Sexo

Por Aline Naomi (@lineenaomi)

Após dois anos de pandemia, parece que finalmente voltamos a reencontrar pessoas e curtir festas no clima de farra e pegação. Mas, para garantir tudo isso seja feito com responsabilidade, é importante tomar alguns cuidados, sobretudo em relação a infecções sexualmente transmissíveis.

Por isso, conversamos com o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, para esclarecer informações sobre as ISTs. Antes, vale explicar que o termo doenças sexualmente transmissíveis deixou de ser usado, uma vez que muitas das infecções não manifestam sintomas logo de cara, como é o caso do HIV.

Assim como o HIV, a sífilis e as hepatites B e C também não apresentam sintomas no início. Já as uretrites (infecções do canal da uretra), como a gonorreia e a clamídia, manifestam sintomas e podem ser facilmente adquiridas em uma relação sexual desprotegida.

Há ainda a varíola do macaco, ou monkeypox, que se tornou uma preocupação recentemente e é considerada uma infecção sexualmente transmissível. “Afeta principalmente homens que fazem sexo com homens, mas não exclusivamente. É importante lembrar que heterossexuais também estão suscetíveis [à doença]”, alerta o médico.

Apesar de ser uma IST, a monkeypox não é transmitida somente por meio do sexo. “Se alguém que está com uma lesão te abraçar, ou até mesmo encostar, você pode pegar”, explica Alexandre. “Você pode até reduzir um pouco as chances [de contrair a infecção] usando camisinha, mas não vai eliminar.”

Como se prevenir das ISTs?

A principal forma de se prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis é usando preservativo, seja ele peniano ou vaginal. Segundo Alexandre, esse é o método mais seguro e, sozinho, consegue evitar a exposição ao HIV, à sífilis e às hepatites B e C. Mas atenção: não se deve usar os dois tipos de camisinha ao mesmo tempo.

Existem métodos adicionais ao uso do preservativo, como a Profilaxia Pré-Exposição, também chamada de PrEP. Ela é um método de prevenção a infecções, como a do HIV, que consiste em tomar um comprimido por dia — o período varia para pessoas com pênis e pessoas com vagina.

“A PrEP é para quem acaba tendo um comportamento sexual de maior exposição, como, por exemplo, mais de duas ou três relações sexuais sem camisinha por semestre”, exemplifica o médico.

O que fazer após o sexo desprotegido?

Se, por algum motivo, você teve uma relação sexual desprotegida, é possível ir a um atendimento de saúde especializado e pedir pela Profilaxia Pós-Exposição, a PEP. O médico recomenda procurar esse serviço o mais rápido possível dentro de um período de 72 horas após a exposição.

Para encontrar a PEP mais próxima de você, basta acessar o site do Governo Federal neste link.

Doenças transmitidas através do beijo

Antes do sexo vem o beijo, e é na troca de saliva que outras doenças podem ser transmitidas. Uma delas é a mononucleose infecciosa, também conhecida como a doença do peixe, que é transmitida pelo vírus epstein-barr. “É uma doença benigna. Dá dor de garganta, aftas na boca e gânglios no pescoço, mas é uma coisa rápida e logo passa”, tranquiliza Alexandre.

Há ainda o herpes tipo 1 (labial) e o tipo 2 (genital). Ainda que haja essa separação com base na localização da infecção, ambas podem se manifestar em outros locais do corpo, considerando a possibilidade do sexo oral, por exemplo. “São doenças com transmissão pelo contato, mas são menos graves do que as outras [ISTs]”, comenta o especialista.

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