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Há certo debate no mundo dos relógios sobre a complicação mais útil. O GMT é ideal para viagens? Ou o cronógrafo? Perfeito para cronometrar eventos discretos? Talvez a catraca modelo diving bezel - vista por muitos como não sendo uma complicação, a bem da verdade - seja o recurso extra mais genuinamente útil em um relógio.

Este debate provavelmente continuará até muito depois de todos nós termos ido desta para a melhor, enterrados com nossos Submariners e Seikos. Mas certas empresas relojoeiras trabalham arduamente para nos trazer novas interpretações destas complicações agora clássicas – até mesmo combinando-as de formas inovadoras – e estas, por sua vez, criam alguns dos relógios mais divertidos e atraentes do mercado. A saber: o novo Jaeger-Lecoultre Polaris Geographic é talvez o relógio de aventura ideal.

Jaeger-LeCoultre Polaris Geographic — Foto: Divulgação
Jaeger-LeCoultre Polaris Geographic — Foto: Divulgação

Jaeger-LeCoultre Polaris Geographic

Parte da coleção Polaris da La Grande Maison, inspirada no mergulho, ele exibe um segundo fuso horário através de um sistema que está a meio caminho entre o GMT e a hora mundial. Mas também possui um indicador dia/noite, outro de reserva de energia e uma luneta de mergulho rotativa interna. E tem apenas 11,54 milímetros de espessura!

Para ser justo, o sistema geográfico não é novo, mas o seu alojamento dentro de uma caixa Polaris é inédito. Também vale a pena revisitar sua funcionalidade: em vez de ter um quarto ponteiro GMT proveniente do centro do mostrador, há um pequeno indicador de 24 horas entre 8 e 9 horas que funciona como indicador dia/noite. Já na parte inferior do mostrador há uma seta apontando para um disco giratório exibindo 24 nomes de cidades.

O usuário pode definir a hora por meio da coroa para exibir um fuso horário alternativo dentro do indicador de 24 horas ou escolher um dos nomes de cidades, o que definirá automaticamente o indicador para a hora correta e correspondente. Embora não seja possível ver todos os nomes de locais simultaneamente, como em um cronômetro mundial mais convencional, o Geographic oferece um layout de mostrador mais organizado.

No topo do mostrador laqueado cor “ocean grey" – resultado da aplicação de 35 camadas distintas de laca – há também um ponteiro de reserva de marcha para o Calibre 939 automático alojado na caixa. A catraca giratória interna exclusiva da coleção Polaris faz seu ar da graça, ajustável por meio de uma coroa secundária às 10 horas. Pequenos toques de laranja ajudam a chamar a atenção para informações de tempo pertinentes, e duas pulseiras (de borracha preta texturizada e lona azul acinzentada) com uma fivela dobrável intercambiável facilitam a colocação do relógio.

O novo Geographic faz parte de uma coleção Polaris totalmente renovada. A JLC agora oferece seu modelo esportivo em uma nova versão Date, bem como um Calendário Perpétuo na mesma cor atraente de mostrador.

Custando US$ 16.100, o Polaris Geographic finca sua bandeira no território do luxo. Para contextualizar, ele atinge algo entre o preço de um GMT-Master II e de um Cosmograph Daytona. Complicado, bem acabado e com movimento interno montado nas instalações da JLC no Vallée de Joux, é o tipo de relógio que provavelmente não será sua primeira compra… nem a última.

Absinthe by Massena LAB and Raúl Pagès — Foto: Divulgação
Absinthe by Massena LAB and Raúl Pagès — Foto: Divulgação

Absinthe by Massena LAB and Raúl Pagès

Se você já está nessa de colecionar relógios há tempo suficiente, sem dúvida já se deparou com o nome de William Massena. Colecionador notável, ex-executivo de casa de leilões e ex-moderador do fórum Timezone - entre muitas outras coisas - ele agora administra sua própria marca, Massena LAB, projetando relógios incríveis com outros relojoeiros notáveis.

A sua última novidade, batizada de “Absinthe”, é a evolução de uma peça lançada recentemente em colaboração com o relojoeiro independente Raúl Pagès. Baseado no exclusivo Patek Philippe referência 2458, feito para o famoso colecionador J. B. Champion Jr., ela apresenta uma caixa de aço inoxidável de 38,5 mm com movimento de corda manual lindamente acabado, calibre M690, projetado por Massena e Pagès. O mostrador ombré verde escovado - inspirado em uma certa “Green Fairy” - é assinado “Observatory Precision” e inclui um extra atraente: aqueles que desejarem podem enviar seus relógios ao Programa de Certificação de Cronômetros HSNY para testes, pagando uma taxa adicional.

H. Moser Streamliner Cylindrical Tourbillon Skeleton Alpine Limited Edition Pink Livery — Foto: Divulgação
H. Moser Streamliner Cylindrical Tourbillon Skeleton Alpine Limited Edition Pink Livery — Foto: Divulgação

H. Moser Streamliner Cylindrical Tourbillon Skeleton Alpine Limited Edition Pink Livery

E eu aqui pensando que a IWC tinha nomes longos de relógios - caramba. De qualquer forma, a mais nova criação de H. Moser – que vamos chamar de “Pink Livery” a partir de agora – é uma edição especial que celebra o Grand Prix de Miami de 2024 com as cores da Alpine F1 e de sua parceira, a BWT.

A segunda edição limitada desta série, o "Pink Livery" é em grande parte familiar para fãs de longa data da marca, exceto pelo seu esquema de cores: alojado em uma caixa de aço inoxidável de 42,3 mm com resistência à água a até 120 m de profundidade, ele é alimentado pelo movimento HMC 811 automático totalmente esqueletizado, com turbilhão voador de um minuto e espiral cilíndrica interna.

A placa principal e as pontes com revestimento antracite são compensadas por um peso oscilante dourado, também esqueletizado - e, claro, um mostrador principal translúcido rosa brilhante às 12 horas, aliado a uma pulseira de borracha correspondente. Limitado a 20 peças, é fácil o relógio de corrida mais descolado que já vimos.

Byrne Gyro Dial Meca — Foto: Divulgação
Byrne Gyro Dial Meca — Foto: Divulgação

Byrne Gyro Dial Meca 36mm

John Byrne, especialista em restauração de relógios, lançou sua marca independente de relógios em 2021, após se inspirar no cenário de um show na Ópera de Paris. Os mostradores do relógio Gyro Dial apresentam quatro índices em forma de cubo que giram 90 graus à meia-noite, ao meio-dia ou após interação com a coroa - assim, um único relógio pode mudar seu aspecto para se tornar quatro relógios distintos.

Sua mais nova versão, o Gyro Dial Meca 36mm, oferece uma caixa mais fina, de diâmetro menor e um novo movimento de corda manual, combinado a um mostrador cativante que abriga a complicação característica da marca. Alojado numa caixa de titânio Grau 5 em forma de barril, de 36 mm de diâmetro e com acabamento artesanal, sua coroa assenta com segurança às 12 horas, numa referência aos relógios de bolso vintage. O mostrador “Meteorized Blue”, banhado a ródio, apresenta os índices cardeais giratórios mencionados acima, mas uma placa principal exposta significa que o usuário obtém uma visão mais clara do funcionamento interno do relógio.

Único e com um belo acabamento, o Gyro Dial Meca 36mm é uma conquista relojoeira notável para uma empresa com apenas três anos de existência.

* Leia a seleção original na GQ US

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