraude nas redes sociais
Vendas por essa via não isentam o fornecedor de cumprir com as determinações do Código de Defesa do Consumidor. "Busque informações sobre ele, como o endereço do estabelecimento ou de onde a atividade é realizada e quais são os meios de comunicação que disponibiliza. É fundamental ter dados de contato e a localização, para que o consumidor tenha isso como garantia. Caso contrário, evite concretizar a compra. Vale ainda guardar as mensagens relativas à oferta, descrição do produto, preço e formas de pagamento", indica Guilherme Farid. Cheque, ainda, informações sobre a idoneidade da loja em sites de avaliação e relacionamento com o cliente, como o Reclame Aqui.

29. Desconfie de preços muito abaixo do mercado
Sabe aquele desconto que parece muito bom para ser verdade? Pois é... fique de olho. Avalie, por exemplo, se ele é oferecido por uma loja já conhecida ou indicada por amigos ou com alguma referência confiável.

dicasenxovalonline (Foto: Divulgação)

(Foto: Getty Images)

E SE PRECISAR TROCAR...

30. Não gostou ou não serviu?
"O fornecedor pode definir regras próprias para troca por tamanho ou gosto", informa Farid. Para não ter surpresas, verifique a política de troca da loja antes de fechar a compra.

31. Veio com defeito
Segundo o Procon, o lojista tem 30 dias para sanar o problema. Se não o fizer nesse prazo, o consumidor tem direito de exigir a troca por outro item da mesma categoria, em perfeitas condições de uso; cancelamento da compra com a restituição da quantia paga atualizada monetariamente ou abatimento proporcional do preço.

32. Sete dias para se arrepender
Quem compra um produto ou contrata um serviço pela internet tem direito a se arrepender da compra ou da contratação nesse prazo, contado a partir do recebimento do produto ou da assinatura do contrato. Para tanto, formalize o pedido de cancelamento pela mesma ferramenta que utilizou para a aquisição ou por qualquer outro meio disponibilizado, e solicite a devolução da quantia eventualmente paga.

33. Dinheiro de volta
"Tudo o que for ofertado deverá ser cumprido, caso contrário, é direito do consumidor escolher uma das seguintes alternativas: exigir o cumprimento da oferta; escolher outro produto ou prestação de serviço equivalente; cancelar o contrato e pedir a devolução do que pagou, devidamente corrigido", orienta o chefe de gabinete do Procon-SP. "Qualquer uma das alternativas não exclui o direito de pedir na Justiça indenização por eventuais perdas e danos que tenha sofrido. Se houve o descumprimento da oferta e o consumidor pagou por meio de cartão de crédito e não conseguiu acesso aos fornecedores envolvidos na venda, poderá solicitar o cancelamento da compra e o estorno do valor pago diretamente à administradora do cartão."